Tópicos | Jonas Torres

Após Caio Junqueira sofrer um grave acidente de carro no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, na última quarta-feira, dia 16, Jonas Torres, o irmão do ator, deu uma breve entrevista ao G1 e falou sobre o ocorrido:

- A gente está esperando para ver o que acontece. Muito delicada a situação. Assim que tiver alguma coisa relevante, a família vai dizer.

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Caio perdeu o controle do carro, subiu no meio-fio, bateu em uma árvore e capotou. O ator ficou preso no veículo e foi levado para o Hospital Miguel Couto, na região da Gávea, onde realizou uma operação, devido uma fratura exposta no baço, e segue internado.

Quem foi jovem no final da década de 1980 vai sentir a nostalgia bater quando Império, nova novela das 9 da Globo, entrar no ar, no dia 21 de julho. Em meio às figuras do elenco constantemente na televisão, lá estará de volta Jonas Torres, que de vez em quando retoma a função de ator. Até hoje, ele é lembrado pelo Bacana, personagem que interpretou ainda criança no seriado Armação Ilimitada.

"Foi um programa que marcou uma época, era inovador. Existe um carinho grande pelo Bacana. Meu rosto não mudou muito. É muito bacana, sem trocadilhos. É inevitável não lembrarem", analisa o ator, hoje com 39 anos. Segundo ele, ainda é comum ser abordado por telespectadores que o chamam pelo nome do personagem. "É que remete à infância e adolescência das pessoas."

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Na novela escrita por Aguinaldo Silva, Jonas será Ismael, um catador de lixo que tem uma história complicada com a mulher, Lorraine (Dani Barros). Os dois mantêm o casamento, porém, vivem separados. O divórcio não acontece para que eles continuem a usufruir de benefícios do governo. "Não tem nome, mas ele fala do cartãozinho."

Segundo o artista, Ismael não depende totalmente do auxílio que recebe mensalmente. "Ele não tem um trabalho formal. Ele deixou o que fazia e foi catar latas e levar lixo para cooperativas. Ele aproveita o benefício e vai levando a vida, faz um extra no trabalho informal. Preguiçoso ele não é. Eu não queria ficar carregando aquela coisa (carrinho com lixo) o dia inteiro", defende Jonas.

Para o ator, a situação mostrada em Império pode ser uma alfinetada nos cidadãos que largam seus empregos para viver apenas de auxílios do governo, como o Bolsa Família. "Acho que qualquer trabalho de dramaturgia pensa em levantar questões. Não sei o que o Aguinaldo quer. Esse debate é sempre válido porque são coisas que acontecem. É para trazer uma discussão. Talvez, quem viva disso dê uma olhada. Não sei se é uma crítica. É ficção, mas se baseia em fatos", justifica.

Jonas vê pontos positivos e negativos na criação dos benefícios. "Algumas pessoas utilizam legitimamente e outras nem tanto. Coisas como seguro-desemprego são válidas, pois há pessoas que se encontram em situações problemáticas. Direitos básicos, como educação, são para qualquer um, com ou sem dinheiro", acredita. Ele sugere um controle para saber se o cidadão que recebe o auxílio tem a renda apenas vinda por esse meio. "Há que se ensinar a pescar em vez de dar o peixe. Talvez seja preciso um balanço para ver se a pessoa está procurando emprego. A pessoa tem de andar com os próprios pés. Às vezes, isso (dinheiro) vai para alguém que não precisa."

Além de percorrer lixões, Ismael vai desenvolver sua trama em torno da morte do cunhado, que morrerá ao ser atropelado por João Lucas (Daniel Rocha de Azevedo), filho do milionário José Alfredo (Alexandre Nero), protagonista da novela.

Lorraine será testemunha da batida do carro e, orientada pelo marido, tentará chantagear a família do assassino para se dar bem.

Pausa

Visto recentemente em participações em Malhação e na série bíblica Milagres de Jesus, da Record, Jonas empenhou-se em retomar a função de ator nos últimos meses. "Comecei a falar com algumas pessoas, me fazer ser visto", confessa ele, que mantém amizades desde que esteve no elenco de produções como Top Model (1989) e Vamp (1991). "O Pedro (Vasconcelos, diretor-geral de Império) é um grande amigo. E tem até a galera da equipe técnica."

Além de atuar, o carioca também tem formação militar. "Como comecei cedo, aos 18 fui correr atrás de outras coisas, atrás da minha identidade. Como tenho pai norte-americano, fui servir o exército lá. Sou piloto e mecânico de aeronaves."

Ele afirma que gosta de intercalar as atividades. "É um lado aventureiro que tenho. A gente tem de alimentar os dois lados, senão, um fica capenga. Eu adoro a arte, está dentro de mim. É uma necessidade", explica o ator, que também salta de paraquedas. A incerteza financeira de viver como artista não o incomoda. "Essa instabilidade é inerente à profissão de ator. É difícil manter a família, mas não foi isso que me fez procurar outras coisas para fazer."

Jonas serviu o exército norte-americano de 1994 a 1997. Ele garante não ter temido ser recrutado após a queda do World Trade Center, época em que os EUA entraram em conflito com o Afeganistão. "Meu período de reservista já tinha acabado", relembra ele, que se divide entre Rio, onde grava a novela, e Bertioga, litoral paulista, onde mora. "Quando estou lá, surfo, cuida da casa e dos filhos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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