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As contas do governo central encerraram junho com o pior resultado da história para o mês, ao registrar um déficit de R$ 1,946 bilhão, informou nesta quarta-feira (30), o Tesouro Nacional. O resultado engloba o desempenho das contas do Tesouro, INSS e Banco Central. A série histórica do governo começa em 1997. Em meses de junho, apenas em 2009 e 1998 o governo central havia registrado saldos negativos. O pior resultado, até agora, havia sido em 1998, com um déficit de R$ 1,842 bilhão. O Tesouro registrou em junho um superávit de R$ 2,378 bilhões e a Previdência, um déficit de R$ 4,508 bilhões. Já as contas do BC tiveram um superávit primário de R$ 183,7 milhões.

O resultado ficou dentro do intervalo das expectativas do mercado. O levantamento do AE Projeções apontava para um déficit de R$ 5,100 bilhões a superávit de R$ 3,500 bilhões. O resultado em junho foi um pouco melhor que a mediana negativa de R$ 2,000 bilhões.

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No acumulado do primeiro semestre de 2014, o superávit soma R$ 17,237 bilhões, o equivalente a 0,69% do PIB. O valor também é o pior para primeiros semestres desde o ano 2000, quando o superávit de janeiro a junho foi de R$ 15,431 bilhões. A queda é de 50,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o superávit acumulava R$ 34,555 bilhões. Segundo os dados, o Tesouro apresenta um superávit de R$ 40,217 bilhões no acumulado do ano. Já as contas da Previdência registram um déficit de R$ 23,164 bilhões e o BC acumula um saldo positivo de R$ 185,6 milhões. De janeiro a junho, enquanto as despesas registraram alta de 10,6%, as receitas avançaram 7,2%.

Em 12 meses até junho, o superávit do governo central está em R$ 59,7 bilhões, o equivalente a 1,2% do PIB. A meta do governo central para 2014 é de R$ 80,774 bilhões.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, defendeu nesta quinta-feira (29) que o governo conseguirá atingir sua meta fiscal e argumentou que a previsão de receitas é conservadora. Ao ser questionado sobre previsões do mercado de que a economia brasileira poderia crescer menos, Augustin disse: "Faz parte da rotina dos economistas fazer avaliações". "Reitero que previsão de receita é conservadora; em qualquer cenário tem facilidade maior de cumprimento de meta (fiscal)", disse.

Sobre possível crescimento menor de outras economias, Augustin disse que a economia mundial "sempre é elemento importante e influencia o País". "O fato de que haja crescimento menor do que se estimasse em alguns países sempre é algo que precisa ser olhado com cuidado. Mas essa não é minha função no Ministério da Fazenda", concluiu.

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O secretário disse também que o governo não irá alterar a programação de gastos com o setor elétrico. "O período em que essas contas estiveram em avaliação já passou. Fizemos um desenho bom para o País. Ele (o modelo) está em operação e não vamos alterar o valor fiscal previsto para o setor elétrico", afirmou. O governo previu no Orçamento uma despesa de R$ 13 bilhões em 2014 com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

BNDES

Segundo Augustin, não há data para o repasse ao BNDES, mas ele garantiu que não ocorrerá ainda no mês de maio. O Senado aprovou ontem a Medida Provisória 633, que permite um aporte de até R$ 30 bilhões do Tesouro Nacional no banco de fomento em 2014. A MP ainda precisa ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff para que o Tesouro Nacional possa emitir títulos para captar os recursos que irão reforçar o caixa do BNDES.

Augustin argumentou que não houve alteração ao que aconteceu em outros anos em relação a repasses ao BNDES. "Definimos valor e vamos executando. Aos poucos poderemos diminuir o volume desse tipo de repasse e fazer com que crescimento das despesas de investimento tenham fonte que não recursos do BNDES", disse.

Emissões

O secretário afirmou ainda que está em estudo a emissão em dólar em prazos maiores. "É uma das alternativas que estamos considerando", disse. "Enxergamos o mercado internacional em tendência de melhora e fundamentos do Brasil também. Isso significa condições para emissões que estamos avaliando", afirmou. Questionado sobre possíveis impactos da Copa do Mundo, Augustin reforçou: "não definimos emissão. Ela pode ser feita no período da Copa ou não, não é a Copa que define."

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, classificou como "muito bom" o resultado do superávit primário do mês de abril. As contas do governo central - que reúne Tesouro Nacional, Banco Central e INSS - apresentaram um superávit primário de R$ 16,596 bilhões no mês passado. "Estamos vendo de forma positiva o resultado de abril, em linha com nossa programação", disse. "Já estava dentro da programação que abril seria um mês melhor."

Com o resultado de abril, o governo cumpriu a meta dos primeiros quatro meses do ano, de quase R$ 28 bilhões, ao economizar R$ 29,659 bilhões nos quatro primeiros meses. "Conforme eu havia adiantado, abril é mês de receita mais forte e permitiu que tivéssemos bom resultado", comentou. Augustin argumentou que, embora o resultado de abril seja o terceiro melhor da série história do Tesouro Nacional, que começou em 1997, ele é "muito bom" porque ficou muito próximo do primeiro e do segundo melhor resultado.

