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Parlamentares contrários a atual gestão federal, usaram a situação do apagão que deixou 25 estados e o Distrito federal sem energia elétrica na manhã desta terça-feira (15) para criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mencionou a queda de energia para fazer críticas a Lula. Ele apontou que o apagão começou no início do ano e culpou o presidente pelo aumento de R$ 0,41 na gasolina.

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O deputado federal mais votado pelo estado de Minas Gerais nas eleições de 2022, Nikolas Ferreira (PL-MG), escreveu em seu perfil oficial no Twitter: “Apagão, mas com amor”. O bolsonarista é conhecido por publicar diariamente duras críticas ao líder petista, nas quais, algumas delas já foram retiradas do ar pela Justiça, por divulgarem informações inverídicas.

Outro político a usar a palavra “amor” para vincular o assunto sobre o apagão à atual gestão foi o senador Jorge Seif (PL-SC).

“Mais um ‘apagão’ pra conta do PT! Só não esquecem de atingir o bolso dos brasileiros: enquanto apagam a luz, aumentam o preço dos combustíveis. O litro da gasolina aumentará R$ 0,41 e o óleo diesel ficará R$0,78 mais caro, a partir de hoje. Esse é o ‘amor’ vencendo?”, questionou.

Durante a campanha eleitoral de Lula na corrida presidencial do ano passado, o Partido dos Trabalhadores usou a expressão “o amor vai vencer o ódio” para criticar algumas ideias conservadoras do plano de governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL), consideradas pelos políticos da esquerda como “odiosas”.

O presidente Jair Bolsonaro está incentivando pessoas de sua confiança a se lançarem candidatas em 2022 com o argumento de que quer evitar dar apoio a "oportunistas", como diz ter ocorrido em 2018. O relato foi feito pelo secretário Especial de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Junior, em mensagem de voz enviada na quarta-feira (9) a um grupo de WhatsApp com 30 empresários de Santa Catarina, para anunciar que será candidato ao Senado por orientação do presidente.

No áudio de 5 minutos e 7 segundos ao qual o Estadão teve acesso, Seif, tratado por Bolsonaro como "Zero Seis" em uma alusão a como chama os próprios filhos, conta que conversou com o presidente duas vezes sobre sua candidatura. A primeira vez, segundo relatou, ocorreu no dia 26 de setembro quando o presidente teve alta do hospital após passar por cirurgia para retirar cálculos na bexiga. Aos empresários, o secretário se confunde e diz que a operação foi no rim. A conversa ocorreu no Palácio da Alvorada a convite do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o mais velho do clã. "Saímos dali já alinhados que em Santa Catarina ele (Bolsonaro) nos apoiaria", disse.

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A segunda conversa, segundo Seif, ocorreu há cerca de duas semanas no Palácio do Planalto. "E há 15 dias mais ou menos, eu estive no Palácio do Planalto, conversando com o presidente. Comemos lá pastel, tomamos lá uma Coca-Cola, e ele, no reservado, conversou comigo realmente da importância de nós buscarmos pessoas verdadeiramente alinhadas e não pessoas oportunistas como aconteceu em 2018", contou aos empresários.

Em 2018, Bolsonaro, então no PSL, ajudou a eleger 52 deputados federais, 4 senadores, 3 governadores e 76 deputados estaduais. Além dos filiados ao partido, políticos de outras legendas também surfaram na onda do bolsonarismo a exemplo do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), que está afastado do cargo por suspeita de desvios em recursos da saúde durante a pandemia da covid-19.

O presidente deixou o PSL em 2019 após brigas internas pelo controle do partido e também pelo controle do milionário fundo partidário. No racha, alguns dos principais aliados da época da campanha se tornaram adversários, entre eles o senador Major Vitor Hugo (PSL-SP) e a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP). Bolsonaro decidiu criar o Aliança pelo Brasil, mas a legenda corre o risco de não se viabilizar.

"Na verdade, o presidente conversou comigo pela segunda vez faz uns 15 dias sobre a necessidade de termos pessoas verdadeiramente, sem oportunismo, verdadeiros aliados tanto no Congresso quanto no Senado", disse o secretário.

Bolsonaro costuma dizer que Seif foi sua única indicação pessoal para um cargo de secretário. Apoiador do presidente desde 2015, Seif só conheceu o presidente pessoalmente três semanas após a eleição. Filho de um empresário da pesca em Santa Catarina que se comunicava com o Bolsonaro, Seif pediu para ir tirar uma foto com o presidente e levar reivindicações para o setor. Conversaram por três horas e saiu de lá com o convite para assumir a Secretaria de Pesca.

Em Brasília, Seif se aproximou ainda mais do presidente. É presença constante em viagens, nas transmissões ao vivo na internet e o organizador dos almoços de Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Seif leva os peixes e assume a churrasqueira, enquanto que Bolsonaro se encarrega da lista de convidados. Além de "Zero Seis", o presidente costuma chamar o secretário de "tilápia", "homem do fundo do mar" e "Aquaman". Diversas vezes, o chefe do Executivo já disse que tinha vontade de promovê-lo a ministro.

Aos empresários, o secretário afirmou que Bolsonaro tem dificuldade de governar e emplacar pautas de "desburocratização, desoneração e modernização" por causa dos parlamentares que fazem o governo de "refém". "Eles 'ensebam', sentam em cima, não põem pra votar. Ou querem fazer o governo federal, o Executivo de refém pedindo todo tipo de coisa", disse, justificando que é por isso que o governo deve formar uma base na Câmara e no Senado.

