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Ajustar os canais energéticos e equilibrar o Yin e Yan. Esses são alguns dos principais fundamentos da acupuntura - milenar técnica terapêutica embasada na medicina oriental. No Brasil, especialista afirma que ainda há preconceito e ausência de informação da prática da acupuntura, principalmente, quanto ao profissional que pode atuar e realizar os procedimentos, porém resultado atrai mais pacientes.

A presidente do Conselho Regional de Acupuntura dos Estados do Nordeste (CRAENE) e coordenadora do Espaço Shen - Estudos de Medicina Chinesa, Leila Massière, relatou que além de existir muito preconceito há também o desconhecimento das técnicas de acupuntura e quem pode realizá-las. “Na verdade, a acupuntura ainda é muito perseguida. Algumas pessoas acreditam que apenas o médico pode realizar os procedimentos, o quê não é verdade. Qualquer pessoa, que estudou e possui conhecimento das técnicas pode atuar plenamente”, explicou.

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Quanto aos tipos de tratamentos, Leila elencou alguns deles. “A ciência chinesa é repleta de técnicas, cada uma com sua especificidade e ação segmentada para um determinado problema. Existe, por exemplo, o Shiatsu, a massoterapia, a moxa, agulhas, algumas que permanecem no corpo, e a fitoterapia”, apontou. A especialista ainda explicou como a acupuntura funciona, “As agulhas possuem o poder de desencadear uma ‘corrente’ que entra no organismo, agindo nos nervos do corpo, e chega ao cérebro. Além disso, a corrente percorrer os canais de energia, atuando nos órgãos”, falou. 

Em relação à eficácia da acupuntura, Messière afirma que a acupuntura trata praticamente tudo. “As técnicas são excelentes para emagrecer, ansiedade, dores na coluna, enxaqueca, dores menstruais, entre outras. Entretanto, para as doenças infectocontagiosas, os antibióticos são mais recomendados, dependendo do nível da enfermidade. No geral, o ideal é que os pacientes recorram aos dois conhecimentos, até porque é um processo de autoconhecimento do corpo em conjunto com o acupunturista”, aconselhou Leila. Ainda durante entrevista, Messière relatou que a maioria das pessoas procuram a acupuntura depois de ter tentado vários recursos da medicina ocidental. 

O estudante Gilberto Motta, de 33 anos, que sentia fortes dores nos tendões do antebraço e já havia recorrido à medicina ocidental, decidiu experimentar as técnicas do tratamento de acupuntura. Segundo Motta, as seções proporcionaram resultados excelentes e sem a necessidade de ingerir anti-inflamatório. “Quando iniciei o tratamento parei de tomar as medicações e percebi que as técnicas estavam funcionando. Desde então, decidi recorrer sempre às técnicas sempre que estou com dores de cabeça, na lombar e nas costas”, relatou.

A funcionária pública Joanna Lessa, de 30 anos, argumentou que aderiu às técnicas da medicina chinesa por que ela atua na causa do problema e não nos sintomas. “O tratamento é centralizado no equilíbrio das coisas e isso proporcionou um resultado muito positivo para mim. Sem contar que na acupuntura você se sente parte do processo de cura”, defendeu. Ainda segundo a professora, após várias crises de renite, ela aderiu ao tratamento e descobriu que a doença surgiu devido a ansiedade e questões gastrointestinais. 

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