Tópicos | Nikolas Ferreira

A humorista Virgínia Álvares está processando o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o vereador de São Paulo Fernando Holiday (PL-SP) por danos morais.

No processo, que corre no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Virgínia pede uma indenização de R$ 90 mil de cada um dos parlamentares. Na ação, Holiday é acusado de ter criado a fake news e Nikolas de ter ajudado a espalhar.

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Os parlamentares são acusados de terem criado a notícia falsa associando a imagem da humorista com Luciane Barbosa Farias, que fez reuniões com integrantes do Ministério da Justiça, como revelou o Estadão. Ela é esposa do traficante Tio Patinhas, líder do Comando Vermelho no Amazonas.

Procurado, Nikolas enviou nota afirmando que a acusação é um engano da autora, e que nenhuma publicação sobre ela consta em suas redes sociais (leia nota na íntegra no final do texto). Em nota, Fernando Holiday disse que "reconheceu o equívoco" ao apagar o post de suas redes. Ele disse que está disposto a se retratar publicamente, mas considera a medida judicial "um exagero".

A notícia falsa que dizia que Luciane se encontrou com ministro da Justiça, Flávio Dino, ao associar um vídeo do encontro de Dino com a humorista Virgínia foi desmentida pelo Estadão Verifica em novembro. O vídeo original foi publicado nas redes sociais da humorista no dia 27 de julho deste ano.

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Os advogados da humorista, Maria de Lourdes Gonçalves Lopes e Carlos Alberto Benites, disseram ao Estadão que essa será "apenas a primeira ação" de uma série, que ainda será distribuída e tem como alvo outros parlamentares e veículos de comunicação que propagaram a fake news. Eles afirmam que solicitaram na ação para que o conteúdo excluído seja entregue pelas redes sociais.

Segundo o processo, Fernando Holiday publicou em novembro um vídeo de Dino com a humorista. "Flávio Dino mentiu ao dizer que nunca se reuniu com a ‘dama do tráfico’", afirmou em publicações no TikTok e Facebook. Em seguida, ele excluiu as publicações. A matéria falsa foi utilizada nos dias seguintes por parlamentares, tanto da oposição, para atacar Dino, quanto por governistas, na tentativa de descredibilizar as informações reveladas pelo Estadão, que davam conta de reuniões de Luciane Barbosa Farias com outros integrantes da Pasta, e não com Flávio Dino.

Em postagem compartilhada nas redes sociais, a comediante afirmou que "a disseminação desenfreada dessa notícia falsa teve consequências devastadoras" e que "a falta de checagem dos fatos antes de compartilhar algo pode resultar em danos irreparáveis para a vida de pessoas inocentes".

Leia nota de Nikolas Ferreira na íntegra:

"Só resta ser um engano da parte da humorista em processar o Deputado, pois não há nenhuma postagem, citação ou imagem dela em suas redes. Deputado Nikolas inclusive postou alertando sobre essa fake news que estavam divulgando. Estamos abertos para esclarecer tais fatos para a parte autora."

Nota de Fernando Holiday, na íntegra:

"Até o momento não houve qualquer citação judicial, por isso não há qualquer pronunciamento a ser feito. Ainda assim, gostaria de reforçar que reconheci o equívoco da publicação quando apaguei o post de minhas redes sociais. Estou disposto a publicar uma retração se assim for necessário, mas considero qualquer medida judicial um exagero."

Os desembargadores da 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais confirmaram nesta terça-feira, 5, a condenação do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) por ofensas transfóbicas à deputada Duda Salabert (PDT-MG). "Eu ainda irei chamá-la de 'ele'. Ele é homem. É isso o que está na certidão dele, independentemente do que ele acha que é", afirmou o parlamentar nas redes.

O colegiado, no entanto, acolheu parcialmente pedido de Nikolas e reduziu o valor a ser pago por ofensa extrapatrimonial. Em primeiro grau, a indicação foi arbitrada em R$ 80 mil. Agora, os desembargadores determinaram que Nikolas pague R$ 30 mil.

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A avaliação dos desembargadores é que a quantia inicialmente estabelecida era 'exorbitante'. Segundo o relator, desembargador Fabiano Rubinger de Queiroz, os R$ 30 mil correspondem a uma quantia 'suficiente para mitigar os danos suportados' por Duda.

O acórdão destaca que os direitos à liberdade de expressão e de manifestação do pensamento não são absolutos e ressalta que 'não pode se admitir que pensamentos manifestados de forma abusiva exponham indevidamente a intimidade ou acarretem danos à honra e à imagem das pessoas, ou que venham a ofender a dignidade de terceiros'.

"Não se pode considerar que pensamentos de natureza ideológica, em dissonância aos entendimentos consolidados pela ciência, sobreponham-se à autodeterminação da autora em se identificar como pessoa transexual", anotou o relator.

Segundo Queiroz, as manifestações de Nikolas inclusive contrariam a dinâmica do direito contemporâneo, vez que a Lei de Registros Públicos, especialmente quanto às pessoas transexuais, prevê a possibilidade de adoção do nome social em documentos pessoais.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) comparou, nesta quarta-feira (27), durante discussão na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, sobre a mudança do entendimento sobre a união homoafetiva, o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo com o casamento entre um adulto e uma criança, ato que pode ser enquadrado como crime de pedofilia no Brasil. 

Durante sua fala, ele argumentou que o direito de dois adultos do mesmo sexo pode ser equiparado ao de um adulto que queira se casar com uma criança. “Quem é você para dizer que ele não pode? Ou que ele não é uma criança?”, questionou o parlamentar. 

