Tópicos | Indicador Antecedente de Emprego

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), divulgado nesta quinta-feira (11), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), variou 0,1 ponto em outubro, chegando a 87,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, houve queda no IAEmp de 0,7 ponto, para 88,1 pontos.

Segundo o instituto, o IAEmp combina séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, de forma a antecipar os rumos do mercado de trabalho no país.

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Para o economista do FGV/Ibre, Rodolpho Tobler, a relativa estabilidade do indicador verificada em outubro indica um “sinal de alerta” sobre o ritmo de recuperação do mercado de trabalho. “A desaceleração da atividade econômica parece pesar na evolução do indicador, que ainda se encontra abaixo do nível pré-pandemia”, disse ele. Acrescentou que os próximos meses devem manter uma retomada gradual, principalmente no setor de serviços.

Ritmo gradual

“Para os próximos meses, o cenário ainda é de continuidade da retomada do mercado de trabalho, mas em ritmo gradual e sendo mais intensa no setor de serviços, que sofreu mais ao longo da pandemia e que possui expectativas mais favoráveis para o final do ano. No médio e longo prazo, o cenário é incerto dependendo de uma recuperação mais robusta da atividade econômica”, explicou.

Entre os sete componentes do IAEmp, quatro contribuíram positivamente e três negativamente para o resultado na margem. A Sondagem do Consumidor-Emprego Local Futuro subiu 0,7 ponto; a Sondagem de Serviços-Emprego Previsto cresceu 0,2; Sondagem de Serviços-Situação Atual dos Negócios subiu 0,4; e a Sondagem de Serviços-Tendência dos Negócios teve alta de 0,1.

Pelo lado negativo ficaram a Sondagem da Indústria-Emprego Previsto (-0,1); a Sondagem da Indústria-Situação Atual dos Negócios (-0,2); e a Sondagem da Indústria-Tendência dos Negócios da Indústria de Transformação, que caiu 1,1.

O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp) registrou alta em novembro e interrompeu a sequência de oito quedas seguidas, mas ainda não é correto afirmar que as expectativas de contratação para 2019 são otimistas, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (6).

Em novembro, o índice que antecipa os rumos do mercado de trabalho no país teve alta de 6,2 pontos em relação ao mês anterior, para 97 pontos, alcançando o maior nível desde maio.

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"A recuperação do último mês pode indicar uma nova onda de otimismo na economia brasileira, no entanto, devemos esperar novas observações para verificar se de fato teremos expectativas otimistas quanto à contratação no próximo ano", afirmou o economista da fundação, Fernando de Holanda Barbosa Filho.

Por outro lado, o Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que mede a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, caiu 1,3 ponto em novembro, para 98,9 pontos, retornando ao nível de novembro do ano passado. Ao passo que o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) segue oscilando em torno do mesmo nível positivo a longo do último ano.

"Isso indica um mercado de trabalho bastante difícil, o que caminha em linha com a elevada taxa de desemprego observada no país. Uma queda do ICD somente deve ocorrer com uma melhora mais robusta do nível de atividade e das contratações no mercado de trabalho", acrescentou o economista da FGV.

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