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Em abril de 2008, o resultado foi de R$ 16,720 bilhões e em abril de 2010, R$ 16,599 bilhões. No acumulado dos últimos doze meses, o resultado encerrado em abril também ocupa a terceira melhor posição. Augustin não quis adiantar comentários sobre o mês de maio. "Às vezes eu adianto (informações), mas hoje ainda faltam dois dias (para o mês terminar). Não vou tecer comentário", disse.

Dividendos

Augustin defendeu que a programação de pagamento de dividendos de R$ 23 bilhões em 2014 é "normal" e argumentou que "felizmente" a receita de dividendos no Brasil é recorrente. Questionado sobre o aumento de 716,4% no pagamento de dividendos nos quatro primeiros meses deste ano, Augustin disse que "o mês em que é repassado não altera o valor anual". "Eventualmente, os dividendos são repassados mais no início ou mais no fim do ano. Na minha visão, isso não muda em nada a característica do ano no que concerne à viabilidade de cumprirmos o decreto de programação", disse.

Nos quatro primeiros meses deste ano, os dividendos somaram R$ 8,231 bilhões, ante R$ 1,008 bilhão do mesmo período do ano anterior. Há dois anos, o pagamento de dividendos somou R$ 28 bilhões e no ano passado, R$ 17 bilhões. "Não estamos mudando programação de dividendos do ano. A ideia de que os dividendos possam ser não considerados no primário faz tanto sentido quanto dizer que sem imposto de renda o primário seria negativo. Não faz sentido. Felizmente no Brasil dividendo é receita recorrente. A partir do momento que estatais tiveram resultado positivo, isso ocorre", disse.

Augustin ainda negou que o BNDES adiante o pagamento de dividendos. "Ele só paga depois que apura o lucro", disse. Questionado sobre o banco de fomento, Augustin disse: "O financiamento de longo prazo é uma luta importante. Enquanto não for feito pelo setor privado no volume que o Brasil precisa, é necessário que haja programas governamentais como o PSI (Programa de Sustentação do Investimento)".

Receitas extraordinárias

O secretário defendeu também o uso de receitas extraordinárias para cumprimento da meta fiscal. Segundo ele, as receitas decorrentes de algum parcelamento especial, como o Refis, são iguais às outras. "Não tem nenhuma circunstância que elas tenham efeito macroeconômico diferente de outros tributos", avaliou.

Augustin disse que a classificação das receitas como extraordinária obedece uma questão didática para permitir que a sociedade entenda os motivos, inclusive, para não achar que houve aumento de arrecadação. Ele evitou entrar na discussão se a realização de Refis estimula a sonegação. "É uma discussão de política tributária. Do ponto de vista fiscal, são receitas iguaizinhas às outras", disse.

Segundo ele, quando o governo propõe um Refis é porque acha que é o melhor. "Sou a favor de que haja parcelamentos porque eles têm demonstrado serem bons para o Brasil e tem aumentado a arrecadação", afirmou. O secretário também avaliou que as desonerações tributárias permanentes são absolutamente compatíveis com a programação orçamentária. Segundo Augustin, as desonerações trazem bom resultado para economia porque são um impulso econômico importante. "É bom para o País que possa fazer isso. Do ponto de vista fiscal é sustentável e responsável. Eu saúdo essa política", afirmou.

O crescimento de 8,7% do superávit primário do governo central - formado por Tesouro Nacional, Banco Central e INSS - de janeiro a abril de 2014 em relação ao mesmo período de 2013 se deve a uma queda no déficit da Previdência Social, de R$ 6,1 bilhões no período - baixa de 29,1%.

Por outro lado, o superávit do Tesouro Nacional nos primeiros quatro meses do ano diminuiu 8,5%, passando de R$ 48,429 bilhões de janeiro a abril de 2013 para R$ 44,297 bilhões no mesmo período de 2014.

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O Banco Central também reverteu um déficit de R$ 282,9 milhões nos primeiros quatro meses do ano passado para um superávit de R$ 138,3 milhões no mesmo período deste ano.

Segundo os dados divulgado nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional, as despesas com subsídios e subvenções econômicas tiveram queda de 25,7% no período, somando R$ 3,394 bilhões nos primeiros quatro meses deste ano. Foi a única despesa do Tesouro Nacional que teve queda no acumulado de janeiro a abril de 2014.

Para fechar a meta de superávit de R$ 28 bilhões no primeiro quadrimestre de 2014, o governo teve que recorrer em abril aos recursos de dividendos das estatais e colocar um pé no freio das despesas, inclusive no pagamento dos investimentos. Até março, os investimentos cresciam em um ritmo de 21,5%, mas a expansão desacelerou para 19,1% até abril. Os gastos com os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) avançavam 56,8% até março, ante 29,2% até abril.

