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A cantora Céu marcou o Recife neste sábado (17) ao interpretar durante uma noite memorável a sua releitura do disco Catch a Fire, de Bob Marley e The Wailers. O até então inédito show na capital pernambucana foi realizado no Baile Perfumado, Zona Oeste da cidade. E o espaço ficou pequeno diante de uma multidão decidida a conferir de perto o trabalho da paulista, numa noite que contou ainda com apresentações das bandas pernambucanas Jorge Cabeleira e o Dia em que Seremos Todos Inúteis, King Size e Eddie. 

Por volta das 0h a lendária Jorge Cabeleira e Somos Todos Inúteis subiu ao palco para dar início a série de shows. Quando a banda começou a tocar já havia um bom público na casa, mas os transeuntes pareciam aquecer os motores para o momento do show de Céu. Mesmo assim, Jorge Cabeleira não se intimidou e lançou para a plateia músicas do disco Trazendo Luzes Eternas, coletânea com clássicos dos vinte anos de carreira do grupo que mescla baião com o rock n'roll. Os pontos altos da breve apresentação de menos de uma hora foram as participações de Daniel Bento e sua sanfona e o ícone Zé da Flauta – mesmo com o áudio de seu instrumento bastante baixo. 

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Assim que Jorge Cabeleira saiu do palco principal do Baile Perfumado, a King Size, conforme prometido, soltou o groove e fez com que a troca de banda passasse despercebida, sem entediar o público. Quando deu 1h da madrugada, com a casa super lotada e as pessoas já se posicionando nos melhores lugares, Céu apareceu sob muitos aplausos. A cantora estava com o mesmo figurino usado no 73 Rotações, projeto que originou o espetáculo com as músicas do Catch a Fire e foi lançado no Sesc Santana, em São Paulo, em setembro do ano passado.

Noite com Céu estrelada 

A apresentação da cantora começou com o clássico da reggae music Concrete Jungle e logo chamou a atenção da plateia com sua performance que, talvez intencionalmente, lembrava muito o jeito que Bob Marley levava aos palcos. “Eu estou muito feliz de ter trazido o show para o Recife, uma terra que eu admiro muito. É uma ‘responsa’ muito grande fazê-lo, mas faço com todo amor e respeito”, declarou Céu momentos antes de cantar Slave Driver e seguir com 400 Years, Stop the Train e Baby We Got A Date (Rock It Baby).

Céu, que durante todo o show estava completamente à vontade, não perdeu a oportunidade de brincar e tocar num assunto sério: a legalização da maconha. “Queria homenagear o presidente do Uruguai, nosso querido Mujica. Não precisa nem dizer o porquê”, disse aos risos. O grupo de apoio da cantora paulista, formada por Bruno Buarque (bateria e vocais), Curumin (teclados e vocais), DJ Marcos (MPC e toca-discos), Rafael Castro (guitarra e vocais), Lucas Martins (baixo e vocais) e Zé Nigro (guitarra e vocais) mostrou bastante sintonia e competência durante todo o show. Quase um espetáculo à parte.

"Sempre me interessei pela música jamaicana", revela Céu

Os dois momentos que a apresentação mais teve interação dos fãs foram nas músicas Stir it Up e Kinky Reggae, duas das mais pops dos The Wailers. No repertório não faltaram também as canções No More Trouble, High Tide Or Low Tide, All Day All Night e Midnight Ravers. No fim do show, o público pediu bis e Céu entoou Burnin’ And Lootin’, do álbum Burnin', e Cordão da Insônia, música autoral da paulista que fez questão de convidar os músicos da banda para receber os aplausos da plateia junto a ela.

Eddie e os clássicos da Original Olinda Style

A talvez banda mais conhecida do cenário da música olindense tocou para um público bem menor que o que Céu encontrou pela frente, mas mesmo assim fez bonito e tocou clássicos do grupo como Pode me Chamar que Eu Vou, Baile Betinha e Veraneio, música do disco homônimo mais recente da Eddie.

