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O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que foi vice-presidente no governo de Jair Bolsonaro (PL), teve um bate-boca com o deputado bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES) no plenário da Câmara, durante votação no Congresso Nacional nesta terça-feira, 19.

A discussão ficou mais intensa e foi gravada pela assessoria do deputado. Foi preciso a intervenção de seguranças para evitar confronto entre os dois parlamentares. "Aqui é braço", disse Mourão. "Você acha que eu tenho medo de você por que é general?", perguntou Gilvan, enquanto apareceram pessoas para separá-los. O motivo da briga foi o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) a ser empossado, Flávio Dino.

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A aprovação de Dino no Senado causou a consternação de deputados bolsonaristas. Enquanto ministro da Justiça, Dino foi o principal alvo do grupo, especialmente da bancada da bala, por declarações polêmicas contra Bolsonaro e os decretos antiarmas.

Gilvan manifestou publicamente, no plenário da Câmara, sua insatisfação com Mourão. "Está rodando por aí uma imagem do senador Sérgio Moro bajulando o Flávio Dino, mas eu vi, hoje, às 11h34min, no Senado Federal, o vice-presidente da República do governo Bolsonaro, senador Hamilton Mourão, bajulando o Flávio Dino", afirmou no dia 13 de dezembro. "Eu tive noção de que o sistema é sinistro. Ele disse que os bolsonaristas são piores do que assaltantes de banco. O senador Hamilton Mourão não o cumprimentou formalmente. Ele o abraçou, beijou-lhe o rosto e sorriu."

Mourão foi tirar satisfação sobre o discurso público do colega. "Falei na cara dele que eu votava não. Aí você faz um vídeo, cara. Você não me conhece. Poderia ter falado comigo", disse Mourão. Gilvan reiterou ao senador o que falou no plenário da Câmara.

"Eu reitero tudo o que falei. Eu estou farto de traidores, farto do cara usar Bolsonaro para ser eleito e virar as costas para o eleitor que o elegeu. Não era nem para ele ter falado com Dino", disse. O deputado afirmou que Mourão o chamou de "mentiroso" e que poderia resolver as coisas no braço. "Aqui é braço", afirmou o senhor, apontando o dedo indicador para o próprio braço.

Votações recentes causaram uma "caça às bruxas" entre congressistas bolsonaristas. Além do caso com Dino, isso aconteceu em uma derrota de um projeto que sustava o "revogaço" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às armas.

Procurado, Mourão não se manifestou até a publicação deste texto.

Para assistir ao vídeo do entrevero, basta clicar aqui.

O começo da sessão da Câmara da tarde desta quarta-feira, 5, foi marcado por uma briga entre os deputados Gilvan da Federal (PL-ES) e Paulo Guedes (PT-MG). O petista rebateu o discurso do capixaba falando para ele "virar homem", o que provocou uma confusão generalizada que precisou da intervenção do presidente da sessão, Gilberto Nascimento (PSD-SP), para se apaziguar.

A sessão foi aberta com discursos dos parlamentares sobre as propostas com votação prevista para quarta. Com uma bandeira do Brasil sobre os ombros, Gilvan da Federal prestou solidariedade ao deputado Gustavo Gayer (PL-GO), contra quem a Advocacia-Geral da União ofereceu denúncia pelo crime de racismo. "Você, irmão, é uma voz. Uma voz não só de Goiás, mas uma voz do povo brasileiro."

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Em seguida, ele criticou a reforma tributária e adiantou que seu voto será contrário. "Se hoje a Câmara não rejeitar esse absurdo, vão ‘se ferrar’. ‘Faz o L’ aí para comer picanha e tomar cerveja. Vai tomar um aumento em todos os impostos para deixar de ser otário", disse o deputado.

Gilvan também reclamou de uma suposta falta de trabalho para os parlamentares. "Estou indignado com o que estão fazendo com a gente. Convocaram aqui segunda-feira, não fizemos nada. Ontem, terça-feira, não fizemos nada." Ele chamou Lula de "charlatão" e "ladrão". Os bolsonaristas devem votar em massa contra o projeto.

Um parlamentar do Podemos fez uso da palavra e, depois, o deputado Paulo Guedes subiu à tribuna e rebateu as falas de Gilvan. "É uma fala mentirosa, uma fala de ódio." Em seguida, o petista falou "nós não precisamos do senhor se enrolar em uma bandeira para enganar as pessoas. Seja brasileiro, seja homem, rapaz. Isso é covarde".

Essa fala foi o estopim da confusão. Um tumulto generalizado se instaurou no Plenário e outras pessoas precisaram intervir para separar a briga. "Eu sei que isso é do parlamento, mas eu vou pedir tranquilidade aos senhores", disse Nascimento, que presidiu a sessão.

Ele tocou a campainha da Casa e, depois de alguns instantes, quando a confusão se apaziguou, os demais deputados inscritos retomaram a ordem das falas. A expectativa é de que a reforma tributária seja votada na Câmara até o final desta semana.

Em pleno Dia Internacional da Mulher, celebrado nessa segunda-feira (8), a vereadora Camila Valadão (PSOL) teve sua roupa criticada durante sessão extraordinária na Câmara de Vitória, no Espírito Santo. Em uma tentativa de constrangê-la logo no início do rito, o vereador bolsonarista Gilvan da Federal (Patriota) insinuou que a blusa com um dos ombros à mostra desrespeitava o regimento da Casa.

“Algumas considerações sobre o regimento interno. Creio que os vereadores aqui têm que estar com traje formal. E, na minha opinião, a vereadora não está com traje formal para a sessão”, apontou Gilvan, que também questionou um adesivo fixado na roupa de Camila. “Quem quer respeito, se dá o respeito”, complementou.

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Na ocasião, a psolista assumia posição de destaque na mesa como vice-presidente, em homenagem simbólica às mulheres. “Não vejo nada e nenhum motivo pelo qual eu não possa usar. Aliás, vereadores, já estive com essa blusa em várias sessões e em nenhum outro momento houve comentário sobre a minha roupa. Curioso que isso aconteça no Dia Internacional da Mulher”, respondeu.

Sobre o adesivo, a vereadora defendeu-se com a garantia de manifestação individual e rebateu que Gilvan assumia a mesma postura ao usar sua máscara personalizada. O uso de pronomes neutros na sessão também foi questionado por representantes da ala conservadora.

Camila Valadão ainda deve se reunir com a assessoria jurídica para discutir se uma queixa contra Gilvan da Federal será protocolada.

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