O governo também não fez nenhuma transferência para a Conta de Desenvolvimento Econômico e Social (CDE) em abril. Ainda houve uma queda de 5% em relação a março nas despesas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que banca gastos com seguro desemprego e abono salarial.

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Apesar de abril ser um mês tradicionalmente forte para as receitas, a arrecadação de tributos federais no mês passado, embora recorde, frustrou as previsões da Receita. Por isso, o caixa do governo foi reforçado com dividendos de R$ 2,340 bilhões em abril. A Petrobras praticamente foi responsável por quase todo o valor. A estatal repassou R$ 2,012 bilhões em abril. A Caixa fez uma transferência de dividendos à União de R$ 15,6 milhões.

Despesas crescem 3,4%

Diferente do que vinha ocorrendo nos últimos meses, as despesas do governo central, formado por Tesouro, Previdência e Banco Central, tiveram em abril de 2014 crescimento muito menor que o das receitas. No mês passado, as despesas aumentaram apenas 3,4% ante março, enquanto as receitas subiram 19,8%. No mês de abril, não houve despesa com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Além disso, houve queda de 5% nas despesas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

No ano, a despesa com a Conta de Desenvolvimento Energético soma R$ 2,772 bilhões. No acumulado de janeiro a abril, as despesas subiram 10%, menos que os 10,7% registrados do lado da receita. Os recursos com concessões somaram R$ 225,8 milhões em abril. No ano, totalizam R$ 991,1 milhões, 207,4% a mais que no mesmo período de 2013. A transferência de dividendos de empresas estatais para a União foi de R$ 2,340 bilhões em abril. No primeiro quadrimestre de 2014, chegaram a R$ 8,231 bilhões, alta de 716,4% em relação ao ano anterior.

Investimentos

Os investimentos do governo somaram R$ 27,4 bilhões de janeiro a abril de 2014 e registraram alta de 19,1% em relação a 2013, quando somaram R$ 23 bilhões. Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somaram R$ 19,9 bilhões no período, o que representa um crescimento de 29,2% em relação aos quatro primeiros meses de 2013, quando o resultado foi de R$ 15,4 bilhões.

As contas do governo central - que reúne Tesouro Nacional, Banco Central e INSS - apresentaram em 2013 um superávit primário de R$ 16,596 bilhões em abril. É o terceiro melhor resultado da série histórica para meses de abril. Dessa forma, o governo cumpriu a meta do primeiro quadrimestre, de quase R$ 28 bilhões, ao economizar R$ 29,659 bilhões de janeiro a abril, equivalentes a 1,81% do PIB.

O resultado no ano é 8,7% maior que no mesmo período do ano passado. O esforço de abril foi maior que todo o resultado obtido no primeiro trimestre de 2014, quando o superávit foi de R$ 13,048 bilhões. O superávit primário do governo central ficou acima da mediana dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de R$ 15,350 bilhões, mas dentro das expectativas, que variavam de R$ 9,400 bilhões a R$ 17,000 bilhões em abril.

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Os dados mostram que o Tesouro apresentou superávit de R$ 19,558 bilhões no mês passado, acumulando R$ 44,297 bilhões em 2014. Por outro lado, a Previdência apresentou déficit primário de R$ 3,071 bilhões em abril e no acumulado do primeiro quadrimestre teve resultado negativo de R$ 14,774 bilhões. As contas do Banco Central ficaram com superávit primário de R$ 109,1 milhões no mês passado; no acumulado do ano, o resultado é positivo em R$ 138,3 milhões.)

O mercado doméstico foi chacoalhado na última hora pelo resultado do governo central, que pressionou às mínimas os juros futuros, enquanto o Ibovespa é puxado pelas ações da Vale, que perdiam há pouco perto de 3% após a decepção com o balanço trimestral. O sinal negativo visto no exterior, corroborado pelo PIB fraco dos Estados Unidos, também influencia os negócios na bolsa paulista. A economia dos EUA cresceu a uma taxa anual sazonalmente ajustada de 0,1% no primeiro trimestre, bem abaixo da previsão de alta de 1,1%. Já internamente, o superávit do governo central em março foi de R$ 3,173 bilhões, ficando dentro das previsões do mercado (de R$ 0,5 bilhão a R$ 4 bilhões), e acima da mediana (R$ 1,2 bilhão).

Às 10h31, o Ibovespa caía 0,79%, aos 51.427,29 pontos. O Dow Jones recuava 0,07%, o S&P 500 tinha queda de 0,22% e o Nasdaq recuava 0,43%.

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As ações da Vale PNA caíam 2,66% e as ON recuavam 2,62%. A mineradora teve lucro líquido de US$ 2,515 bilhões no primeiro trimestre de 2014, em linha com as estimativas, o que significou uma queda de 19,1% ante o registrado com o mesmo período de 2013. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, no entanto, esse resultado reverte o prejuízo líquido, lembrando que essa perda foi provocada pela adesão da companhia ao Refis.

