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Ainda sem o Orçamento deste ano, que aguarda sanção da presidente Dilma Rousseff, as contas do Governo Central (Tesouro Nacional, INSS e Banco Central) fecharam no vermelho em fevereiro e registraram um déficit primário de R$ 6,412 bilhões. É o pior resultado desde setembro de 2009, quando as contas do governo central apresentaram déficit de R$ 7,813 bilhões, e é também o pior resultado para meses de fevereiro da série do Tesouro, que começou em 1997. Em janeiro, houve superávit recorde de R$ 26,19 bilhões. Em fevereiro de 2012, o superávit do governo central foi de R$ 5,38 bilhões.

Assim, as contas do governo central apresentaram uma piora nos dois primeiros meses deste ano. No acumulado até fevereiro, o resultado foi inferior em R$ 6,4 bilhões ao verificado no mesmo período do ano passado e equivale a 2,67% do PIB, enquanto no mesmo período do ano passado foi de 3,87%.

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Segundo dados do Tesouro, as receitas do Governo Central apresentaram um crescimento de 7,4% no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013. Em relação a janeiro, as receitas de fevereiro do Governo Central registraram uma queda 34,9%.

Já as despesas apresentaram um crescimento de 13,9% no primeiro bimestre e uma queda em fevereiro de 18,4% em relação a janeiro. Enquanto as receitas totais somaram R$ 76,289 bilhões, as despesas alcançaram R$ 61,551 bilhões no bimestre.

PAC

As despesas com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) alcançaram R$ 7,6 bilhões até fevereiro. Os dados do Tesouro mostram um aumento de 73,5% em relação ao primeiro bimestre do ano passado. Essas despesas podem ser abatidas da meta fiscal. As despesas totais com investimentos somaram R$ 12,3 bilhões no primeiro bimestre, com alta de 28,7% sobre o mesmo período de 2012.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, descartou um forte crescimento das receitas nos primeiros meses, mas ressalvou que o aumento será sentido ao longo do próximo ano. Ele justificou que as receitas demoram mais tempo para ganhar velocidade de recuperação, após a retomada da economia. "A receita vai ter efeito defasado, ainda há um atraso em relação à atividade econômica", afirmou Augustin, nesta sexta-feira (28), em entrevista à imprensa para comentar o resultado das contas do governo central, em novembro.

O secretário avaliou que 2010 e 2013 têm características semelhantes, tanto do ponto de vista do crescimento quanto da receita. "A economia já está reagindo. Reposicionamos juros e câmbio, o que foi significativo. Teremos redução de custos, como o de energia, desonerações e tudo isso tem efeito econômico. A economia tem fundamentos e motivos para crescimento mais forte ou mais fraco e os fundamentos apontam para um crescimento mais forte no ano que vem."

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Emissão externa

Segundo Augustin, uma nova emissão externa deve ser feita, provavelmente em dólar, no início do ano que vem. Ele esclareceu que o Tesouro pretendia ir ao mercado ainda em 2012, mas optou por deixar para o começo de 2013, já que as janelas de fim de ano são menores.

"Mas isso não muda nossa estratégia de fazer emissões qualitativas para que as nossas empresas possam continuar tendo uma curva em dólar ou real no exterior", declarou. Ele disse que, depois das emissões externas do Tesouro, as empresas brasileiras conseguiram captar com taxas recordes menores.

Arno estima que a próxima emissão deva ser em títulos em dólar, de dez anos, e com as taxas mais baixas da história. "Nós vamos mostrar que o Brasil foi ao mercado e tem fundamento para que os investidores possam comprar bônus do País sabendo que a curva soberana está bem."

As receitas obtidas com a usina hidrelétrica de Itaipu serão usadas, nos próximos dez anos, para garantir a redução na conta de luz, afirmou nesta sexta-feira o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, informando que a receita de R$ 4 bilhões recebida pelo governo federal anualmente com Itaipu será "devolvida ao sistema elétrico até 2023".

