Tópicos | Karetê

Existem vários tipos de mães. Aquelas que são mais caseiras, descoladas, profissionais, esportistas e vaidosas. As que praticam esportes são cada vez mais vistas e praticam atividades fisicas para cuidar do corpo, ou esportes especificos para participar de competições e ainda há aquelas que fazem para a melhora do preparo físico. A pernambucana Terezinha Santana, de 55 anos, é uma dessas mães que são esportistas. A atleta pratica o karatê desde os 18 anos, por incentivo do seu marido, e levou os filhos para praticá-lo, mas ela só começou a competir depois de se tornar mãe.

Após começar a praticar o esporte apenas por diversão, a caruaruense ficou grávida do seu primeiro filho, Anderson Santana, hoje com 32 anos. Depois foram mais tres filhos, mais um menino e duas meninas. A familia toda se interessou pelo esporte. "A familia toda treinava cerca de oito horas por dia, todos juntos. Podíamos incentivar um ao outro, depois todos voltavam campeões das competições", afirma Terezinha.

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A rotina da mãe-atleta não era fácil porque tinha que se dedicar ao karatê, aos cuidados com a casa e com família. "Eu não tinha incentivo da minha mãe, mas ela não me obrigava a parar de competir. Era muito difícil e não tinha tempo para nada, cuidava de tudo, além de ainda trabalhar fora para poder ter uma renda fixa para investir na participacão da familia toda nas competições, já que era muito difícil conseguir patrocínios, como até hoje", conta a kareteca.

A caruaruense ainda tinha que vir ao Recife duas vezes na semana para participar da seleção pernambucana de grupo e precisava treinar junto com a equipe. "Eu participava da categoria Katar, onde tinhamos que treinar movimentos sequenciados, como se estivesse em uma luta imaginaria com alguém, por isso tinha que treinar junto ao grupo. Era preciso ter um olhar igual, velocidade, força, ritmo e técnica sincronizados".

A Terezinha atleta ganhou diversos títulos. Caruaruenses, pernambucanos, regionais e dois campeonatos nacionais. Nas disputas, ela participava de cinco categorias: Katar, em grupo e individual Absoluto, que une todos os pesos, a Shyai-Kumite (mais de 60 kg) e a de grupos. O primeiro titulo nacional veio aos 33 anos, o outro foi conquistado em 2010, aos 54 anos, em Caruaru, pela categoria Master. Agora a pernambucana diminuiu o ritmo das atividades. Após uma fratura no joelho, ela agora espera o resultado dos exames para voltar aos treinos. "Após a fratura parei um pouco a pedido dos medicos, mas por mim nunca parava de treinar e competir. Me realizo demais treinando e competindo, eu jamais pararia de lutar", explica a atleta.

Como mãe, Terezinha também guarda diversas conquistas. Os meninos seguiram na carreira esportiva, mas as meninas não continuaram a tradição da família. "Meus filhos sempre me deram muito orgulho. Não tinha nehum tipo de preocupação em deixa-los viajar para competir, sempre foram muito educados e responsáveis. Ficava muito ansiosa, principalmente quando não podia viajar com eles, por falta de recursos, mas sempre confiante e tranquila", conta a mae orgulhosa.

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