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Uma em cada nove pessoas sofre fome no mundo, em um total de 805 milhões, anunciou nesta terça-feira (16) o Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que citou o Brasil como exemplo por suas políticas governamentais para reduzir o problema.

Segundo o Relatório sobre o Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (SOFI2014), publicado pelo quarto ano pela FAO, na última década o número de pessoas com fome registrou queda de 100 milhões.

O resultado significa que os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM, ou metas do milênio) - reduzir à metade a proporção de pessoas em pobreza extrema até 2015 - estão ao alcance das mãos, segundo a FAO, que pede aos países que "redobrem os esforços" no ano restante.

Até o momento, 65 países em desenvolvimento alcançaram a meta e outros seis estão perto de atingir o objetivo em 2015, segundo a organização com sede em Roma. A FAO recorda que depende da vontade dos governantes e de políticas integradas, com a participação tanto do setor público como do privado.

Exemplos do que os governos podem fazer foram demonstrados por países como Brasil ou Bolívia, que criaram instituições e projetos para enfrentar o problema. No caso do Brasil, a FAO cita o programa Fome Zero, que tem a participação de 19 ministérios e que ajudou a reduzir a pobreza de 24,3% a 8,4% entre 2001 e 2012, enquanto a extrema pobreza caiu de 14% a 3,5%.

No período, a renda dos 20% mais pobres cresceu três vezes mais que a dos 20% mais ricos e a proporção das pessoas com desnutrição passou de 10,7% em 2000 para a metade em 2006. O governo federal destinou 35 bilhões de dólares aos programas de segurança alimentar e de nutrição. Os gastos com programas sociais cresceram 128% em 12 anos.

A Bolívia, considerada um "caso excepcional" na América Latina ao lado do Equador, segundo a FAO, criou instituições que envolvem amplos setores, e em particular a população indígena, que por muito tempo era totalmente marginalizada.

A agricultura no país andino tem um papel crucial na estratégia da segurança alimentar, pois quase um terço da população vive em áreas rurais, de muita pobreza.

A estratégia que tenta, ao mesmo tempo, melhorar a produtividade das famílias camponesas e remediar as necessidades imediatas da população vulnerável com programas de proteção social e transferência de renda contribuiu para reduzir a pobreza extrema em 17,2%.

A renda dos 40% mais pobres aumentou três vezes mais que a média nacional. A redução da pobreza também se reflete na queda da desnutrição. Entre 1994 e 2008 a redução chegou a 7,4%. Em geral, o crescimento econômico é acompanhado com um maior acesso aos alimentos, em particular no leste e sudeste asiático. Neste caso, a América Latina e o Caribe conseguiram os maiores progressos em termos de segurança alimentar, destaca a FAO.

Apesar do avanço, a região tem países como o Haiti, onde mais da metade da população sofre com problemas crônicos de desnutrição e luta para recuperar-se do terremoto devastador de 2010. Outras regiões como a África subsaariana permanecem com muitos problemas, com uma em cada quatro pessoas com desnutrição crônica, e a Ásia, a região mais populosa, tem 526 milhões de pessoas com problemas de alimentação.

O caso de racismo envolvendo o goleiro Aranha, do Santos, reforçou a discussão sobre a igualdade no esporte. Nesta sexta-feira, o Corinthians entrou neste debate ao divulgar um manifesto contra a homofobia no futebol, especificamente pedindo o fim dos gritos de "bicha" que se tornaram moda entre os torcedores da equipe a cada tiro de meta batido pelo goleiro adversário em jogos com mando corintiano.

"Aqui não há, e não pode haver, homofobia. Pelo fim do grito de 'bicha' no tiro de meta do goleiro adversário. Porque a homofobia, além de ir contra o princípio de igualdade que está no DNA corintiano, ainda pode prejudicar o Timão. Aqui é Corinthians!", dizia nota divulgada no site do clube.

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Os corintianos começaram com os gritos de "bicha" no tiro de meta adversário em duelos contra o São Paulo, com a intenção de ofender Rogério Ceni, ídolo do rival. Mas parte da torcida gostou tanto da ideia que decidiu estender a provocação a todas as partidas no Itaquerão.

A diretoria do clube, no entanto, até temendo uma punição similar à aplicada ao Grêmio no caso de Aranha - o time gaúcho acabou excluído da Copa do Brasil pelas manifestação racista da torcida -, manifestou-se nesta sexta. Além de criticar a homofobia, fez questão de deixar claro o apoio ao goleiro santista.