De acordo com Augustin, os recursos em estoque serão "amplamente" suficientes para compensar as empresas que aceitaram as condições do governo Dilma Rousseff, que vai reduzir o preço de energia elétrica em 20,2%, em média, a partir do próximo ano.

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"Vamos reduzir mais os encargos setoriais", disse o secretário do Tesouro, "de forma a garantir que todos os usuários de energia elétrica no País tenham a mesma redução, em média". Segundo ele, além dos R$ 4 bilhões em receitas anuais de Itaipu, o governo dispõe de um estoque de R$ 25 bilhões em recursos acumulados em três encargos: RGR (Reserva Geral de Reversão), CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) e CCC (Conta de Consumo de Combustíveis).

A partir do ano que vem, o consumidor vai deixar de pagar RGR e CCC, que passarão a ser responsabilidade do Tesouro. Augustin acrescentou que a CDE também deve ser integralmente transferida do consumidor para o Tesouro.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, destacou que a meta de superávit primário para as contas do setor público continua sendo importante para ação do governo. Mas ele ponderou que a dependência do Brasil do superávit para diminuir a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) é menor do que no passado. Augustin defendeu a decisão do governo de usar o abatimento das despesas do PAC para o cumprimento da meta deste ano.

"Sempre dissemos que a prioridade é a economia. E que iríamos fazer um conjunto de ações para minimizar o impacto da situação de crise internacional", disse.

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Segundo ele, o abatimento é decorrência da decisão de priorizar o crescimento da economia. Augustin disse que não enxerga perda da credibilidade da política fiscal do governo com a decisão e afirmou que o abatimento não foi anunciado antes porque alguns componentes ficaram claros agora. Ele citou como exemplo as receitas, que ficaram menores do que o previsto. "O Brasil pode trabalhar dessa forma e priorizar o crescimento. E vamos monitorando. É a melhor opção de política fiscal e monetária", afirmou. "mas não deixaremos de tomar medidas para evitar o abatimento da meta", afirmou.

Ele destacou que dentro do mesmo ano há superávits maiores, para ajudar o controle da inflação, e outros menores. Ele considerou o resultado de outubro bom e destacou que é o terceiro melhor do ano e o quarto maior para meses de outubro da série histórica. Além disso, destacou, que o superávit acumulado em 12 meses está em linha com a meta abatida de R$ 71,4 bilhões. "Coincidentemente, o número é igual", disse.

Apesar da redução do ritmo de crescimento das receitas do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, previu o cumprimento da meta de superávit primário das contas do setor público em 2012 "com tranquilidade".

Segundo ele, um primeiro semestre com receitas mais fracas não surpreendeu e estava previsto. Ele destacou que as receitas, embora em ritmo mais devagar, ainda estão crescendo. Ele procurou, mais uma vez, minimizar o fato de o superávit primário de junho das contas do Governo Central ter sido mais fraco.

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Nesta terça-feira, o Tesouro Nacional divulgou que o Governo Central apresentou superávit primário de R$ 1,272 bilhão em junho. O montante equivale a uma queda de 28,8% em relação ao resultado de maio, quando o superávit foi de R$ 1,788 bilhão. O saldo também é 87,97% menor do que o de junho do ano passado, quando somou R$ 10,580 bilhões.

Augustin repetiu avaliação de que a queda do superávit em junho em relação ao mesmo mês do ano passado reflete o ingresso de receitas extraordinários, com a consolidação do Refis da Crise. "Se tirar essa excepcionalidade não há diferença tão grande", disse.

Previdência - O secretário destacou há pouco que espera manutenção positiva das receitas da Previdência Social ao longo de 2012. "Não há nenhuma alteração de manter tendência positiva de receitas, e de um bom resultado deste ano. A receita do mês foi maior do que a do ano passado", comparou.

O secretário enfatizou que o governo também já cumpriu a meta do superávit primário do segundo quadrimestre. "Já estamos acima da meta do quadrimestre, já estávamos quando saiu o resultado de maio. Mantém-se a programação de um bom primário em 2012", previu.