Na BM&FBovespa, o juro futuro para janeiro de 2021 estava em 12,54%, na mínima, de 12,63% na máxima e ante 12,57% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 12,26%, de 12,34% na máxima do dia e ante 12,28% no ajuste anterior. Já o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 11,01%, na mínima, de 11,03% na máxima e ante 11,01% no ajuste da véspera.

O dólar à vista subia 0,13%, a R$ 2,350. Em Nova York, o juro da T-note de 10 anos estava a 2,679%, de 2,690% no fim da tarde de ontem.

Apesar da promessa da equipe econômica de aumentar o esforço fiscal em 2014, as contas do Governo Central (Tesouro Nacional, INSS e Banco Central) no primeiro trimestre apresentaram um recuo de 34,6% em relação ao mesmo período de 2013. O superávit primário fechou os primeiros três meses do ano em R$ 13,048 bilhões, o equivalente a 1,08% do Produto Interno Bruto (PIB). Foi o pior resultado para primeiro trimestre desde 2010, quando o superávit ficou em R$ 8,134 bilhões. No primeiro trimestre de 2013, o superávit do Governo Central foi de R$ 19,960 bilhões (1,79% do PIB).

Enquanto as receitas do Governo Central cresceram 11,8% no período, as despesas avançaram num ritmo mais forte, de 15,1%. Segundo dados do Ministério da Fazenda, divulgados nesta quarta-feira, 30, as contas do Governo Central em março apresentaram um superávit de R$ 3,173 bilhões, mas não foi suficiente para recuperar o resultado ruim de fevereiro, quando foi registrado um déficit de R$ 3,079 bilhões. Em março do ano passado, o superávit foi de apenas R$ 291,4 milhões.

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O Tesouro Nacional contribuiu em março com um superávit de R$ 7,737 bilhões e a Previdência com um déficit de R$ 4,529 bilhões. O Banco Central registrou um déficit de R$ 34,1 milhões no mês passado.

Meta

O governo terá de fazer um superávit de R$ 14,952 bilhões em abril para cumprir a meta fiscal quadrimestral prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Em um único mês, será preciso economizar em abril mais da metade do que foi feito nos três primeiros meses. A meta é de R$ 28 bilhões até abril. Em 12 meses até março, o superávit acumulado é de R$ 70,1 bilhões (1,4% do PIB). A meta no ano é de R$ 80,8 bilhões (1,55% do PIB).

PAC

As despesas com investimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) registraram um crescimento de 56,8% no acumulado no ano até março, segundo dados do Ministério da Fazenda. No período, esses gastos, que podem ser abatidos da meta fiscal, somaram R$ 15,5 bilhões. As despesas totais de investimentos somaram R$ 20,4 bilhões, que representa alta de 21,5%.

O superávit primário do governo central acumulado em 12 meses em fevereiro foi de R$ 67,2 bilhões, ou 1,4% do PIB. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27), pelo Tesouro Nacional. O valor está bem abaixo da meta para o ano de R$ 80,8 bilhões, ou 1,55% do PIB. A meta para o primeiro quadrimestre é de R$ 27,689 bilhões.

No primeiro bimestre desse ano, o governo central economizou R$ 9,876 bilhões. O resultado de todo o setor público, que inclui Estados e municípios, deve ser divulgado amanhã (28) pelo Banco Central. A meta para o setor público consolidado é de R$ 99 bilhões, ou 1,9% do PIB.

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O economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, avaliou que o resultado fiscal apresentado nesta sexta-feira, 3, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega é ruim, apesar de cumprir a meta estabelecida pelo governo. "A meta foi cumprida do ponto de vista numérico. Mas a qualidade da situação fiscal é péssima, porque ela só foi atingida por causa de receitas extraordinárias não recorrentes arranjadas no fim do ano", disse, referindo-se aos valores arrecadados com o leilão do campo de Libra, com a antecipação de dividendos e com o Refis - programa de refinanciamento de dívidas tributárias do governo federal.

Mantega anunciou que o governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) fez um superávit primário de aproximadamente R$ 14 bilhões em dezembro, o que resultou em quase R$ 75 bilhões no ano, acima da meta de R$ 73 bilhões. Segundo Serrano, em 2014 o quadro fiscal será ainda mais desafiador, já que a atividade não está crescendo no ritmo esperado, o que prejudica a arrecadação, e será difícil repetir o volume de receitas extraordinárias. "O governo terá um desafio maior de controlar gastos, principalmente de custeio, que em 2013 aumentaram muito e ficaram inclusive acima dos investimentos federais", disse.

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Serrano avalia que o Brasil não deve ter sua da nota de classificação de risco rebaixada pelas agências internacionais em 2014, pois a sustentabilidade da dívida pública brasileira, segundo ele, ainda é favorável. "Mas, se a situação fiscal não for revertida e o país continuar com crescimento baixo e inflação alta, esse rebaixamento pode acontecer em 2015."

