O ministro do Esporte, George Hilton, recomendou ao presidente da Confederação Brasileira de Canoagem, João Tomasini, que seja mais flexível nas conversas com os atletas que se rebelaram contra a forma de repasse das verbas que têm direito por participarem do programa olímpico. Na última sexta-feira, Isaquias Queiroz, Erlon Silva, Nivalter Santos e Ronilson Oliveira se negaram a competir em um evento-teste para a Olimpíada, protestando contra o que entendem ser falta de transparência da confederação.
"Liguei para o Tomasini e falei que ele precisa ter diálogo com os atletas. Não dá para ficar brigando com quem está conseguindo resultados expressivos para o nosso esporte", disse Hilton nesta quarta-feira em São Paulo, durante o 5° Fórum Nacional do Esporte. De acordo com o ministro, Tomasini entendeu o recado e vai adotar um tom conciliador. "Vai ficar tudo bem."
##RECOMENDA##No Fórum, Hilton falou do Sistema Nacional do Esporte, projeto que prevê uma espécie de regulamentação por meio de uma Lei de Diretrizes.
O projeto está em elaboração e a intenção é que seja enviado ao Congresso no mês de outubro. "Vamos definir as responsabilidades de cada ente, governo federal, estadual, prefeituras, confederações, ligas. O papel de cada um deles."
O sistema vai propor o incentivo esportivo em vários níveis, desde a prática escolar. "Já trabalhamos em formas de gestão e agora estamos discutindo como será feito o financiamento", explicou o ministro.
Hilton também minimizou as críticas de vários atletas e dirigentes estrangeiros às águas da Baía de Guanabara em eventos-teste realizados recentemente. "Não houve prova de que os atletas passaram mal por causa da poluição das águas. O importante é que estamos trabalhando juntos com as autoridades do Rio e temos certeza de que as águas estarão aptas tanto para os eventos-teste como para os Jogos."