"Aqui é o time do povo. Do povo e para o povo. Desde 1910, aqui se combateu o elitismo e o racismo. Aqui houve pioneirismo na inclusão social e racial. Aqui não tem pobre, rico, negro ou branco. Aqui somos todos Corinthians", apontava o manifesto.

O clube paulista ainda lembrou de seu histórico de lutas, como durante a Democracia Corinthiana, quando jogadores e dirigentes se aliaram ao movimento "Diretas Já". "Aqui nos engajamos para ir às ruas e brigar pelas 'Diretas Já' em movimento inédito e histórico que uniu futebol e democracia. Como fazemos na arquibancada e em campo, aqui lutamos até o fim para que todos sejam iguais."

O ator Robin Williams inspirou uma geração de artistas e diretores quando estes eram pequenos, mas seu trágico suicídio trouxe à tona os perigos que acompanham uma vida de fama e glamour.

"Foi ele que ensinou que no cinema se podia ser sério e também divertido", comenta Jon Aranda, estudante da Faculdade de Cinema de Los Angeles, situada no coração de Hollywood.

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Para ele, Robin Williams era um ator "distinto das estrelas clássicas de Hollywood".

"Tinha talento e se via que era um ser humano autêntico", explica o jovem ator de 27 anos, acrescentando que o filme que mais gostou do falecido ator foi "Patch Adams - O amor é contagioso".

Nick Kwak, de 22 anos, e Tyler Hoskins, de 23, colegas de Aranda, assinalam ter crescido com os filmes de Williams e que o ator os inspirou em sua vocação artística.

"Ele me deu muitas alegrias e eu teria adorado poder trabalhar com ele", lamenta Kwak.

Imagem no espelho

Para Tom Nunan, fundador da produtora Bull's Eve Entertainment e professor da Universidade UCLA, a trajetória de Williams é um exemplo para que os jovens percebam que podem alcançar o que desejam.

"Ele abriu novos horizontes para os atores procedentes da comédia e do teatro de improvisação", afirma o produtor e professor, indicando ainda que Robin William demonstrou que "nenhuma porta da interpretação está fechada".

"Ele deu uma enorme contribuição", enfatiza.

"Mas, infelizmente, ele também representa um sinal de alerta: não se pode deixar vencer por uma doença, é preciso curar-se".

A inesperada morte de Williams aos 63 anos, em um caso considerado suicídio, comoveu o mundo principalmente depois dos esforços do ator em superar ao longo das últimas décadas o vício pelo álcool e drogas, além de uma severa depressão.

Há apenas seis meses outro grande nome de Hollywood, Philip Seymour Hoffman, morreu por uma overdose de heroína, cocaína e metanfetaminas.

"Muitos humoristas têm esta doença, estes vícios, esta depressão, e deveriam se olhar no espelho e perguntar se estão recebendo a ajuda de que precisam", afirma Nunan.

O estudante de Artes Tyler Hopkins destaca uma espécie de "alerta" na indústria do cinema. A morte de Williams o fez entender que, "seja qual for o nível de popularidade ou riqueza, nada disso soluciona os problemas que a pessoa tem na vida".

"A morte dele me abriu realmente os olhos sobre o problema da depressão. Jamais pensei que sofria desta doença", explica.

Kwak se diz preocupado que "existam muitas pressões no cinema".

"Muita gente tem problemas e não fala disso para proteger a própria imagem", comenta.

Apesr de Williams ter falado publicamente em várias ocasiões sobre seus problemas, o jovem estudante acredita que os astros da indústria do entretenimento que chegaram tão alto quanto o talentoso comediante, no fundo, "não querem descer de seu pedestal".

Afundado na lanterna do Campeonato Brasileiro da Série A, o Náutico começa a se apegar em bons exemplos para ganhar ânimo na busca pela reação. E dois times são constantemente lembrados nas entrevistas coletivas como inspiração para sair da zona de rebaixamento. O Goiás, em 2004, e o Fluminense, em 2009, eram dados como rebaixados e conseguiram se salvar.

“Essas duas equipes se superaram e reverteram o quadro. Nós temos capacidade também. Se for para ser o primeiro exemplo a conseguir uma façanha, pelo fato de já termos a pior campanha até o momento da era dos pontos corridos, que seja. Eu quero é mudar esta história”, afirmou o zagueiro William Alves.

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O técnico Jorginho também mantém a esperança e nem cogita jogar a toalha antes do tempo. De acordo com o treinador é possível repetir o que o Fluminense fez.

“Guardadas às devidas proporções em elenco e jogadores, o Fluminense estava com 99,9% de ser rebaixado. Estava caído, mas saiu”, disse.

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