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Duas empresas, a britânica DataSift Inc e a norte-americana Gnip Inc, receberam permissão do Twitter para analisar os tuites e as informações básicas compartilhadas por usuários. A primeira reunirá dados dos últimos dois anos enquanto a segunda ficará continuamente com os últimos 30 dias.

A rede social não informou como esses dados serão utilizados ou detalhes da negociação. Recentemente, a plataforma também os liberou para a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, com a condição de que não fossem usados com intuito comercial e que só seriam repassados seis meses após a publicação no portal. “À medida que o Twitter cresce, essa questão se torna mais importante”, afirmou Graham Cluley, consultor de tecnologia para a companhia de segurança Sophos, em entrevista à agência Reuters. “As empresas de Internet já sabem quais sites visitamos, quais anúncios nos chamam a atenção e o que compramos. Pouco a poucos, elas estão descobrindo o que pensamos, e isso é perturbador”.

É isso que a DataSift Inc pretende oferecer. Segundo seu CEO, Rob Bailey, mais 700 de empresas estão na lista de espera para adquirir suas descobertas. Elas poderão, por exemplo, visualizar tuites sobre um determinado tópico ou de acordo com a localização geográfica. Dessa forma, uma rede de restaurantes poderia descobrir por que seu novo prato fez tanto sucesso em uma cidade, mas foi mal recebido em outra.

A Gnip, por outro lado, afirma que os pacotes de curto prazo a que terão direito também serão úteis para ajudar as autoridades públicas, no sentido de monitorar o quanto uma doença está se disseminando ou onde será preciso procurar as pessoas para resgatá-las de um desastre natural.

Os tuites privados ou apagados não serão entregues. Dessa forma, as duas companhias terão à disposição mensagens que qualquer outra pessoa poderia visualizar. Possivelmente, porém, a DataSift conseguirá atualizações que não são mais exibidas ao usuário comum, já que há um limite de tuites mostrados por perfil – mesmo os próprios autores dos comentários perdem o acesso a eles.

O Twitter exige que as companhias atualizem constantemente seu banco de dados. Assim, caso você não queria que armazenem seus tuites, basta apagá-los ou restringi-los a quem você seguir ou te seguir. Ainda não há informações se o acordo com a DataSift e a Gnip valem globalmente ou apenas para os países nos quais atuam.

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