Resistência

Na mensagem de voz, Seif disse que as resistências para criar o Aliança pelo Brasil, partido para abrigar Bolsonaro, são muito grandes, mas que os esforço para a criação seguirão até março ou abril. Se a sigla não sair, o secretário diz que se filiará ao partido que Bolsonaro se filiar ou em outra legenda alinhada. "São questões políticas e eu vou buscar orientação com o presidente na ocasião", explicou.

Procurado pelo Estadão, Seif, que está afastado por ter contraído Covid-19, confirmou a autenticidade da mensagem de voz, mas disse que segue com foco na Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca. Segundo ele, o grupo foi criado por apoiadores em Santa Catarina que defendem a possível candidatura dele e que a mensagem foi uma apresentação.

"Todos os movimentos políticos futuros serão definidos no momento certo sob o comando do presidente Bolsonaro. O que ele definir e decidir, seguirei, e estarei a postos para servir o Brasil, seja no Executivo ou Legislativo", disse o secretário.

Após a repercussão da live em que fala que peixe é inteligente, o secretário de Aquicultura e Pesca do governo Bolsonaro, Jorge Seif Júnior, postou no Twitter um vídeo em que ironiza os críticos às suas falas.

Self havia afirmado, ao lado do presidente, que “quando ele (o peixe) vê uma manta de óleo ali, capitão, ele foge, ele tem medo. Então, obviamente que você pode consumir seu peixinho sem problema nenhum. Lagosta, camarão, tudo perfeitamente sano."

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Nessa sexta (1), em tom jocoso ele afirmou: “Pessoal, alguém tem algum vídeo, algum registro de cardume suicida se jogando para dentro da mancha de óleo, né? Não né? Então, é o seguinte: curte tua sexta-feira e para de mimimi, valeu. Um abraço”.

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Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Júnior, reiterou que a população do Nordeste pode continuar consumindo pescados apesar das manchas de petróleo que atingem a costa da região há dois meses. Segundo o secretário, o peixe tem inteligência e foge ao perceber a presença de óleo no mar.

"O peixe é um bicho inteligente. Quando ele vê uma manta de óleo ali, capitão, ele foge, ele tem medo", afirmou Seif Júnior na live transmitida nas rede sociais de Bolsonaro nesta quinta-feira (31). "Então, obviamente que você pode consumir seu peixinho sem problema nenhum. Lagosta, camarão, tudo perfeitamente sano."

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O secretário afirmou ainda que até o momento o Ministério da Saúde não detectou nenhum peixe contaminado pelo óleo.

"Os únicos casos de contaminação foram pessoas que estavam sujas desse óleo e usaram tíner ou óleo diesel para retirar do corpo", disse. "Podem consumir pescado, está 100% avaliado pelo Ministério da Agricultura, pelo Serviço de Inspeção Federal."

Após a fala de Seif Júnior, Bolsonaro fez a ressalva de que alguns animais foram encontrados no meio das manchas de óleo. "Obviamente, de vez em quando fica uma tartaruga ali na mancha de óleo - para não falar que ninguém fica, né? Um peixe, um golfinho pode ficar, mas tudo bem", disse o presidente.

Até esta quinta, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 110 animais foram encontrados sujos de óleo no litoral nordestino, entre tartarugas-marinhas, aves e um peixe-boi. Do total, 81 estavam mortos.

Ainda de acordo com o Ibama, 286 localidades de 98 municípios dos nove Estados do Nordeste foram atingidas pelo óleo.

'Mimimi'

Depois da repercussão de sua fala, Seif Júnior foi às redes sociais e afirmou que gosta de "mimimi". "Adoro o mimimi... amo", publicou o secretário no Twitter.

Um dia após anunciar o veto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), pasta à qual a Secretaria da Agricultura e Pesca (SAP) está subordinada, recuou e liberou a pesca de camarão e lagosta no Nordeste a partir desta sexta-feira, 1º. O governo federal não apresentou os estudos técnicos que motivaram a nova decisão.

Investigações

Na mesma transmissão, Bolsonaro ressaltou a complexidade das investigações para descobrir o responsável pelo vazamento do óleo e negou que o governo tenha demorado para agir.

"Eu só podia agir quando o óleo chegou na praia, meu Deus do céu, porque os satélites, os aviões não conseguiram detectar nada", disse o presidente. "O óleo, ela tem uma densidade um pouquinho maior do que a da água salgada. Em consequência disso, não ficava na flor da água, ficava, em média, um metro abaixo."

Bolsonaro citou um laudo da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que identificou que o petróleo encontrado na costa do Nordeste é proveniente da Venezuela para culpar o país vizinho pelo vazamento.

"Já está mais do que comprovado (pela) Universidade Federal da Bahia que o óleo é da Venezuela. Talvez por isso que a esquerda começa a me atacar como se eu fosse o responsável por isso, como se tivesse agido tarde."

Segundo o presidente, a Venezuela contrabandeia petróleo para escapar dos embargos econômicos impostos contra ela.

Visita

Bolsonaro afirmou ainda que, apesar de ter uma "agenda muito grande", deve visitar as regiões atingidas pelo óleo e até "mergulhar em algum lugar" e "ouvir o povo". Ele elogiou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que foi à região como presidente da República em exercício. "Davi Alcolumbre me representou muito bem num sobrevoo no Nordeste", disse.

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