A Confederação Brasileira de Desportos do Gelo (CBDG) quer levar equipe para representar o País no bobsled nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi (Rússia), no ano que vem. Por isso, realizou neste domingo, no centro de treinamento do Clube Atletismo BM&FBOVESPA, em São Caetano do Sul, uma seletiva. Queria encontrar velocistas dispostos a participar da campanha por uma vaga na Olimpíada.
O bobsled, no Brasil, é bastante conhecido por conta do filme "Jamaica Abaixo de Zero", que contava a história real de uma equipe jamaicana que, mesmo sem ter neve no país, conseguiu se classificar para uma Olimpíada. O Brasil quer repetir o feito.
##RECOMENDA##Entre os inscritos na seletiva deste domingo estavam o ex-campeão mundial Jadel Gregório, que compete no salto triplo, e a ex-recordista sul-americana dos 100 e dos 200 metros, Lucimar Moura.
Assim como no salto triplo, a parte de corrida é importante para dar impulso ao trenó no bobsled. Por isso a CBDG, como confederações por todo o mundo, procura atletas já acostumados com as provas de velocidade. Os Estados Unidos, por exemplo, terão Lolo Jones, quarta colocada nos 110m com barreiras nos Jogos de Londres.
Jadel Gregório diz que chegou por acaso à seletiva. "Estava treinando a semana passada no Centro Olímpico (em São Paulo) e ouvi falar do teste. Vim ver o que pode acontecer. Nunca vi esporte de inverno, nunca participei, mas competir em uma Olimpíada é sempre uma emoção única", diz ele.
Entre os critérios de seleção, estão não apenas o aspecto atlético, mas também a experiência e a disponibilidade. Os convocados terão que ajudar o Brasil a superar os critérios de classificação: participar de cinco competições, em três pistas diferentes e em duas temporadas diferentes. Por isso, a CBDG precisa estar com a equipe pronta já para a disputa da etapa da Copa América de Lake Placid, nos EUA, em março. No masculino são 30 países para 14 vagas. No feminino, 20 brigando por nove vagas. A maioria das equipes, obviamente, é de países onde há neve.