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A Virgin anunciou hoje (13) que adquiriu a maior parte das ações da startup Hyperloop One, empresa que promete um sistema de transportes por trilho que utiliza túneis à vácuo. De acordo com o Richard Branson, dono da Virgin, em breve a empresa deve ser rebatizada para Virgin Hyperloop One. Ele divulgou uma foto em suas redes sociais em que chama a iniciativa de “sistema de trens mais revolucionário do mundo”.

De acordo com o empresário, a associação entre as duas companhias deve garantir um desenvolvimento mais rápido para os protótipos. A influência do magnata deve facilitar a aceitação da nova tecnologia em países ao redor do mundo. Segundo informações do site Engadget, Branson investiu em torno de US$ 85 milhões (quase R$ 270 milhões).

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O primeiro trecho do Hyperloop está em construção e deve ligar as cidades de Londres, na Inglaterra, e Edimburgo, na Escócia, cumprindo o trajeto em menos de 50 minutos. O trajeto é feito por trens convencionais atualmente e leva cerca de 4h30 para ser percorrido. Com a inovação, a empresa espera vender as passagens com um valor mais baixo que os preços praticados por companhias aéreas e com maior conforto que os trens convencionais.

A start-up americana Hyperloop One realizou um segundo teste bem-sucedido de seu trem de velocidade quase supersônica. A empresa agora diz estar pronta para começar a fase de comercialização, prevendo inaugurar seu primeiro serviço em 2021.

O novo teste, realizado em 29 de julho num local destinado a esse fim no deserto de Nevada, permitiu fazer o veículo circular a 310 km/h, contra os 112 km/h do primeiro teste, em maio. O Hyperloop One XP-1, o nome do protótipo, percorreu pouco menos de 450 metros, indicou o grupo, que afirmou ter testado com sucesso todos os componentes do sistema.

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Quando estiver operando, o Hyperloop, que se mantém no ar graças a um sistema de suspensão magnética, poderá atingir os 1.200 km/h, segundo projeções iniciais da empresa.

"Demostramos que o Hyperloop realmente funciona", explicou à AFP Shervin Pishevar, diretor executivo e cofundador da Hyperloop One, que atualmente tem cerca de 300 funcionários. "A partir de hoje passamos ao processo de comercialização", completou.

A Hyperloop One já está em contato com vários governos e sócios em potencial, explicou o diretor da start-up, que já angariou 160 milhões de dólares de diversos investidores, entre outros, a empresa de ferrovias francesa SNCF. "É provável que os primeiros Hyperloop circulem antes no exterior", e não nos Estados Unidos, apontou Pishevar. "A velocidade de funcionamento de outros governos é uma vantagem".

Questionado sobre a possibilidade de ver um Hyperloop em breve na Europa, ele afirmou que há dois atores "muito interessados", sem dar maiores detalhes. O objetivo ainda é pôr em funcionamento um Hyperloop em 2021, disse o executivo.

A empresa pediu contribuições para planejar linhas futuras: Orlando-Miami (410 km) em 26 minutos, Chicago-Pittsburgh (785 km) em 47 minutos ou, na França, Bastia-Bonifacio (150 km) em 14 minutos , por exemplo. Hyperloop One atualmente tenta obter a certificação de seu trem futurista.

Mais barato que o trem

Apesar de parecer muito mais avançada, a Hyperloop One não é a única companhia no mercado de trens de altíssima velocidade e suspensão magnética, também conhecida como levitação magnética. A Hyperloop Transportation Technologies (HTT) e a The Northeast Smaglev, outras duas start-ups, também desenvolvem seus próprios projetos.

A ideia do hyperloop foi lançada em 2013 pelo empresário Elon Musk, fundador da fabricante de automóveis elétricos Tesla e da empresa aeroespacial SpaceX, mas atualmente é desenvolvida por outras empresas sem vínculos de capital com o magnata.

Pishevar garantiu que o Hyperloop será "mais barato" para os usuários "que qualquer sistema existente", citando em particular os trens de alta velocidade que já circulam no mundo. "Queremos que seja (um meio de transporte) democrático", insiste, "que esteja ao alcance de todos".

Para isso, a Hyperloop One prevê custos de manutenção e de serviços inferiores ao dos trens atuais.

"Não tem rodas de aço que se deslocam sobre uma superfície. É sem contato" porque o trem está suspenso, explicou Josh Giegel, presidente de engenharia e cofundador da Hyperloop One. "Assim, não há erosão do material a cada passo do trem", completou.

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