Longe do último debate, para evitar os ataques dos adversários, e adotando um discurso mais ameno na reta final da campanha, o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, na manhã desta sexta-feira (5), que o país não merece ser governado de dentro da cadeia, referindo-se a influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril deste ano, sobre o adversário Fernando Haddad (PT). 

“O Brasil é gigante e honesto. O cidadão não aguenta mais ser massacrado enquanto premiam malfeitores. Não merecemos ser governados de dentro da cadeia ou por seus alinhados políticos. De Norte a Sul, a população exige mudanças urgentes”, escreveu o Bolsonaro em publicação no Twitter.

A alfinetada diz respeito a candidatura de Haddad, segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos com 25%, de acordo com o último Datafolha, perdendo apenas para o próprio Bolsonaro que tem 39%. A crítica do presidenciável, foi reforçada também durante entrevista que ele concedeu na noite dessa quinta (4) à TV Record.

Na ocasião, o candidato responsabilizou o PT pela crise econômica que o Brasil atravessou e voltou a chamar Haddad de "fantoche". "Não podemos deixar que um partido que mergulhou o Brasil na mais profunda crise ética, moral e econômica volte ao poder com as mesmas personalidades.Tudo é conduzido de dentro da cadeia pelo senhor Lula, que indica um fantoche seu chamado Haddad", disparou.