Augustin também enfatizou que houve crescimento das transferências da União para Estados e Municípios. Ele disse que as receitas já estão 1,5% acima do resultado do PIB nominal, o que abre espaço para esses repasses. "Com isso, estamos repassando a Estados e municípios, em 2012, R$ 94,2 bilhões, contra R$ 86,5 bilhões de igual período de 2011. Está crescendo o repasse", comentou.

Augustin ressaltou também que as despesas com pessoal têm apresentado crescimento abaixo do PIB nominal e as demais, acima. "Estou chamando atenção para as despesas de capital (investimentos), que estão crescendo 22,3%", disse. Ele citou também que as despesas com custeio subiram 5,7% acima do PIB nominal. "Mas reitero a projeção de que o crescimento acima do PIB nominal vai se diluir ao longo do ano. Esperamos resultado neutro", disse.

Para o secretário, a tendência é de aumento dos investimentos até o final de 2012. "Esperamos que vá se aprofundar no segundo semestre, em função da maturação do conjunto de investimentos, particularmente do PAC", previu.

O Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) apresentou superávit primário de R$ 1,272 bilhão em junho, conforme dados divulgados na manhã desta terça-feira pelo Tesouro Nacional. O montante equivale a uma queda de 28,8% em relação ao resultado de maio, quando o superávit foi de R$ 1,788 bilhão. O saldo também é 87,97% menor do que o de junho do ano passado, quando somou R$ 10,580 bilhões.

O valor de junho ficou abaixo do intervalo das estimativas de economistas de 13 instituições financeiras consultados pelo AE Projeções, que iam de R$ 1,750 bilhão a R$ 10,500 bilhões, com mediana de R$ 3,6 bilhões.

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No primeiro semestre do ano, o Governo Central acumula superávit de R$ 48,085 bilhões, uma baixa de 14,1% em relação à primeira metade de 2011, quando o saldo ficou positivo em R$ 55,993 bilhões. Com a atualização dos números hoje, o superávit primário no ano até agora representa 2,24% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta para este ano é de R$ 96,97 bilhões.

Esse recuo é explicado pelo fato de as despesas das contas do governo central crescerem em velocidade bem maior que as receitas. Segundo os dados do Tesouro Nacional, enquanto as despesas no primeiro semestre tiveram alta de 12,5%, as receitas totais cresceram 8,7%.

O esforço fiscal no primeiro semestre do ano é R$ 7,9 bilhões menor que no mesmo período do ano passado. As receitas totais do primeiro semestre somaram R$ 521,753 bilhões e as despesas, R$ 379,504 bilhões.

O Tesouro Nacional apresentou superávit primário de R$ 4,109 bilhões em junho, o que representa queda de 7,6% na comparação com maio, quando o superávit atingiu R$ 4,449 bilhões. No acumulado do ano até junho, o Tesouro teve saldo positivo de R$ 68,933 bilhões, redução de 9,2% ante o primeiro semestre de 2011, quando o resultado somou R$ 75,893 bilhões.

Já a Previdência Social teve déficit primário de R$ 2,757 bilhões no mês passado, volume 7,2% maior do que o verificado em maio (-R$ 2,573 bilhões). Na primeira metade de 2012, o rombo da Previdência já é de R$ 20,559 bilhões, uma alta de 5,3% em relação a igual período do ano passado, quando o déficit foi de R$ 19,526 bilhões.

Em relação ao Banco Central, o déficit primário ficou R$ 79,7 milhões em junho - queda de 9,8% ante o saldo negativo de R$ 88,4 milhões visto em maio. De janeiro a junho deste ano, o déficit do BC acumula saldo de R$ 289 milhões, com recuo de 22,6% na comparação com o primeiro semestre de 2011, quando o saldo foi negativo em R$ 373 milhões.

O superávit primário do governo central em junho, de R$ 1,272 bilhão, é o menor desde novembro de 2010, quando ficou em R$ 1,028 bilhão. O saldo positivo do mês passado também é o mais baixo para meses de junho desde 2010, quando o superávit foi de apenas R$ 668 milhões. Esses dados constam da série histórica do site do Tesouro Nacional.

