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Com a aproximação das eleições municipais, as agências de publicidade e os candidatos iniciam processo de interação. Este processo, ao se consolidar, possibilita que ambos dialoguem sobre o que fazer numa dada campanha eleitoral. Costumeiramente, o publicitário cria as peças de campanha. E o político é o estrategista.

Não é ainda costumeiro, e talvez em razão disto candidatos competitivos percam a eleição, a interação entre o publicitário, o político e o estrategista. No mercado político americano, esta interação existe. No Brasil, a interação passou a ocorrer, mas ainda não é tradição.

Candidatos afirmam: “Eu desejo um bom marketeiro”. Entretanto, eles não salientam que precisam de “Um bom estrategista”. Criar estratégias, assim como ocorre no mundo empresarial, significa a busca de benefícios e o ato de posicionar adequadamente o competidor no mercado eleitoral.

Empresas privadas precisam de estrategistas para conquistar clientes. Candidatos precisam de estrategistas para conquistar eleitores. Um produto só adquire competitividade caso esteja adequadamente posicionado no mercado. Competidores só conquistam clientes caso estejam adequadamente posicionados no mercado político.

Os eleitores, assim como consumidores, estão diante de opções. Eles formam preferências e fazem escolhas. Fatores emocionais e racionais estão presentes na escolha que o eleitor ou o consumidor realiza. Lembro que eleitores escolhem candidatos. Consumidores escolhem produtos.

Boas ideias, as quais advêm do publicitário, são ferramentas que possibilitam a conquista de eleitores. Mas o que é uma boa ideia? A boa idéia é aquela que conquista eleitores e esta é construída a partir de estratégias pré-definidas, as quais estão a depender do posicionamento do competidor no mercado político.

Ressalto, ainda, que variadas conjunturas podem vir a interferir na escolha dos eleitores. Portanto, o estrategista precisa formular a estratégia considerando conjunturas atuais e as que estão por aparecerem. A boa ideia não é uma boa ideia sem estratégias.

Neste sentido, o estrategista numa campanha eleitoral tem a função de:

1. Definir quais os temas que devem ser abordados na campanha;
2. Vislumbrar cenários;
3. Definir alianças políticas;
4. Definir a imagem do candidato;
5. Estabelecer os fatores emocionais que devem ser explorados na relação candidato-eleitor,
6. Identificar os principais adversários;
7. Identificar as fraquezas e os pontos fortes dos competidores,
8. Definir os temas que devem estar associados às mensagens dos candidatos.
9. Desvendar às demandas do eleitor;
10. Analisar conjunturas;
11. Construir e interpretar pesquisas eleitorais.

O estrategista não é o formulador de slogans e nem atua com base no senso comum. O estrategista cria condições para que boas ideias e bons slogans surjam e, por consequência, sejam eficientes. O estrategista não despreza a pesquisa, pois sem ela, o senso comum prevalece. E nem sempre o senso comum e a intuição conduzem candidatos ao sucesso eleitoral.

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