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse nesta sexta-feira, 27, que o governo faz análise de política fiscal todos os anos e que deve definir entre o fim de janeiro e o começo de fevereiro a meta de superávit e o corte de orçamento - se necessário - de 2014. "Vamos avaliar o nível de contingenciamento para o próximo ano. O importante é que o Brasil siga no processo de consolidação fiscal. Nossa relação dívida/PIB vem caindo significativamente e a tendência que a gente possa continuar a ter esse desempenho no ano que vem."

Para Augustin, o País irá construir 2014 com melhorias sólidas de fundamentos. "Temos notícias boas e reitero que estamos numa melhora das condições fiscais. Os fundamentos econômicos do Brasil são bons", acrescentou.

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Segundo ele, o ano eleitoral tem uma série de vedações que impedem mudanças nas despesas governamentais. "Não acredito em aumento significativo nas despesas em 2014. As principais contas estão ordenadas", argumentou.

O secretário destacou que o governo sempre tem que estar atento para que despesas seja aquelas que produzam a maior eficiência em termos macroeconômicos e em termos de serviços à população. "Os investimentos estão crescendo e trabalhamos forte para reduzirmos despesas de custeio. Vamos fazer controle forte de despesas em 2014, como fizemos em 2013", concluiu.

Augustin lembrou que o governo realizou uma alteração na política fiscal em meados de 2013 para realizar um superávit fiscal maior. Ele destacou que a meta do governo central foi aumentada em R$ 10 bilhões - de R$ 63 bilhões para R$ 73 bilhões. "O objetivo da política fiscal é sempre o mesmo, mas a estratégia vai se calibrando ao longo do ano", completou.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou que o superávit primário do setor público para o mês de outubro deste ano, de R$ 6,188 bilhões, é o pior da série histórica. Maciel afirmou, no entanto, que o resultado traz um aspecto positivo, que é a reversão em relação ao déficit de R$ 9 bilhões de setembro. Disse ainda que é preciso considerar a conjuntura dos resultados deste ano, que têm sido mais baixos em vários meses em relação aos mesmos meses de 2012.

Segundo o BC, o superávit primário do governo central de R$ 5,257 bilhões foi o mais baixo desde outubro de 2003 (R$ 4,710 bilhões). O resultado dos governos regionais (R$ 694 milhões) é o menor desde 2001 para meses de outubro. O déficit nominal é maior para outubro da série, negativo em R$ 11,528 bilhões.

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Em relação às despesas com juros, Maciel afirmou que o aumento sobre setembro se deve, principalmente, ao maior número de dias úteis (dois a mais) e ao ganho menor com swap, que caiu de R$ 5,9 bilhões para R$ 4,7 bilhões de setembro para outubro. com)

O setor público consolidado gastou R$ 17,717 bilhões com juros no mês de outubro, segundo o Banco Central. Houve aumento em relação ao gasto de R$ 13,848 bilhões registrado em setembro deste ano e ligeira alta ante os R$ 17,005 bilhões vistos em outubro de 2012.

O governo central teve no mês passado um gasto com juros de R$ 7,869 bilhões. Já os governos regionais registraram uma despesa de R$ 9,592 bilhões e as empresas estatais tiveram gastos de R$ 255 milhões.

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No acumulado do ano, o gasto com juros do setor público consolidado soma R$ 194,923 bilhões, o equivalente a 4,96% do PIB. No mesmo período do ano passado, o gasto com juros estava em R$ 178,430 bilhões ou 4,93% do PIB. Já nos 12 meses encerrados em outubro, a despesa chega a R$ 230,356 bilhões ou 4,89% do PIB.

As contas do governo central apresentaram em agosto um superávit primário de apenas R$ 87 milhões. É o pior resultado para meses de agosto. O valor significa uma queda de 97,7% em relação a julho, quando o superávit foi de R$ 3,77 bilhões. O resultado de agosto ficou dentro do intervalo coletado pelo AE Projeções (déficit de R$ 1,8 bilhão a um valor positivo de R$ 3 bilhões), mas abaixo da mediana projetada, de superávit de R$ 250 milhões.

No acumulado do ano, o governo central - que reúne Tesouro Nacional, Banco Central e INSS - acumula superávit primário de R$ 38,473 bilhões, apresentando uma queda de 28,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

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De acordo com dados divulgados pelo Tesouro na tarde desta sexta-feira, 27, o esforço fiscal do governo central caiu de 1,86% do Produto Interno Bruto (PIB) de janeiro a agosto de 2012 para 1,23% do PIB no mesmo período deste ano. O balanço mostra que o Tesouro em agosto apresentou superávit de R$ 5,797 bilhões, acumulando saldo positivo de R$ 74,849 bilhões no ano. Por outro lado, a Previdência apresentou déficit primário de R$ 5,733 bilhões no mês passado e no ano até agosto teve resultado negativo de R$ 35,849 bilhões. As contas do Banco Central também ficaram com superávit primário de R$ 22,8 milhões. No acumulado do ano, o resultado é déficit de R$ 525,8 milhões.