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Em seu tempo de fala, a deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP), respondeu ao comentário de Ferreira, ressaltando que a comparação não é justa. Ela mencionou que o casamento entre adultos e crianças existe no Brasil e é crime, e citou ainda o caso do prefeito da cidade de Araucária, no Paraná, Hissam Hussein Dehaini (PL), partido de Nikolas, que se casou, aos 65 anos, com uma adolescente de 16

“Já são 2,2 milhões de crianças que são sim casadas com adultos, inclusive um prefeito do PL. Ele tem 65 anos. Ele se casou com uma menina de 16 anos. Isso é crime, isso é ilegal no Brasil. É com esse tipo de ‘suposta’ família que a gente precisa se preocupar. Porque isso não é família, deputado. Isso é estupro”, enfatizou Bonfim. 

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O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, afirmou ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) que “o cargo que o senhor ocupa demonstra que o senhor é um homem, e por ser um homem, o senhor deve ser tratado como tal, e deve ser responsabilizado como se responsabiliza um homem”. O chefe da pasta foi convidado para uma oitiva, nesta terça-feira (26), na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Cãmara dos Deputados, em Brasília. Durante uma de suas falas, ele se dirigiu ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) para que o parlamentar se responsabilize por suas falas homofóbicas e transfóbicas, e sua resposta viralizou nas redes sociais.  

“Deputado, eu acho que é importante, deputado, nesse momento, eu tentar falar sobre uma enorme injustiça que pesa sobre o senhor. Não sei se é injustiça, embora as pessoas que o façam, elas tenham sua parcela de razão. O senhor muitas vezes é chama de ‘menino’, até pejorativamente, quero dizer que não concordo com isso, de moleque ou qualquer coisa do gênero, quero dizer que eu discordo disso, porque na verdade a sua fala demonstra, e o cargo que o senhor ocupa também demonstra, que o senhor é um homem. E por ser um homem, o senhor deve ser tratado como tal, e deve ser responsabilizado como se responsabiliza um homem. Eu acho que, portanto, chamá-lo de menino, moleque, coisa do gênero, apenas ajudam o senhor nessa postura que parece uma postura, vamos dizer, de um garoto, mas na verdade é de um homem que sabe muito bem o que faz e que deve arcar com as responsabilidades”, disse o ministro ao parlamentar. 

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O chefe da pasta governamental prosseguiu sua fala mencionando o fato de o deputado já vem sendo chamado para arcar com as consequências dos seus atos, citando o caso de transfobia do qual foi acusado, e deverá responder nos tribunais.  

“O senhor disse aqui que vai tomar providências em relação a isso. Nós temos, então, um encontro marcado nos tribunais, deputado. Então o senhor o senhor fique absolutamente à vontade, e a justiça brasileira vai dizer quem tem razão e quem não tem”, arrematou Almeida. 

Corrigindo erros

Tal como em uma sala de aula, lugar onde atuou durante anos como docente, o ministro Silvio Almeida aproveitou seu tempo de fala para corrigir um comentário feito pelo deputado Ferreira sobre direito administrativo que, segundo ele, eram “coisas absurdas”. 

Ele menciona um argumento dado pelo parlamentar sobre a resolução do ministério que resolve implementar a instalação de banheiros para uso individual, independente da identidade de gênero do usuário. Nikolas Ferreira chegou a fazer afirmações falsas, e distorceu a informação ao declarar que o ministério dos Direitos Humanos e Cidadania defendia a instalação de “banheiros unissex”. 

"Primeiro, a pessoa afirma que decisões de um conselho eventualmente podem ter força normativa. Isso é errado em tantos níveis, é tão absurdo, que não faz o menor sentido. Ele cita um decreto, decreto que cria o conselho. O que eu acho estranho nessa coisa, eu não entendi, não era pro conselho existir? Não era pra ter conselho? Até porque o texto dessa resolução, que é retirado do conselho é um texto que é reproduzido de uma resolução de 2015, ou seja, que atravessou o governo que o senhor apoia. Eu não entendo por que, então, não se criou essa fantasia delirante que os senhores chamam de banheiro unissex se existe uma resolução de 2015 e que, por acaso, foi assinada pela mesma pessoa, se eu não me engano, eu queria saber por que que então esses banheiros não foram implementados”, questiona o jurista. 

Confira o vídeo do ministro Silvio Almeida: 

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O ministro da Cidadania e Direitos Humanos, Silvio Almeida, acionou a Advocacia-geral da União (AGU) contra os deputados do PL Nikolas Ferreira e Filipe Barros por fake news. Eles mentiram sobre a obrigatoriedade de banheiro unissex nas escolas em publicações feitas nessa sexta-feira (22).

Na manifestação à AGU, Silvio Almeida desmente a obrigatoriedade de banheiros unissex. "Quem usa a mentira como meio de fazer política, incentiva o ódio contra minorias e se não se comporta de modo republicano tem que ser tratado com os rigores da lei. É assim que vai ser", publicou o ministro.

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Uma resolução assinada pelo Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ baseou as fake news bolsonaristas, mas, na verdade, apenas orientava as escolas a adotar o nome social dos estudantes e os pais a denunciar casos de preconceito.

O ministro informou que Conselho não responde pelo governo federal, sendo uma entidade autônoma. "Ao contrário do que alegam os parlamentares, não há banheiros unissex; há, sim, banheiros individuais", esclareceu no ofício enviado à AGU.

