A presidente Dilma Rousseff começou, nesta quinta-feira (1°), em um encontro de mais de uma hora com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, uma série de encontros bilaterais que marcaram o início dos compromissos oficiais do seu segundo mandato. A conversa com o vice-presidente estava prevista para durar cerca de meia hora, mas se estendeu a ponto da presidente deixar seus convidados para o coquetel irem embora antes de que ela aparecesse na festa.
O encontro ainda não tinha se encerrado até o fechamento desta edição, mas as informações do Itamaraty eram de que a conversa se concentraria na renovação do convite para que a presidente faça uma visita de Estado aos Estados Unidos, possivelmente ainda este ano.
##RECOMENDA##Nos últimos meses, Biden foi o interlocutor designado por Barack Obama para melhorar as relações com o Brasil depois do escândalo de espionagem da National Security Agency. Em seu discurso de posse no Congresso, Dilma destacou a necessidade de "aprimorar a relação com os Estados Unidos" por sua importância tecnológica, científica e pelo volume de comércio entre os dois países.
Logo depois de Biden, Dilma receberia a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Irina Bokova, que tem dois pedidos a fazer ao Brasil. O primeiro deles, apoio para sua candidatura à Secretaria Geral da ONU, para substituir Ban Ki-Moon em 2016. O outro, que o País pague à Unesco sua dívida de R$ 36 milhões. Depois de ter sido boicotada pelos Estados Unidos ao aceitar a entrada da Palestina como membro pleno, a Unesco passa por dificuldades financeiras. A dívida brasileira é a maior depois da americana.
Nesta sexta-feira, a presidente começa o dia com mais quatro encontros bilaterais: com o vice-presidente da China, Li Yuan Chao, o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz.
Com o primeiro-ministro da Suécia, o tema deve ser também o intercâmbio tecnológico. Depois do contrato bilionário para compra de caças Grippen para a Aeronáutica, os dois países têm um acordo também de transferência tecnológica. O interesse sueco agora no Brasil são, principalmente mineração, energia renovável, informática e saúde.
Nicolás Maduro, enfrentando uma crise econômica sem precedentes em seu país, quer pedir mais compreensão do governo brasileiro com as dívidas com empresários do País e apoio brasileiro para superar os problemas. Já com o vice-presidente da China, a conversa deve girar em torno do cronograma para implantação do Banco dos Brics, em que o Brasil será o presidente do Conselho de Administração e a China, a sede do banco.