A meta prevista para o governo central na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) até o segundo quadrimestre (agosto) é de R$ 35 bilhões, portanto o Tesouro concluiu o período com uma sobra pequena para os próximos meses. No período de 12 meses até agosto, o superávit do governo central é equivalente a 1,6% do PIB, ou R$ 73,2 bilhões. A meta do governo central até o fim do ano é de R$ 73 bilhões.

Investimentos

Apesar da expectativa do governo, os investimentos do governo central registraram queda de 0,8% de janeiro a agosto em relação ao mesmo período de 2012. A cifra foi de R$ 42,1 bilhões ante R$ 42,5 bilhões no acumulado dos oito primeiros meses do ano passado. Desde abril, os investimentos perderam vigor e vinham desacelerando. Em agosto, registrou a primeira queda no ano em relação a igual intervalo do ano passado.

Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somaram R$ 29 bilhões de janeiro a agosto, o que representa um crescimento de 6,2% em relação ao mesmo período de 2012.

Despesas

As despesas do governo central subiram 12,5% no acumulado de janeiro a agosto frente um ano atrás. As receitas tiveram alta bem menor, de 8,1%, conforme os dados do Tesouro Nacional. Os recursos com concessões no mês passado somaram R$ 876,1 milhões bilhões e a transferência de dividendos de empresas estatais para a União foi de R$ 4,814 bilhões.

No acumulado de janeiro a agosto de 2013, as receitas com concessões totalizaram R$ 6,984 bilhões. O valor dos dividendos no ano foi de R$ 12,578 bilhões, o que representa uma queda de 22% em relação ao período de janeiro a agosto do ano passado.

Dividendos

O Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social (BNDES) pagou o maior valor de dividendos em agosto, R$ 1,725 bilhão. A Caixa foi responsável pela transferência à União de R$ 1,2 bilhão e o Banco do Brasil, de R$ 1,135 bilhão. Em agosto, as receitas do Tesouro foram reforçadas com a transferência de R$ 4,814 bilhões em dividendos.

No acumulado de janeiro a agosto, os dividendos recebidos pela União somam R$ 12,578 bilhões, queda de 22% sobre o mesmo período do ano passado. Por outro lado, os recursos com concessões totalizam R$ 6,984 bilhões no ano, alta de 552,8% na comparação com janeiro a agosto de 2012.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, evitou adiantar se o resultado primário do governo central do mês de agosto será déficit ou superávit, após ser questionado por jornalistas. Ele participa de entrevista na tarde desta quinta-feira, 29, para comentar as contas de julho do governo central, que reúnem Tesouro Nacional, Banco Central (BC) e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Augustin disse que agosto tem receita baixa e despesa alta, e citou pagamentos relacionados à Previdência. O secretário disse que os dividendos vão compensar essa situação de menor receita e maior despesa neste mês. Segundo ele, o governo está prevendo receitas com dividendos em agosto de R$ 5,4 bilhões. Desse total, R$ 1,724 bilhão serão pagos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 1,280 bilhão, pela Caixa. "A diferença virá de entidades com ações em Bolsa."

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Nota do Brasil

O secretário do Tesouro acredita que a agência de rating Stand & Poor's (S&P) possa rever o viés de baixa colocado na avaliação do Brasil este ano. "Respeitamos o viés que eles colocaram, mas quando chegar o momento da definição, os nossos fundamentos falarão mais alto", declarou. "Acho que vão chegar à conclusão que os fundamentos do Brasil estão muito bem. Vamos aguardar", completou. Ele lembrou que a Fitch também fez sua análise sobre o País e não chegou à mesma conclusão da S&P.

Política fiscal

O processo de recuperação da confiança dos investidores na política fiscal brasileira é um processo, sem "mágicas" nesse caminho. Para Augustin, a retomada da confiança depende da persistência de resultados bons. "Não há mágica. É preciso continuar persistindo, com resultados, ações, no sentido de melhorar a percepção."

Ao ser questionado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, sobre as desconfianças com a política fiscal, mesmo com resultados maiores do que em outros países, Augustin ressaltou que o conceito de resultado primário utilizado pelo Brasil não existe em boa parte dos países. "O Brasil tem grau de rigidez consigo mesmo bastante elevado e achamos isso bom. O fato de termos enorme rigidez faz com que, na prática, o mercado saiba que os nossos fundamentos são muito sólidos."

Augustin ressaltou que o nível de confiança é "melhor do que alguns falam". Nesse sentido, o secretário ressaltou ainda que o seu argumento em relação às desconfianças da política fiscal é "singelo". "Nossos títulos têm participação grande de estrangeiro. Não acho que a gente tenha tido fuga de capital estrangeiro nos títulos."

Câmbio

Na sua avaliação, os efeitos do câmbio, com a forte desvalorização do real frente ao dólar, não foram maiores no País devido à avaliação ruim da política fiscal brasileira. "Os efeitos, do ponto de vista do câmbio, cada um pode ter sua visão. A minha é que foram influenciados por um conjunto de avaliações negativas que ouvimos no mercado e que não tem a ver com os fundamentos", argumentou.