"Trata-se de divulgação de fake news que claramente tem como objetivo provocar o pânico moral e expor ainda mais as pessoas LGBTQIA+ ao ódio e à repulsa social provocada pelo preconceito e pela discriminação", reforçou.

A Secretaria de Comunicação Social do governo federal também se posicionou contra as postagens da oposição. "Diferentemente do que está sendo propagado por peças de desinformação, o documento não possui caráter legal ou de obrigatoriedade nem cita banheiros unissex", aponta em nota.

As fake news repercutiram rapidamente nas bolhas da extrema-direita e foram compartilhadas pelo senador Sergio Moro (UNIÃO). Silviou indicou que também deve citar o ex-juiz e o ex-deputado Arthur do Val à AGU.

"Serão também tomadas providências contra outros propagadores de Fake News, dentre os quais um sujeito que já teve seu mandato cassado por desrespeitar mulheres de um país em guerra e outro, um Senador da República que quando juiz de direito envergonhou o Poder Judiciário", adiantou o ministro.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se tornou réu por transfobia nesta quinta-feira, 21, após expor uma adolescente transexual de 14 anos nas redes sociais no ano passado. A denúncia apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) foi aceita pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).

O caso ocorreu em junho do ano passado, quando Nikolas era vereador de Belo Horizonte. Ele divulgou um vídeo no canal do YouTube, onde criticava a presença de uma aluna transexual em um banheiro feminino de uma escola da cidade.

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No vídeo, intitulado "travesti no banheiro da escola da minha irmã", o deputado expôs o nome do colégio e mostrou o momento em que a aluna foi questionada pela irmã dele, também menor de idade, dentro no banheiro feminino.

"A pessoa entra, gera constrangimento ali para outras meninas e simplesmente você tem que ficar calado diante disso. (...) Eu aconselho você a tirar seu filho desta escola", afirmou Nikolas Ferreira na gravação.

Após a veiculação das imagens, as vereadoras Iza Lourença e Bella Gonçalves, do PSOL, denunciaram Nikolas por transfobia e por violar o artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo o texto, é garantia do Estado preservar a imagem e a identidade de um menor de idade.

A denúncia do Ministério Público que foi aceita pelo tribunal mineiro afirma que o deputado expôs a adolescente e "deslegitimou sua identidade" ao se negar a tratá-la da forma como ela se reconhece. Também é citado que Nikolas tentou coibir o uso do banheiro "de acordo com o gênero que melhor representa" a menor de idade.

"O acusado causou irreparável dano à sua autoestima e identidade, querendo fazê-la crer que a sociedade não a reconhece em seu gênero autodeclarado, que ignora sua narrativa de gênero e que a denomina de forma que não condiz com suas vivência", diz um trecho da denúncia.

Além da condenação por transfobia, o MP também pede que Nikolas tenha os seus direitos políticos suspensos e pague uma indenização por dano moral coletivo. Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou a transfobia ao crime de racismo. Com a decisão, quem discriminar pessoas transgênero pode ser condenado a até cinco anos de reclusão.

A juíza Kenea Marcia Damato de Moura, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte, na decisão que acolheu a manifestação do Ministério Público, afirmou que "não se vislumbra nenhuma hipótese de rejeição" da denúncia.

Nikolas Ferreira foi procurado pelo Estadão, mas não se pronunciou até a publicação deste texto.

Diante de um depoimento monótono na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, quem roubou a cena nesta quinta-feira, 21, foram os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que trocaram insultos no plenário. A parlamentar chegou a chamar Nikolas de "moleque".

O desentendimento começou depois que Nikolas apresentou slides contendo prints de pessoas seguidas por Jandira nas redes sociais e que atacaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao final da exibição, o deputado citou uma publicação antiga de Jandira com a mensagem "Olha pro céu, meu amor. Vê como stalindo", em alusão ao líder da União Soviética Josef Stalin.

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Jandira pediu ao presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), para que fosse concedido direito de resposta por ter sido citada. O pedido foi negado. Foi então que a parlamentar disparou contra Nikolas: "Este moleque precisa de resposta. Isto é um moleque".

O deputado rebatou dizendo que teria vergonha de ser Jandira por "disputar 20 prefeitura e perder todas". "Que precisa de resposta? Eu sou deputado assim como você", disse Nikolas.

Jandira chegou a ameaçar Nikolas de processo. A parlamentar disse que se ele falasse o que queria de fato falar assim iria" ver o que vai tomar pela cara", e completou, "processo" . Antes mesmo de a deputada terminar a frase, os parlamentares de oposição reagiram dizendo que ela ameaçou bater em Nikolas. Diante do bate boca, Maia suspendeu a sessão por cinco minutos.

Parlamentares contrários a atual gestão federal, usaram a situação do apagão que deixou 25 estados e o Distrito federal sem energia elétrica na manhã desta terça-feira (15) para criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mencionou a queda de energia para fazer críticas a Lula. Ele apontou que o apagão começou no início do ano e culpou o presidente pelo aumento de R$ 0,41 na gasolina.

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O deputado federal mais votado pelo estado de Minas Gerais nas eleições de 2022, Nikolas Ferreira (PL-MG), escreveu em seu perfil oficial no Twitter: “Apagão, mas com amor”. O bolsonarista é conhecido por publicar diariamente duras críticas ao líder petista, nas quais, algumas delas já foram retiradas do ar pela Justiça, por divulgarem informações inverídicas.

