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Mulheres imigrantes teriam sido submetidas a retiradas completas ou parciais do útero em centro de detenção dos Estados Unidos, segundo denunciou uma enfermeira que trabalhou no local. Autoridades migratórias, parlamentares e o Departamento de Segurança Nacional vão investigar o caso.

A enfermeira Dawn Wooten relatou que um ginecologista fazia histerectomia, que é a retirada do útero por cirurgia, em massa nas imigrantes clandestinas. O centro de detenção, localizado na cidade de Irwin, também se recusava a fazer testes do novo coronavírus nos detentos, a denunciante alega.

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As mulheres eram encaminhadas a ginecologistas ao reclamarem de cólica ou pedirem métodos contraceptivos. Segundo Wooten, muitas mulheres não entendiam qual era o procedimento que estavam recebendo.

O Partido Democrata teve acesso à denúncia e anunciou que investigará o caso. A presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, disse se tratar de uma violação impressionante dos direitos humanos. "O congresso e o povo americano precisam saber por que e sob quais condições tantas mulheres, supostamente sem darem consentimento, foram forçadas a se submeter a este procedimento extremamente invasivo e alterador de vida", declarou Pelosi.

A diretoria médica do Serviço de Alfândegas e Imigração (ICE) dos Estados Unidos negou irregularidades e afirmou que o centro fez apenas dois procedimentos do tipo desde 2018, sempre com aprovação após exames. Em nota, o Serviço disse que uma histerectomia jamais seria feita sem a vontade da paciente. A empresa privada responsável pelo centro, LaSalle Corrections, declarou repudiar fortemente as denúncias e suspeitas de má conduta.

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