Tópicos | Jesus negro

A Pontifícia Academia para a Vida provocou polêmica nesta segunda-feira (14) ao publicar em sua conta no Twitter uma reprodução da Pietà, famosa escultura do artista italiano Michelangelo que se encontra na Basílica de São Pedro, no Vaticano, segurando um Jesus negro.

A fotografia foi compartilhada com a frase "Uma imagem que vale um discurso" como uma mensagem contra qualquer tipo de racismo.

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Apesar de receber diversos comentários positivos e centenas de curtidas, a iniciativa foi criticada por usuários e, principalmente, por alguns sites católicos americanos conservadores, como o "Novus Ordo Watch" e "Church militant", que relacionaram a publicação a uma apologia ao movimento "Black Lives Matter".

"Não existe um 'Jesus negro' ou um 'Jesus branco' (neste caso, um Jesus de mármore): existe apenas um Cristo, verdadeiramente nascido da Virgem Maria", escreveu um dos usuários.

O portal Church militant, por sua vez, ressaltou que o "vandalismo do Vaticano imita o iconoclasta louco Laszlo Toth", um geólogo húngaro que em 1972 vandalizou a estátua de Pietà.

Após a polêmica, o porta-voz da Pontifícia Academia para a Vida, Fabrizio Mastrofini, rebateu as críticas. "Não há nenhum tipo de ligação com o movimento 'Black Lives Matter' , é uma manipulação politizada. Essa imagem quer ser uma mensagem de 360 graus contra o racismo", explicou.

"Estes comentários nunca são casuais, mas eu respondo de uma ordem estável à qual todos seguem sem raciocinar com a própria tristeza. É uma triste situação eclesial", concluiu.

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Da Ansa

Após um tempo fechada por causa da pandemia de coronavírus, uma catedral do Reino Unido passou a exibir uma pintura da Santa Ceia em que Jesus é retratado como um homem negro.

O quadro é da inglesa Lorna May Wadsworth e foi exposto no Altar dos Perseguidos, na ala norte da catedral anglicana de Saint Albans, cidade que se localiza cerca de 35km de Londres, na Inglaterra.

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Durante a paralisação por conta da pandemia ocorreu o assassinato de George Floyd, homem negro que foi asfixiado por um policial em Minnesota, nos Estados Unidos, e a exibição do quadro está, de certa forma, relacionada ao caso. Desde o assassinato de Floyd, manifestações tomaram conta das ruas de várias cidades no mundo inteiro, incluindo Londres e Bristol, ambas na Inglaterra.

A igreja britânica diz que a escolha por retratar um Jesus negro vai ao encontro das manifestações e demonstra o apoio da entidade aos protestos antirracistas. ‘’Uma declaração ousada’’, comentou uma ativista.

Em uma nota oficial, a catedral informou: “Nós apoiamos o movimento 'Black Lives Matter' como aliados em prol da mudança, construindo uma comunidade forte e justa onde a dignidade de todos os seres humanos é honrada e celebrada, onde as vozes pretas são ouvidas, e onde vidas negras importam”.

O quadro exposto na catedral inglesa é uma cópia da obra original, que foi vandalizada com um tiro em sua primeira exposição, em 2010, na igreja de Gloucestershire.

Em apoio ao movimento Black Lives Matters (vidas negras importam, em tradução livre), uma pintura da Última Ceia mostrando um Jesus negro, diferente do que se é pregado pelo imaginário Ocidental, foi colocada na reabertura da Catedral católica de ST Albans, no Reino Unido, no Altar dos Perseguidores.

O quadro é da artista Lorna May Wadsworth. A obra original, pintada em 2010, havia sido alvo de um tiro quando foi exibida em uma igreja de Gloucestershire, na região sudoeste da Inglaterra.

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Usando um modelo jamaicano de base para a sua interpretação da obra de Leonardo da Vinci, Lorna aponta que a releitura é para "fazer as pessoas questionarem o mito ocidental de que Jesus tinha cabelo claro e olhos azuis".

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Segundo a BBC, os responsáveis pela catedral confirmaram que a obra foi colocada para convidar os fiéis a "olhar com olhos renovados para algo que você pensa que já conhece".

Shelley Hayles, um dos representantes do movimento Black Lives Matters, disse à BBC que parte da sociedade não tem problema em aceitar um retrato "impreciso" do Jesus branco, mas são rápidos em questionar o Jesus preto. "Esse é só mais um exemplo do racismo sistêmico do Reino Unido", apontou.

A catedral que estampou a pintura do Jesus negro se posicionou dizendo: "nós apoiamos o movimento Black Lives Matter como aliados em prol da mudança, construindo uma comunidade forte e justa onde a dignidade de todos os seres humanos é honrada e celebrada, onde as vozes pretas são ouvidas, e onde vidas negras importam".

Em uma mensagem de boas-vindas aos imigrantes, o arcebispo de Palermo, Corrado Lorefice, celebrou nesta quarta-feira (25) uma missa na catedral da cidade com uma representação do menino Jesus na cor negra.

Na celebração, Lorefice mostrou a estátua para os fiéis que encheram a catedral. O religioso ainda beijou a representação e depois a entregou a um dos padres concelebrantes, que levou a obra em procissão.

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A estátua do menino Jesus veio da Tanzânia. Alguns missionários que foram ao país africano doaram ela ao pároco da catedral, monsenhor Filippo Sarullo. Já Lorefice desejou que a representação fosse levada em procissão e colocada em frente ao altar, como sinal de boas-vindas aos imigrantes e a toda comunidade de estrangeiros que vive em Palermo, no sul da Itália.

Em diversas ocasiões, Lorefice enfatiza os temas de acolhimentos e abertura aos imigrantes, que normalmente desembarcam na Sicília. O arcebispo também já foi receber, nas docas do porto, os navios que trouxeram centenas de refugiados resgatados no mar para Palermo.

*Foto: Reprodução/Facebook

Da Ansa

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