Outro político a usar a palavra “amor” para vincular o assunto sobre o apagão à atual gestão foi o senador Jorge Seif (PL-SC).

“Mais um ‘apagão’ pra conta do PT! Só não esquecem de atingir o bolso dos brasileiros: enquanto apagam a luz, aumentam o preço dos combustíveis. O litro da gasolina aumentará R$ 0,41 e o óleo diesel ficará R$0,78 mais caro, a partir de hoje. Esse é o ‘amor’ vencendo?”, questionou.

Durante a campanha eleitoral de Lula na corrida presidencial do ano passado, o Partido dos Trabalhadores usou a expressão “o amor vai vencer o ódio” para criticar algumas ideias conservadoras do plano de governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL), consideradas pelos políticos da esquerda como “odiosas”.

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, por 12 votos a 5, o arquivamento da investigação sobre a conduta do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), acusado de transfobia por, no Dia Internacional da Mulher, usar a tribuna da Casa para se apresentar como "deputada Nikole", usando uma peruca loura, em um deboche ao feminismo. A decisão vem com um porém: ele receberá uma censura escrita da mesa diretora da Casa.

O relator do caso, deputado Alexandre Leite (União-SP), inicialmente votou pela admissibilidade do processo contra Nikolas, mas depois de ouvir outros integrantes do Conselho mudou de ideia. O relator disse que o discurso de Nikolas teve "boas intenções", mas foi "grave". Mesmo assim, alegou que "não seria oportuno" levar o caso adiante e que a mesa da Câmara poderia optar pela aplicação apenas de uma censura por escrito a ser aplicada pela mesa diretora.

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Durante a reunião do Conselho, Nikolas disse sofrer perseguição política e defendeu a performance. "A atividade do parlamentar é histórica. Temos diversos parlamentares usando a encenação, a ironia, o sarcasmo, para passar a mensagem que eles querem", disse. "Não podemos usar o Conselho de Ética para fazer perseguição política. Querem a minha cabeça para dizer que estamos conseguindo censurar."

Ainda nesta quarta-feira, 9, Nikolas perguntou para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, se homem pode menstruar, em referência a um documento da pasta que usa o termo "pessoas que menstruam".

Mais cedo, o conselho da Casa também arquivou processo contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP), acusada por ter xingado o deputado Duarte Jr. (PSB-MA) numa audiência na Comissão de Segurança Pública que ouvia o ministro da Justiça, Flávio Dino. O Conselho adiou o julgamento de um terceiro processo: o que apura a conduta do deputado Márcio Jerry (PCdoB) - acusado pela deputada Júlia Zanatta (PL-SC) de suposta importunação sexual. Ele está internado num hospital em Brasília.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse se sentir "desrespeitada" pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que em uma fala repleta de provocações afirmou que ela não tem nenhuma formação em medicina.

"Trato a todos e todas com todo o respeito, mas sinto desrespeitada pela forma abordada pelo deputado. Desrespeitada na minha trajetória pessoal. Não vou dizer todos meus atributos como pesquisadora, como presidente da Fiocruz", afirmou Nísia, doutora em Ciência Política, mestre em Ciência Política e com uma ampla carreira na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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Nikolas, que já se apresentou como "deputada Nikole" na Câmara, perguntou a ministra se homem pode menstruar. A indagação era uma crítica a uma publicação do Ministério da Saúde que se refere a "pessoas que menstruam". O deputado bolsonarista disse que o texto do ministério era "papelete ridículo escrito por DCE de esquerda de (universidade) federal".

"Vocês estão querendo reduzir mulher a apenas mulheres que menstruam. Pergunto: um homem tem condição de menstruar?", indagou o deputado.

"Nem vou comentar sobre bizarrices", respondeu Nísia. Ela disse que a transexualidade é uma questão "complexa" e que a pasta continuará a cumprir a idade mínima de 18 anos para a transição sexual, como estabelece o Sistema Universal de Saúde (SUS). O episódio gerou um bate-boca generalizado entre deputados do governo e da oposição.

Nísia foi à Câmara prestar esclarecimentos sobre os trabalhos do ministério à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, controlada por deputados apoiadores de Jair Bolsonaro. Ela falou sobre a não incorporação da vacina japonesa contra a dengue ao SUS e também precisou voltar para as vacinas contra a covid-19.

A presidente da comissão, Bia Kicis (PL-DF) levantou a discussão. "Na pandemia vivemos uma loucura que questionar, querer um pouco mais de segurança virou um crime", disse.

Segundo a deputada, havia problemas sérios sobre a vacina "experimental" que reduziu bruscamente as taxas de mortalidade de covid-19. Ela não apresentou provas.

"Há que se separar questionamentos e o processo de uma ciência. A vacina experimental é uma tese equivocada. Digo em minha experiência científica. Ela passou por ensaios clínicos e aprovada pela Anvisa", afirmou Nísia.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) protocolou notícia crime e representação por improbidade a respeito de ministros do governo Lula que têm usado aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para passar o final de semana em seus redutos eleitorais. Segundo o deputado, os alvos são Luiz Marinho (Trabalho), Fernando Haddad (Fazenda), Nísia Trindade (Saúde), Juscelino Filho (Comunicações) e Flávio Dino (Justiça).

Nikolas afirmou, em sua postagem, que pediu investigação "por suposta utilização de benefícios públicos, mais precisamente por criarem agenda às sextas para voltarem para casa de jatinhos da FAB, sem agendas oficiais". Como mostrado pelo Estadão esses cinco ministros de Lula criam agenda às sextas para voltar para casa de jatinho da FAB.