O Governo Central realizou, até junho, toda a meta prevista para o ano até agosto (segundo quadrimestre). De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, até junho o resultado primário foi R$ 47,3 bilhões, ante meta de R$ 46,46 bilhões. Para chegar ao volume realizado até junho, o governo utilizou os dados do Banco Central do período de janeiro a maio deste ano.

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Investimentos

Os investimentos do Governo Federal somaram R$ 32,8 bilhões no primeiro semestre, apresentando crescimento de 30,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse resultado, no entanto, inclui as despesas com o programa "Minha Casa, Minha Vida", que totalizaram no período R$ 10,3 bilhões. Se não fossem essas despesas o crescimento do investimento teria sido menor. Desde janeiro deste ano o governo passou a contabilizar o programa "Minha Casa Minha Vida" como investimento.

Os dados do Tesouro mostram que a maior parte dos investimentos pagos até junho (R$ 25,079 bilhões) são restos a pagar. Ou seja, despesas empenhadas no ano passado e transferidas para o orçamento deste ano. Apenas R$ 7,7 bilhões dos investimentos são despesas do orçamento de 2012.

As despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aumentaram 52,7% no primeiro semestre, e atingiram R$ 18,6 bilhões.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, avaliou hoje que os R$ 86,6 bilhões de superávit primário (economia feita pelo governo para o pagamento dos juros da dívida pública) do Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) este ano até outubro equivalem a 94% da meta de R$ 91,8 bilhões para esse ano, praticamente garantindo o seu cumprimento. Já a meta do setor público consolidado - que inclui os desempenhos fiscais de Estados e municípios - é de R$ 127,9 bilhões em 2011 e pode necessitar novamente de um reforço do Tesouro.

"Este ano esperamos que Estados atinjam a meta ou fiquem muito próximos, e se não atingirem vamos completar", disse Augustin, citando que as transferências do Tesouro aos entes federativos cresceram 23,9% até outubro.

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O secretário acrescentou que o superávit primário de dezembro deverá ser alto, de acordo com a programação orçamentária para o ano. "Esperamos que a tendência de solidez fiscal continue em novembro e dezembro", avaliou. Segundo ele, a liberação de R$ 12 bilhões para novos empenhos, realizada na semana passada pelo governo, não deve afetar o resultado primário. "A liberação foi basicamente para despesas obrigatórias, em Saúde, no Bolsa Família e no Programa Brasil Sem Miséria. Não há uma mudança muito significativa em despesas discricionárias e continuamos com tendência de termos despesas contidas em 2011", completou.

Arno Augustin também disse que a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) é fundamental para o País e, por isso, o governo tem trabalhado para a sua viabilização no Congresso Nacional. Segundo ele, porém, o fim do instrumento não prejudicaria o resultado fiscal do governo. "A DRU tem muito mais a ver com qualidade de despesas do que com superávit primário", afirmou.

O superávit primário do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) foi de R$ 11,3 bilhões em outubro, de acordo com dados divulgados hoje pelo Tesouro. O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que previam saldo positivo entre R$ 8,6 bilhões e R$ 17,4 bilhões, mas abaixo da mediana projetada, de R$ 14,1 bilhões.

Em setembro, a economia do governo central havia sido de R$ 5,4 bilhões. A meta de superávit do governo central para o ano é de R$ 91,8 bilhões. O superávit primário é a economia do governo para o pagamento dos juros da dívida pública.

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Em outubro deste ano, o Tesouro registrou superávit de R$ 12,7 bilhões, enquanto a Previdência Social registrou déficit de R$ 1,3 bilhão e o Banco Central também teve saldo negativo, mas de R$ 72 milhões.

No acumulado de 2011 até o mês passado, o superávit primário do governo central soma R$ 86,6 bilhões, equivalente a 2,59% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período de 2010, o saldo positivo era de R$ 63,5 bilhões, ou 2,11% do PIB.

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