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Com a promessa de dar uma agitada na cena artística do Recife foi inaugurado nesta sexta-feira (17) o Estelita, casa de eventos instalada no bairro do Cabanga, área central do Recife. A festa de inauguração contou com casa cheia, shows das atrações King Size e BNegão Trio e a presença de diversos artistas e produtores culturais.

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“Este espaço vem suprir uma necessidade que já dura muito tempo no Recife, que é um local que possa abrigar bandas menores e que não tem onde tocar. Evidentemente que o Estelita vai dar pra trazer coisas de fora também, como por exemplo, BNegão, um nome que pode estar tanto num grande palco como no Estelita também”, comentou Antonio Gutierrez, produtor do RecBeat e de outros grandes eventos da cidade. 

Falando no ex-vocalista do Planet Hemp, o músico carioca agitou o público com canções do disco Enxugando o Gelo, adaptadas a um esquema com voz, DJ e trompete. No show, músicas como Dorobo e Funk Até o Caroço ganharam nova roupagem com batidas de funk carioca. Já a pernambucana King Size fez bonito ao tocar antes de BNegão e levar ao público um legítimo dub com influências jamaicanas.

Os ambientes internos do Estelita foram decorados pela designer de interiores Kamile Ceba, e dão um certo tom de pub despojado ao espaço. “Achei massa o ambiente. Bem diferente e organizado e nem muito pra Zona Sul nem muito pra Zona Norte. Acho que vai dar uma mudada nas coisas aqui do Recife até porque muitos outros espaços foram fechados”, opinou a estudante de direito Camila Leal. 

De fácil acesso, a casa comporta 380 pessoas e conta com um palco equipado para receber artistas nacionais e internacionais. “A intenção é adequar a casa para que possamos receber eventos de diversos formatos, com espaço para shows, eventos e exposições”, disse Émerson Calado, músico e integrante de Cósmica Entretenimento, uma das empresas envolvidas no empreendimento.

Questionado se a produção do espaço prevê problemas relacionados ao som e vizinhança, Émerson Calado não mostrou preocupação. “Residência mesmo a gente só tem uma aqui por perto, mas já conversamos com o pessoal e estamos atrás do isolamento acústico. Temos também o cuidado com a questão do controle de decibéis até pela quantidade de pessoas que a casa comporta”, revelou ele ao LeiaJá.

Recife vai contar a partir desta sexta-feira (17) com mais um espaço para a produção da música, arte e entretenimento. Localizado no bairro do Cabanga, região central do Recife, o Estelita vai receber na noite de abertura, às 22h, o projeto B Negão Trio, formado pelo rapper carioca ao lado de Pedro Selector e DJ Castro. A entrada custa R$ 40, antecipado na loja Redley do Shopping Center Recife e pelo Eventick, e R$ 50 na hora.

Pela primeira vez no Recife, o trio promete um show dançante, mesclando samba de raiz, funk e reggae. A noite também terá show da banda pernambucana King Size, que faz música eletrônica com ecos jamaicanos. A casa foi idealizada pelo baterista e advogado Davi Santiago, vítima fatal de um fio desencapado no ano passado. Agora o empreendimento vira realidade numa parceria entre a viúva Kristín Santiago e a Cósmica Entretenimento.

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O Estelita conta com capacidade para acolher 380 pessoas, com ambientes decorados pela designer de interiores Kamile Ceba. Até o final do mês de janeiro, o Estelita apresentará programação completa de atividades. De acordo com Eduardo Pereira, um dos sócios, a ideia é abrir a casa de quinta a sábado, à noite, e aos domingo, às 17h. 

Serviço

Inauguração do Estelita com shows do B Negão Trio e King Size 

Sexta (17) | 22h

Estelita (Rua Saturnino de Brito 385 - Cabanga)

R$ 40 (antecipado na loja Redley - 5ª etapa do Shopping Center Recife; ou online no www.eventick.com.br/bnegaonoestelita); R$ 50 na hora.

(81) 3127 4143

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