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Há um decreto presidencial que regula o uso de avião da FAB, com uma ordem de prioridade específica. Primeiro, em casos de emergências médicas. Segundo, quando há razões de segurança. Depois, viagens a serviço. Segundo essas regras, não é possível solicitar o jato para passar o final de semana em casa.

O custo dessas viagens aos cofres públicos chega a custar R$ 70 mil. Uma viagem em voo comercial sai em média entre R$ 1 mil e R$ 3 mil, considerando o preço cheio.

Os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Duda Salabert (PDT-MG) discutiram duramente, nesta quinta-feira (3), pouco antes do início oficial da sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques golpistas de 8 de Janeiro.

Segundo a Agência Estado, os dois teria chegado a trocar empurrões, o que foi desmentido pela deputada nas redes sociais

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A discussão ocorreu quando parlamentares se reuniam em um canto do plenário para discussões finais sobre quais requerimentos seriam colocados em pauta para votação em bloco, de maneira a aprovar ou rejeitar todos conjuntamente, por acordo entre governistas e bolsonaristas.

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O tumulto começou depois que a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) subiu o tom de voz contra o presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), a quem acusou de romper acordo feito entre os parlamentares e favorecer interesses de bolsonaristas.

Os governistas alegam que Arthur Maia rompeu acordo ao retirar do bloco de votação requerimentos para solicitar de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua mulher, Michelle. O presidente da CPMI também foi acusado de romper o acordo entre governistas e opositores, ao aceitar a inclusão no bloco de um requerimento de parlamentares do PL para convocar o fotógrafo Adriano Machado, da Reuters, a prestar depoimento sobre sua cobertura jornalística dos ataques golpistas.

Entre os requerimentos incluídos no bloco de votação, estavam também pedidos para interrogar o hacker Walter Delgatti Neto, preso em operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (2), e o ajudante de ordens Luís Marcos dos Reis, que é suspeito de participar de um esquema ilegal de financiamento às despesas pessoais de Michelle.

Durante o tumulto, o deputado federal André Fernandes (PL-CE) acusou a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), de atuar como advogada do governo.

Com o início da sessão, governistas defenderam que fosse então rompido o acordo caso não fosse excluído do bloco o requerimento sobre Adriano Machado. Maia disse que era contra esse requerimento, mas que não aceitaria, por razões regimentais, separar o requerimento sobre o fotógrafo e disse que não faria a votação em bloco enquanto não existisse acordo entre os partidos sobre a pauta.

"A pauta só poderia ter sido apreciada por acordo. A pauta deveria ter sido publicada 48 horas atrás. Não foi. Se houver posição contrária, a pauta não poderá ser apreciada", afirmou Maia no começo da sessão.

Da Agência Estado, com informações do LeiaJá

Os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Duda Salabert (PDT-MG) discutiram duramente, nesta quinta-feira (3), pouco antes do início oficial da sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques golpistas de 8 de Janeiro.

Isso ocorreu quando parlamentares se reuniam em um canto do plenário para discussões finais sobre quais requerimentos seriam colocados em pauta para votação em bloco, de maneira a aprovar ou rejeitar todos conjuntamente, por acordo entre governistas e bolsonaristas.

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O tumulto começou depois que a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) subiu o tom de voz contra o presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), a quem acusou de romper acordo feito entre os parlamentares e favorecer interesses de bolsonaristas.

Os governistas alegam que Arthur Maia rompeu acordo ao retirar do bloco de votação requerimentos para solicitar de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua mulher, Michelle. O presidente da CPMI também foi acusado de romper o acordo entre governistas e opositores, ao aceitar a inclusão no bloco de um requerimento de parlamentares do PL para convocar o fotógrafo Adriano Machado, da Reuters, a prestar depoimento sobre sua cobertura jornalística dos ataques golpistas.

Entre os requerimentos incluídos no bloco de votação, estavam também pedidos para interrogar o hacker Walter Delgatti Neto, preso em operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (2), e o ajudante de ordens Luís Marcos dos Reis, que é suspeito de participar de um esquema ilegal de financiamento às despesas pessoais de Michelle.

Durante o tumulto, o deputado federal André Fernandes (PL-CE) acusou a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), de atuar como advogada do governo.

Com o início da sessão, governistas defenderam que fosse então rompido o acordo caso não fosse excluído do bloco o requerimento sobre Adriano Machado. Maia disse que era contra esse requerimento, mas que não aceitaria, por razões regimentais, separar o requerimento sobre o fotógrafo e disse que não faria a votação em bloco enquanto não existisse acordo entre os partidos sobre a pauta.

"A pauta só poderia ter sido apreciada por acordo. A pauta deveria ter sido publicada 48 horas atrás. Não foi. Se houver posição contrária, a pauta não poderá ser apreciada", afirmou Maia no começo da sessão.

Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir no início da tarde desta sexta-feira (30), tornar inelegível por oito anos o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), parlamentares bolsonaristas se manifestaram contra o julgamento.

O ex-chefe do Executivo foi condenado por ter sido o responsável pelo uso indevido dos meios de comunicação e abuso do poder político por reunião com embaixadores em julho de 2022. No encontro, Bolsonaro fez declarações atacando o sistema eleitoral do país.

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Mesmo com a condenação e a comprovação de que Bolsonaro agiu contra a democracia, figuras políticas da extrema direita usaram suas redes sociais para defenderem o ex-mandatário, como fez o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), ao supor que o TSE cometeu uma injustiça.