O secretário destacou que a movimentação no câmbio se deve ao cenário internacional. "Se você analisar, vai ver que o nível de reservas que o Brasil tem é muito alto, muito tranquilo", ponderou. Segundo Augustin, a política fiscal está ajudando a competitividade do Brasil, criando condições para uma desvalorização não tão alta do real.

Ele defendeu os subsídios que o governo está tendo de desembolsar para bancar a redução da conta de luz. "Quando a gente faz subsídio pra energia elétrica, criamos condições para maior exportação", argumentou.

As contas do governo central apresentaram em julho um superávit primário de R$ 3,72 bilhões. No acumulado de 2013, as contas do governo central - que reúne Tesouro Nacional, Banco Central (BC) e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - acumulam superávit primário de R$ 38,1 bilhões, apresentando uma queda de 26,7% em relação ao mesmo período de 2012. O superávit primário do governo central em julho apresentou um crescimento de 189,6% em relação ao resultado positivo de junho, de R$ 1,285 bilhão. Em relação a julho de 2012, quando o superávit foi de R$ 4,004 bilhões, houve queda de 7,09%.

De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 29, pelo Tesouro, o esforço fiscal do governo central caiu de 2,08% do Produto Interno Bruto (PIB) de janeiro a julho de 2012 para 1,40% no mesmo período de 2013. Os dados mostram que o Tesouro em julho apresentou superávit de R$ 7,04 bilhões, acumulando saldo positivo de R$ 68,77 bilhões do começo do ano até julho.

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Por outro lado, a Previdência Social apresentou déficit primário de R$ 3,08 bilhões em julho e no ano até o mês passado teve resultado negativo de R$ 30,11 bilhões. As contas do BC também ficaram no vermelho em julho, com déficit primário de R$ 235,4 milhões. No acumulado do ano, o resultado é déficit de R$ 548,6 milhões.

A meta prevista para o governo central na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) até o segundo quadrimestre (agosto) é de R$ 35 bilhões, portanto o governo já tem uma folga no esforço fiscal até julho, uma vez que o superávit acumulado no ano é de R$ 38,1 bilhões. No período de 12 meses até julho o superávit do governo central é equivalente a 1,6% do PIB, ou R$ 74,4 bilhões. A meta até o final do ano do governo central é de R$ 73 bilhões. Os dados completos das contas do setor público serão divulgados nesta sexta-feira, 30, pelo BC.

Despesas

As despesas do governo central subiram 12,8% no acumulado de janeiro a julho, em relação ao mesmo período de 2012. Já as receitas tiveram alta de apenas 7,9%. Em julho, a alta das despesas foi de 10,4% e o avanço das receitas foi de 7,5%, em relação a junho. Segundo os dados divulgados pelo Tesouro Nacional, as receitas com concessões em julho somaram R$ 3,315 bilhões. Já a transferência de dividendos de empresas estatais para a União foi de apenas R$ 68,7 milhões.

No acumulado de janeiro a julho, as receitas com concessões totalizam R$ 6,108 bilhões, o que representa um aumento de 611% em relação aos sete primeiros meses de 2012. O valor dos dividendos no ano foi de R$ 7,763 bilhões, o que representa uma queda de 24,6% em relação ao período de janeiro a julho de 2012.

PAC

Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somaram R$ 26,5 bilhões de janeiro a julho, o que representa um crescimento de 6,8% em relação ao mesmo período de 2012. Apesar de manter a expansão, o ritmo de crescimento dos investimentos do PAC desacelera. O mesmo aconteceu com os investimentos globais que somaram R$ 38,8 bilhões, alta de apenas 0,1% em relação a igual período do ano passado.

O superávit primário das contas do Governo Central acumulado no primeiro semestre somou R$ 34,371 bilhões e representa queda de 28,3% em relação a janeiro a junho de 2012. O esforço fiscal caiu de 2,25% para 1,48% do Produto Interno Bruto (PIB). No acumulado em 12 meses até junho, o superávit primário do governo central é de R$ 74,7 bilhões, ou 1,6% do PIB.

O Tesouro Nacional anunciou na tarde desta sexta-feira, 26, o balanço de junho do Governo Central, que reúne dados do Tesouro, da Previdência Social e do Banco Central. No semestre, as contas do Tesouro acumulam um superávit de R$ 61,714 bilhões, enquanto a Previdência Social acumula um déficit de R$ 27,029 bilhões e o Banco Central um resultado negativo de R$ 313 milhões.

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Apenas em junho, as contas do Governo Central apresentaram um superávit primário de R$ 1,247 bilhão, com queda de 78,6% sobre os R$ 5,959 bilhões de maio. O resultado ficou abaixo da mediana do AE Projeções, de R$ 1,7 bilhão, e dentro do intervalo das estimativas, de déficit de R$ 2 bilhões a superávit de R$ 4,2 bilhões.

