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Um em cada 11 adultos no mundo - ou seja, 425 milhões de pessoas - sofria de diabetes em 2016, segundo dados publicados nesta terça-feira (14) por ocasião do Dia Mundial consagrado a esta doença. A Federação Internacional de Diabetes (FID) destacou que a cifra supera a de 2015 em 10 milhões.

"A diabetes é uma das maiores urgências sanitárias mundiais. Serão necessárias mais ações (...) para reduzir a carga econômica e social" que ela representa, avaliou em um comunicado a FID, cujas cifras se referem a adultos com idades de 20 a 79 anos. A federação estima que a doença represente 12% dos gastos globais com saúde, ou seja, 727 bilhões de dólares.

A Federação calcula que em 2045 haverá 629 milhões de pessoas afetadas pela diabetes. Existem dois tipos de diabetes, uma disfunção que impede ao organismo assimilar corretamente os açúcares.

A de tipo 2, que responde por quase 90% dos casos, ocorre devido a uma alta prolongada do nível de açúcar no sangue, frequentemente associada à obesidade e a determinados estilos de vida que incluem sedentarismo e má alimentação.

A de tipo 1, que quase sempre se manifesta de forma brutal em crianças e jovens, caracteriza-se por uma produção insuficiente de insulina, hormônio secretado pelo pâncreas.

Segundo a FID, "mais de 350 milhões de adultos correm atualmente um risco elevado de desenvolver diabetes tipo 2", ou seja, 34 milhões a mais do que em 2015.

O fardo do diabetes, que mata uma pessoa a cada seis segundos no mundo, não para de crescer, com 382 milhões de portadores apenas em 2013, informou a Federação Internacional do Diabetes (FID).

Em 2013, 382 milhões de pessoas no mundo têm diabetes, ou seja, 8,4% dos adultos. Esse número deve chegar a pelo menos 592 milhões até 2035, de acordo com as últimas estimativas da FID.

A federação publicou a 6ª edição de seu Atlas do Diabetes por ocasião da Jornada Mundial do Diabetes, neste 14 de novembro.

A maioria dos portadores tem entre 40 e 59 anos, e 80% vivem em países de rendas baixa ou média, diz a FID.

Esse flagelo causou a morte de 5,1 milhões de pessoas em 2103. "A cada seis segundos, uma pessoa morre de diabetes", alertam os especialistas dessa organização não governamental fundada em 1950, que reúne mais de 200 associações de 160 países.

O avanço contínuo de casos de diabetes no mundo é um sinal de que "a batalha para preservar as populações do diabetes e de suas complicações incapacitantes e potencialmente fatais está sendo perdida", afirmam os pesquisadores.

Eles estimam em 175 milhões (46% do total) o número de diabéticos atualmente não diagnosticados. Ao ignorar a doença, muitos evoluem em suas complicações, como cegueira, amputações, ou acidentes cardiovasculares.

Esse aumento é, basicamente, devido ao diabetes do tipo 2 (o mais comum), ligado ao sedentarismo, à obesidade e às mudanças nos hábitos alimentares, como ingestão em excesso de bebidas açucaradas, entre outros.

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