"Vence o sistema", escreveu o parlamentar mineiro através de uma publicação no Instagram. Com isso, logo apareceram comentários de centenas de seguidores, atacando o TSE.

"O Tribunal Superior Esquerdista mostrou pra que serve", escreveu um internauta, associando os ministros que votaram pela inelegibilidade à política de esquerda. "Brasil: o circo do jurídico", afirmou outra seguidora.

Os ataques aos ministros se repetiram no perfil da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). 

A bolsonarista fez uma montagem na qual unificou a bandeira do Brasil com a bandeira da Venezuela, além disso, escreveu que "a semeadura do Presidente Bolsonaro não desaparecerá" e definiu o governo do ex-mandatário como "o melhor que o Brasil já teve".

Já o senador e presidente do Partido Progressista, Ciro Nogueira (PP-PI), usou o Twitter para mostrar sua indignação com a decisão do TSE.

"Podem ferir o presente. Podem nublar o hoje, mas ninguém pode impedir o futuro. Ninguém pode proibir o amanhã. A esperança está mais viva do que nunca. A esperança de um Brasil mais soberano, de um sonho que hoje sabemos que pode ser realidade. Alguns irão dizer: só nos resta a esperança. Outros dirão: a esperança é tudo. Não precisamos de mais nada", escreveu.

O senador e ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (PL-SP), através de seu perfil oficial do Instagram, usou um versículo bíblico para defender Bolsonaro. O parlamentar acredita que o país está "em luto pela democracia".

"No livro de João 8:32, somos ensinados que conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Portanto, persistiremos em busca da verdade, mesmo diante das circunstâncias mais adversas, pois é por meio dela que encontraremos a nossa libertação. Sigamos firmes, apoiando nosso país e confiando na liderança do presidente Bolsonaro. Mesmo nos desafios mais obscuros, a verdade, prevalecerá eternamente", escreveu.

No Twitter, a deputada federal pelo estado de Pernambuco, Clarissa Tércio (PP-PE), relembrou da quantidade de eleitores que votaram em Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022, e definiu o atual contexto político como "assustador".

"O TSE acabou de formar maioria para impedir o ex-Presidente Jair Bolsonaro de disputar eleições por 8 anos. É o primeiro ex-Presidente a ficar inelegível sem nenhuma acusação de corrupção. São 57 milhões de vozes caladas", afirmou a bolsonarista, mesmo ciente que o ex-presidente enfrenta 16 processos no TSE, 5 processos no Supremo e uma investigação da Polícia Federal (PF) que apura a tentativa de entrada ilegal no país de um pacote de joias presenteado pela Arábia Saudita.

Vale ressaltar que Clarissa Tércio é investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por possível apoio aos atos golpistas que invadiram a Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro deste ano.

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O pastor bolsonarista Anderson Silva pediu que fiéis façam orações para que “Deus quebre a mandíbula" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A fala surge em um contexto de comparação com passagens bíblicas sobre orar pela derrubada “dos inimigos”. Em um outro pedido incitando ódio, o líder religioso cobra que evangélicos, também em orações, peçam a Deus pela enfermidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

“Talvez a gente não ‘tá’ orando na intensidade da fé. Falta essas orações imprecatórias dos salmistas: ‘Senhor mata-me os inimigos, quebra os dentes dos meus inimigos’. Falta a gente orar assim: ‘Senhor arrebenta a mandíbula do Lula. Senhor, prostra enfermos os ministros do STF, para que eles te conheçam no leito da enfermidade’. Parece que a gente não tá crendo mais”, diz o religioso na live. 

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As declarações são feitas diante de produtores, amigos e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que foi entrevistado na live. O episódio foi ao ar no dia 17 de maio, mas só ganhou repercussão nas últimas 24 horas, após usuários no Twitter isolarem os trechos e divulgarem na internet. Os espectadores apenas dão risada e não contestam o pastor. 

Anderson Silva, que tem milhares de seguidores nas redes, também é idealizador de um projeto chamado Machonaria, que busca resgatar os valores patriarcais na sociedade e faz alusão à ordem maçônica. A iniciativa diz ter como lema “adoração, honra e testosterona", e faz críticas a pautas feministas e LGBTQIA+. 

 

Na sessão desta quinta-feira (11), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aplicou multa individual aos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carla Zambelli (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por divulgarem nas redes sociais vídeo desinformativo e que atingiu a honra do então candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha das Eleições 2022. A decisão foi por maioria de votos (5x2) e seguiu a divergência aberta pelo ministro Sérgio Banhos.

Produzido pelo então candidato a deputado Nikolas Ferreira e compartilhado pelos demais parlamentares, o vídeo afirmava que Lula incentivava a prática de crimes, entre outras condutas. Ficaram vencidos no julgamento do mérito da representação o atual relator, ministro Raul Araújo, e o ministro Nunes Marques, que entenderam que o conteúdo divulgado não ultrapassou a crítica política ácida.

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Divergência

Ao abrir a divergência, o ministro Sérgio Banhos destacou que as alegações feitas no vídeo, propagado nas redes sociais, desbordou do limite da propaganda eleitoral admitida pela legislação eleitoral.

O TSE aplicou a multa aos parlamentares com base no artigo 57-D, parágrafo 2º, da Lei das Eleições.