No mês passado, o Tesouro contribuiu para o resultado com um superávit de R$ 4,527 bilhões. Já as contas da Previdência tiveram um déficit primário de R$ 3,179 bilhões e o Banco Central um resultado também negativo de R$ 73 milhões.

Após a divulgação dos resultados do Governo Central de abril, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, destacou o fato de o governo central já ter cumprido 68% da meta do segundo quadrimestre, que é de R$ 40 bilhões. Segundo ele, já considerando os dados do Banco Central até março e do Tesouro até abril, o superávit realizado até agora é de R$ 27,2 bilhões. O BC divulga os dados de abril na sexta-feira, 31. Não havia meta para o primeiro quadrimestre porque o primeiro decreto de programação orçamentária sofreu atraso na sua divulgação.

Augustin ressaltou também que, em 12 meses, o resultado primário é positivo em R$ 70,1 bilhões nominal, o quarto melhor valor da série histórica. Ele lembrou que a meta do Governo Central para este ano é de R$ 63 bilhões, já considerando um abatimento de R$ 45 bilhões de desonerações e investimentos do PAC. Por isso, o resultado em 12 meses está acima da meta. "Acho que teremos condições de ter um resultado um pouco maior que a meta de R$ 63 bilhões. Ou seja, um abatimento menor que R$ 45 bilhões. Talvez a gente não precise abater todo os R$ 45 bilhões", afirmou. Augustin disse, no entanto, que a possibilidade de abatimento já projeta um superávit primário menor este ano do que em anos em que o Tesouro trabalhou com a meta cheia.

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O secretário informou também que o superávit de abril se deve ao aumento das receitas do Tesouro em R$ 21,8 bilhões em relação a março, apesar de as despesas terem crescido R$ 10,46 bilhões. As despesas da Previdência subiram R$ 3,76 bilhões em abril ante março, dos quais R$ 3 bilhões foram pagamento de precatórios e sentenças judiciais.

Augustin chamou a atenção ainda para o aumento nominal de 4,3% das receitas administradas em abril. Ele lembrou que essa é uma boa indicação para as receitas ao longo do ano. A tendência, segundo ele, é positiva para as receitas. O secretário destacou que em fevereiro e março as receitas apresentaram queda nominal. "Esse dado mostra que a tendência é favorável", disse. O secretário previu ainda um aumento de investimentos ao longo do ano. "Reiteramos que estamos trabalhando com um aumento maior das despesas de capital (investimentos)", disse.

As despesas do Governo Federal estão crescendo num ritmo muito mais forte do que as receitas ao longo deste ano. Enquanto a despesa total do Governo Central registrou um aumento de 13,4% até abril, as receitas avançaram apenas 4,9%. As despesas no período somaram R$ 286,30 bilhões e as receitas totalizaram R$ 377,71 bilhões, de acordo com dados do Tesouro Nacional.

Em abril, as despesas cresceram 21,2%, para R$ 81,684 bilhões, e as receitas tiveram uma expansão de 30,3%, chegando a R$ 104,26 bilhões.

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Os gastos com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somam até abril R$ 15,4 bilhões, com crescimento de 22,7%. O volume de investimentos do PAC é importante porque esses gastos poderão ser abatidos da meta fiscal.

O total de investimentos no período soma R$ 23 bilhões, com alta de 8,8%. Destes, R$ 20,69 bilhões são despesas inscritas no chamado "restos a pagar". Essas despesas foram empenhadas em anos anteriores e transferidas para o Orçamento de 2013. Apenas R$ 2,26 bilhões de investimentos pagos são do Orçamento deste ano, segundo o Tesouro Nacional.

As contas do Governo Central, que reúne o Tesouro Nacional, INSS e Banco Central, apresentaram em abril um superávit primário de R$ 7,210 bilhões. O resultado do mês mostra um crescimento expressivo em relação março deste ano, quando o superávit primário do Governo Central foi de apenas R$ 199,1 milhões. Em abril do ano passado, o superávit primário foi de R$ 11,479 bilhões.

De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 29, o Tesouro Nacional contribuiu para o resultado com um superávit de R$ 13,658 bilhões. Já as contas do INSS apresentaram em abril um déficit primário de R$ 6,181 bilhões e o Banco Central, um resultado também negativo de R$ 266,6 milhões.

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No acumulado do ano até abril, o superávit primário das contas do Governo Central somou R$ 26,885 bilhões, o que representa uma queda de 40,3% em relação aos quatro primeiros meses de 2012, quando ficou em R$ 45,062 bilhões. O esforço fiscal caiu de 3,24% para 1,77% do Produto Interno Bruto (PIB).

As contas do Tesouro acumulam um superávit de R$ 48,017 bilhões, ante R$ 60,411 bilhões em 2012. Já a Previdência Social acumula um déficit maior, de R$ 20,848 bilhões (ante R$ 15,229 bilhões), e o Banco Central de R$ 282,9 milhões, em comparação aos R$ 120,9 milhões no mesmo período do ano passado.

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