Centenas de manifestantes participam, na tarde deste sábado (28), da sexta edição da Marcha das Vadias em Pernambuco. O ato acontece contra a culpabilização das vitimas de estupro, em protesto ao machismo e a favor da igualdade de direitos entre homens e mulheres.
A mobilização, que deixou a Praça do Derby por volta das 15h30, seguirá pelas Avenidas Governador Carlos de Lima Cavalcanti, Conde da Boa Vista, Guararapes e Dantas Barreto, até a Praça da Independência.
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Com a maioria de mulheres, as participantes exibem pinturas nos corpos e exibem cartazes repudiando agressões sexuais. Este ano a marcha ganha um fôlego maior, por acontecer dias após uma jovem ser violentada sexualmente por 33 homens no Rio de Janeiro. O caso gerou comoção em todo o país. A estimativa da organização é de que mil pessoas participem do protesto.
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“Esta edição da marcha esta tratando, principalmente, da não culpabilização da vitima que sofre estupro. Muitos apontam nossas atitudes e roupas como alvo de violência”, frisou uma das organizadoras do ato, Jú Dolores. “É difícil organizar uma marcha por seis anos e saber que ainda estamos tão vulneráveis”, pontuou, lembrando o crime contra a jovem carioca.
Para Dolores, uma das principais propostas dos grupos feministas para reduzir o índice de violência e ampliar a participação da mulher na sociedade está na educação escolar e familiar. “A partir daí vamos dar empoderamento as mulheres e os homens vão respeitar as nossas escolhas”, observou.
Pela primeira vez na manifestação, a estudante Elizabeth Luz, de 20 anos, destacou a necessidade de mobilizar a população para ampliar a participação da mulher na sociedade. “Esta é uma oportunidade de lutar contra a objetificação do corpo da mulher e de trazer o debate sobre a representatividade feminina à tona”, argumentou.
Participação masculina – Apesar do foco do ato ser as mulheres, dezenas de homens estão no local. Indagada sobre a presença masculina, Jú Dolores disse que não é proibida. “A marcha é um momento de protagonismo da mulher. Os homens que vierem podem participar, mas tem que seguir as regras. Aqui eles não podem ficar sem camisa e nem levantar os nossos cartazes”, ressaltou.
*Com informações de Camilla de Assis