Liminar referendada em outubro

Em julgamento de 20 de outubro, o Plenário já havia referendado liminar, concedida pelo então relator, Paulo de Tarso Sanseverino, em 10 de outubro, ordenando que as plataformas digitais responsáveis pelo Twitter, Instagram, TikTok e Facebook retirassem do ar, no prazo de 24 horas, o vídeo, que vinculava Lula ao apoio a drogas, censura, assassinatos, aborto e fechamento de igrejas. Na decisão, Sanseverino aplicou multa de R$ 50 mil por dia caso a determinação judicial fosse descumprida. As plataformas atenderam à determinação em seguida.

Pablo Marçal

No julgamento de outra representação, o TSE impôs multa de R$ 5 mil contra Pablo Marçal por divulgar, no dia 4 de outubro de 2022, em seu perfil na rede social Instagram, vídeo no qual o então presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) acusa o Ministério da Educação, durante o governo do Partido dos Trabalhadores (PT), de divulgar, em 2013, uma suposta “cartilha” envolvendo tema sexual voltado para crianças. Os ministros determinaram a definitiva exclusão do vídeo das redes sociais, caso ainda apareça em alguma. A decisão foi unânime.

Em outubro do ano passado, a ministra Maria Claudia Bucchianeri já havia concedido liminar determinando a remoção do conteúdo propagado por Marçal no Instagram dentro de 24 horas. Na ocasião, a ministra estipulou uma multa diária de R$ 10 mil caso a plataforma desrespeitasse a ordem judicial. A liminar foi referendada, posteriormente, pelo Plenário da Corte.

Da assessoria.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já definiu seu candidato para disputar as eleições municipais de Belo Horizonte em 2024. Bolsonaro vai apoiar o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) para prefeito. As informações foram confirmadas pela deputado em suas redes sociais nesta terça-feira (2).

Em 2020, Engler disputou a prefeitura do município pelo PRTB, e ficou em segundo lugar, com 9,95% dos votos da capital mineira. Ele foi derrotado por Alexandre Kalil (PSD), que renunciou ao cargo de prefeito para disputar, sem sucesso, o governo do Estado em 2022.

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A expectativa era de que o ex-mandatário apoiasse o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) para a disputa do próximo ano, porém o próprio deputado bolsonarista já confessou apoio para Engler. Ligados a Bolsonaro, os dois parlamentares foram os mais votados em Minas Gerais na última eleição.

O empresário Elon Musk, dono do Twitter, respondeu com uma exclamação a uma postagem do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre o projeto de lei 2630/2020, conhecido como PL das Fake News. O parlamentar mineiro endereçou mensagem ao bilionário afirmando que o Brasil está prestes a "expulsar" as redes sociais do País. Musk respondeu: "!".

Na publicação, Ferreira disse que a liberdade de expressão no País está sob "ataque severo". Ele e outros opositores ao governo apelidaram o projeto de lei como "PL da Censura" e argumentam que o texto cerceia o que pode ser dito nas redes sociais. A proposta busca estabelecer regras e mecanismos de transparência para o funcionamento dessas plataformas.

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"A Câmara de Deputados do Brasil está prestes a expulsar as plataformas de mídia social do País; a liberdade de expressão está sob ataque severo. O 'PL da Censura' é patrocinado por um membro do partido comunista; não podemos deixar o Brasil virar a China!", escreveu.

Relator do projeto, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) disse ao Estadão que se reuniu duas vezes com representante do Twitter nesta semana. As conversas, segundo o parlamentar, ocorreram "dentro dos padrões das conversas com as big techs. "Eles são muito francos e diretos", disse. Junto com Google e Facebook, o Twitter assinou uma carta aberta em oposição à proposta.

O Twitter, assim como outras gigantes de tecnologia (as chamadas big techs), é contra o projeto e pressionou o governo para que o texto fosse levado para discussão em uma comissão temática na Câmara. Nesta semana, a Casa aprovou regime de urgência para o PL, ou seja, permitiu que ele siga direto para votação em plenário. Pela proposta, essas empresas terão de remunerar o conteúdo jornalístico reproduzido nas plataformas.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi condenado a pagar R$ 80 mil à deputada Duda Salabert (PDT-MG), por danos morais, após ter se referido à colega congressista pelo pronome masculino, mesmo sabendo que ela é uma mulher transexual. O processo corre desde fevereiro deste ano, após Duda apresentar uma queixa-crime contra o parlamentar. O recurso foi encaminhado ao Ministério Público e acatado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).

"Ele é homem. É isso o que está na certidão dele, independentemente do que ele acha que é", afirmou Ferreira à época, quando ambos eram vereadores em Belo Horizonte. A declaração foi feita em dezembro de 2020 e, inicialmente, foi tratada como crime de injúria. Nikolas, que se tornou popular por vocalizar discursos da extrema-direita nas redes sociais, tem mais de sete milhões de seguidores no Instagram e é também uma espécie de influenciador digital. Esse aspecto foi considerado pelo magistrado José Ricardo dos Santos de Freitas, da 33ª Vara Cível de Belo Horizonte. Segundo ele, Ferreira tem uma influência "incontestável" nas redes e a alegação contra Duda teve grande repercussão, agravando o dano da declaração.

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“Restou comprovado que o requerido […] se negou a reconhecer a autora como mulher. Realizou, ainda, comentários jocosos e irônicos em suas redes sociais a respeito da identidade de gênero da requerente, os quais tiveram grande repercussão, com mais de 8 mil ‘likes’ no Twitter e 57 mil no Instagram”, destacou o juiz José Ricardo.

