Tópicos | Izabella Teixeira

Ao mandar um bilhete às ministras Ideli Salvatti, de Relações Institucionais, e Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, cobrando informações sobre um acordo para votação do Código Florestal, a presidente Dilma Rousseff retomou uma conhecida prática de presidentes brasileiros, a de deixar suas ordens registradas por escrito. E mostrou que, além de ser uma "quase viciada" no Ipad, de onde manda mensagens, ainda mantém o hábito das cobranças de próprio punho.

Os bilhetes fazem parte da História do Brasil desde a Independência (1922). O imperador D. Pedro I mandava bilhetes para Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, sua amante. Neles, se identificava como "demonião", "fogo" e, quando estava sem inspiração, apenas "Imperador".

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Getúlio Vargas deixou 454 bilhetes para o assessor e amigo Lourival Fontes em seu segundo governo (1951-1954). Em 2009, os bilhetes foram tornados públicos. Os recados registram desde um prosaico lembrete para um discurso do dia seguinte à necessidade de desejar êxito ao jornalista Samuel Wainer, que lançaria o jornal Última Hora.

Jânio Quadros (31 de janeiro de 1961 a 25 de agosto de 1961) fez dos bilhetes uma rotina. Quando assumiu o governo ele resolveu imitar a prática do ex-primeiro-ministro inglês Winston Churchill, de falar por intermédio de curtos e objetivos bilhetes. Ao deixar o governo, Jânio tinha expedido mais de 1,5 mil bilhetinhos.

No governo de Itamar Franco (1992-1994) o bilhete levou à demissão de um ministro. Na tentativa de ajudar a eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência, Alexis Stepanenko (Minas e Energia) enviou a Itamar um bilhete pedindo que o presidente antecipasse a inauguração de uma hidrelétrica para antes da eleição e fosse lá pessoalmente. O conteúdo do bilhete vazou. Em resposta, Itamar demitiu Stepanenko e adiou a inauguração de Xingó para depois da eleição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Às vésperas da abertura da Rio+20, que começa nesta quarta-feira, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, usa o exemplo da 17ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-17), em Durban, África do Sul, para tentar espantar as dúvidas sobre os resultados práticos do evento no Rio.

"Fomos para Durban e todos diziam que não ia dar em nada, mas conseguimos reverter a situação", lembrou a ministra. Em dezembro, no continente africano, representantes de 194 países concordaram, após exaustivas negociações concluídas no fim da conferência, em renovar o Protocolo de Kyoto para, pelo menos, até 2017.

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Nesta semana, a comunidade científica prepara um documento oficial para entregar aos políticos que participarão da Rio +20. Segundo Izabella Teixeira, as principais discussões no momento envolvem acertos nas terminologias utilizadas. "O texto está bastante preciso. Há convergência de temas, mas alguns termos ainda precisam ser ajustados", afirmou.

Otimista, a ministra ressaltou o avanço nas discussões em relação à Eco-92. "Essa será uma conferência de desenvolvimento sustentável, ninguém está falando separadamente de ambiente ou questões econômicas. Pela primeira vez, vamos discutir a agenda do desenvolvimento sustentável com foco no pilar econômico."

A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou hoje requerimento dos deputados federais Beto Faro (PT/PA) e Homero Pereira (PSD/MT) para convidar a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a participar de audiência sobre a conferência Rio+20 e também sobre o cumprimento das metas assumidas pelo governo brasileiro no âmbito da Conferência das Nações Unidas Mudanças Climáticas.

O requerimento do deputado Beto Fato aprovado hoje pela Comissão de Agricultura propõe audiência pública para discutir as propostas que o governo brasileiro levará para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que será realizada em junho no Rio de Janeiro.

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O deputado Homero Pereira quer aproveitar a presença da ministra na comissão para debater a forma como o governo vem encaminhando as discussões sobre "as metas de biodiversidade até 2020", conforme o compromisso assumido no âmbito das discussões mundiais sobre mudanças climáticas.

Pereira criticou o fato de o Ministério do Meio Ambiente estar privilegiando as organizações ambientalistas na definição das metas, deixando em segundo plano o setor produtivo. Segundo ele, o governo criou um grupo chamado "diálogos da biodiversidade", que propõe a ampliação das áreas de preservação (reservas e parques) em mais 100 milhões de hectares. O deputado argumenta que o assunto deve ser discutido "para não se tornar um novo Código Florestal".

A Conferência Rio+ 20, que acontecerá de 20 a 22 de junho próximo, no Rio de Janeiro, será um espaço para o Brasil mostrar ao mundo sua experiência de crescimento sustentado, afirmou nesta segunda-feira a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante a reunião ministerial, no Palácio do Planalto, convocada para a apresentação das linhas gerais do governo para o presente ano.

Ela explicou que antes mesmo do início do encontro, já haverá grande presença de autoridades estrangeiras no Brasil. "Nós teremos, de 13 a 22 de junho, todos os holofotes do planeta, em termos de desenvolvimento sustentável, olhando para o Brasil. Portanto, não é uma conferência stricto sensu de meio ambiente. É uma conferência sobre desenvolvimento sustentável".

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Segundo a Ministra, a percepção externa é que o Brasil é um país líder nesse tema. "A síntese e a imagem que a gente quer consolidar, pós-conferência, é um país que cresce, inclui e conserva. E essa é a percepção que está internacionalmente em torno do Brasil, também consolidado por uma sociedade democrática, transparente e com um governo que procura adotar o paradigma do desenvolvimento sustentável como uma referência para a sua tomada de decisão em políticas públicas".

Segundo Izabella, a preparação da Conferência é resultado de uma parceria com vários ministérios, como o das Relações Exteriores, que exerce a Secretaria Executiva; da Justiça e da Defesa, que cuidam das questões de segurança; da Secretaria de Comunicação Social; da Secretaria Geral, que coordena a mobilização social; e da Casa Civil, coordena todo o processo. "A ideia é que a partir de agora a gente tenha o engajamento de todo o governo", afirmou.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que, para o governo brasileiro, é "inaceitável" o fato de não ter recebido informações adequadas da empresa Chevron sobre o vazamento de petróleo no norte do Rio de Janeiro. Foi com essa frase que a ministra encerrou hoje a entrevista no Palácio do Planalto deixando claro que o governo será bastante rígido com as apurações e possíveis sanções à empresa.

A ministra enfatizou que a ideia do governo é que seus órgãos atuem de forma bastante sincronizada para evitar possíveis questionamentos judiciais pela Chevron. Durante a entrevista, a diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Magda Chambriard criticou que o equipamento que permitiria a cimentação da área atingida pelo vazamento não estava no Brasil, e a empresa não apresentou essa informação à ANP, prometendo colocar em prática a operação de reparo, quando não havia condições para isso. Ela relatou que até agora apenas uma camada de cimento foi feita e o segundo tampão nem teve início. A ideia da ANP é avançar nos trabalhos de hoje para amanhã, dando continuidade aos tampões subsequentes que permitirão o abandono do poço.

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Chambriard reclamou do tratamento dado pela Chevron ao governo brasileiro e à ANP, considerado por ela como "inaceitável". Segundo ela, a empresa editou imagens que obrigatoriamente deveriam ter sido fornecidas aos órgãos de controle do governo.

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