Na decisão, o juiz afirmou que a transexualidade deve ser respeitada. “No caso dos autos, a autora, conhecida professora e ativista pelos direitos dos transexuais em Belo Horizonte e no Brasil, de vez que eleita deputada federal nas eleições de 2022, vem há anos se apresentando perante a sociedade como mulher, tendo, inclusive, alterado seu assentamento civil para constar mudança de nome e sexo para o feminino”, destacou em trecho da sentença.

Após a vitória no Tribunal, Salabert comemorou a decisão nas redes sociais. Ela publicou o trecho da sentença na íntegra em seus perfis e posteriormente ironizou a derrota de Nikolas. "No Aeroporto, voltando pra casa e aguardando o pix", publicou na legenda de uma foto.

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O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, se tornou alvo de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) após ter usado dinheiro público para pagar o salário do motorista do tio dele por sete anos. Conforme revelou o Estadão, o funcionário esteve lotado no gabinete do então deputado Juscelino entre 2015 e 2022, mas, na prática, prestava serviços braçais nas fazendas do ex-senador e ex-prefeito de Santa Inês Roberth Bringel, tio do ministro. O trabalhador sequer se comunicava com Juscelino.

A ação foi protocolada no Supremo pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). A petição solicita a abertura de uma investigação contra Juscelino Filho por peculato. O processo foi distribuído nessa quarta-feira, 12, ao ministro Kassio Nunes Marques.

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"Ora, inegável que, se confirmada à conduta praticada pelo atual Ministro das Comunicações, configurado estaria o peculato desvio, porquanto trata-se de utilização de verba pública para fins privados, bem como de contratação de terceiro vinculado à administração pública que sequer desempenha qualquer função laborativa inerente ao cargo", escreveu o parlamentar mineiro na inicial.

Em entrevista ao Estadão, o motorista Waldenôr Alves Catarino, de 57 anos, confirmou nunca ter trabalhado para Juscelino. "Era assim, ó: eu era lotado aí na Câmara Federal e trabalhava aqui para o tio dele na fazenda. [...] Eu fazia tudo, trabalhava num caminhão. Levava óleo para trator, instalando estaca na fazenda, fazia tudo…", disse o funcionário.

Waldênor estava contratado na Câmara como secretário parlamentar e recebia uma remuneração mensal de R$ 2,3 mil. No acumulado, a verba desviada chegou a R$ 171,4 mil nos sete anos.

O homem contou também que ao longo dos sete anos falou poucas vezes com Juscelino, que, na prática, deveria ser seu chefe. A contratação irregular chegou ao fim somente em maio de 2022, quando Waldênor se fartou do trabalho puxado que tinha com Bringel. "Eu tinha que levantar todos os dias 5 da manhã, não tinha horário para parar", contou.

A reportagem do Estadão revelou também uma série de outros casos que indicam desvio de verba pública pelo atual ministro das Comunicações. Uma mulher apontada como secretária da família Bringel também foi lotada no gabinete do deputado. Juscelino Filho ainda empregou com dinheiro público o piloto de sua aeronave e o gerente do seu haras em Vitorino Freire, no Maranhão. Se juntar todos esses casos, a Câmara já desembolsou mais de R$ 2 milhões com os quatro empregados.

Em março, o Estadão revelou ainda que Juscelino Filho emplacou o sócio do haras onde cria seus cavalos como funcionário fantasma na liderança do PDT no Senado. Gustavo Gaspar recebia um salário de R$ 17,2 mil, mas no local onde deveria trabalhar, ninguém o conhecia. Ele foi exonerado após a publicação da reportagem.

Outras ações

Essa é a primeira ação contra Juscelino Filho que chega ao STF. O ministro das Comunicações, no entanto, também precisará prestar contas a outros órgãos como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Justiça Federal, a Comissão de Ética Pública, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Tribunal de Contas da União (TCU).

O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) apontou "controvérsia" e "incerteza" na prestação de contas da campanha de deputado de Juscelino Filho após o Estadão revelar que o político usou dados falsos para justificar 23 dos 77 voos de helicóptero declarados. Um empresário listado pela equipe de Juscelino como passageiro afirmou que não tem nenhuma ligação com o político e que não trabalhou na campanha. "Isso aí está errado, provavelmente é uma fraude. (...) Usaram meu nome, da minha família, da minha filha", disse Daniel Andrade. O caso agora será analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

O Tribunal Superior Eleitoral também foi cobrado pelo deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) para investigar Juscelino após o Estadão mostrar que o ministro das Comunicações escondeu em sua declaração de bens à Justiça um patrimônio superior a R$ 2,2 milhões em cavalos de raça.

Na Justiça Federal, Juscelino responde a uma ação popular por ter usado R$ 5 milhões do orçamento secreto para asfaltar uma estrada de terra que passa no meio de suas fazendas, em Vitorino Freire. A propriedade também abriga uma pista de pouso para seu avião particular e um heliponto.

Na Comissão de Ética Pública e no Tribunal de Contas da União (TCU), Juscelino Filho responde por ter usado voos da Força Aérea Brasileira (FAB), já como ministro de Estado, para ir a São Paulo e participar de leilões de cavalos de raça. A viagem foi feita em janeiro. Ele passou o fim de semana dedicado a atividades privadas e, mesmo assim, ganhou diárias por isso, uma vez que alegou estar em "missão oficial". A Procuradoria-Geral da República (PGR) também foi acionada para apurar uso indevido de recursos públicos.

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