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A Polícia Federal vai abrir inquérito para investigar por lavagem de dinheiro a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, e outras pessoas investigadas pela Operação Porto Seguro - suposto esquema de compra de pareceres técnicos de órgãos públicos para beneficiar empresas.

A PF suspeita que bens adquiridos de forma ilícita, a partir de atos de corrupção, teriam sido ocultados ou dissimulados pela organização integrada por Rose e Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) apontado como chefe do grupo. Em ofício enviado à Justiça Federal, o delegado Ricardo Hiroshi, que preside o inquérito da Porto Seguro, pediu e obteve autorização para abrir uma apuração específica sobre lavagem de dinheiro.

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Rose já foi indiciada por outros quatro crimes: corrupção passiva, tráfico de influência, falsidade ideológica e formação de quadrilha. A PF enquadrou Paulo Vieira nos crimes de corrupção ativa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e formação de quadrilha.

Nos relatórios da operação, os investigadores anotaram que Vieira registrou carros e imóveis em nome de parentes e funcionários. Há dez dias, o Estado revelou que Rosemary usava um Mitsubishi Pajero TR4 que pertencia à suposta quadrilha. Hoje, o veículo é avaliado em R$ 55 mil. Vieira também seria o dono de um apartamento em Brasília registrado no nome de seu irmão Marcelo e de outro, em Ubatuba (SP), no nome de sua mulher.

"Alguns dos bens apontados não estão registrados em nome do investigado (Paulo Vieira), mas foram reunidos indícios de que poderiam ter sido pagos por ele (ou por sua ordem) ou registrados em nomes de pessoas próximas a ele, por sua determinação", anotaram os policiais.

O delegado responsável pela investigação pediu que a Justiça autorize o uso policial dos carros apreendidos na operação e de um apartamento em São Paulo. Segundo o inquérito, há "claras evidências de que tais bens foram adquiridos como produtos dos crimes praticados e apurados".

Flat nos Jardins

O inquérito pede especificamente o sequestro de um flat adquirido por Vieira na Alameda Lorena, nos Jardins, bairro nobre da capital paulista. E-mails interceptados durante a operação revelam que o apartamento foi comprado em abril de 2010 por R$ 192 mil. Vieira pediu à corretora que a escritura fosse passada em seu nome e que fosse informado no documento o valor de R$ 80 mil.

Paulo também registrou um Land Rover, comprado por R$ 300 mil, no nome de Patricia Baptistella, diretora da faculdade de sua família. Um telefonema gravado pela operação indica que Vieira tentava evitar que o acúmulo de bens levantasse suspeitas sobre ele. A PF apura o enriquecimento ilícito de Vieira e seus irmãos. Um e-mail interceptado em junho revela que Paulo é sócio da P1 Serviços Gerais, que teve um faturamento de R$ 1,1 milhão de agosto de 2011 a maio de 2012.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff sancionou, sem vetos, a lei que endurece os crimes de lavagem de dinheiro. O texto foi publicado nesta terça-feira (11), no Diário Oficial da União. A proposta foi aprovada em junho, no Senado, e enquadra como lavagem de dinheiro qualquer recurso com origem oculta ou ilícita.

A legislação anterior, que estava em vigor desde 1998, permitia apenas que recursos com origem no tráfico de armas e drogas, crimes contra a administração pública ou terrorismo fossem enquadrados como lavagem de dinheiro.

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A nova lei mantém os prazos de três a dez anos de reclusão para as penas, mas o valor das multas aplicadas a condenados foi elevado. O teto máximo agora será de R$ 20 milhões e não mais de apenas R$ 200 mil como previa a lei anterior.

A chamada "delação premiada", já prevista na legislação anterior, poderá agora ser feita "a qualquer tempo", ou seja, mesmo depois da condenação, aqueles que quiserem colaborar com as investigações poderão se beneficiar do instrumento.

O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou ontem 35 acusados de envolvimento na chamada máfia da merenda, como é conhecido o grupo de empresas que teria formado um cartel e uma quadrilha para fraudar licitações para o fornecimento de merenda escolar. O grupo ainda é acusado de corromper políticos e funcionários públicos, além de lavar o dinheiro da organização criminosa.

Entre os acusados estão os empresários Eloízo Afonso Gomes Durães e Geraldo João Coan e o secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Januário Montone. Todos negam as acusações. Incluído entre os acusados por causa de sua atuação quando era secretário de Gestão (governos Serra e Kassab), Montone é acusado de receber R$ 600 mil de propina do cartel da merenda.

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Durante as investigações, ele teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça depois da apreensão de memorandos internos da empresa SP Alimentação - a maior do ramo, de propriedade de Durães. Neles, segundo os promotores do Grupo Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec), havia a indicação de dois pagamentos em agosto de 2007 de R$ 50 mil a Montone. Só em 2007, ele teria recebido R$ 600 mil.

Os supostos pagamentos de propinas para a Prefeitura de São Paulo efetuados pela máfia da merenda teriam começado em 2003, durante a gestão de Marta Suplicy (PT). De agosto de 2003 a fevereiro de 2004, documentos apreendidos pelo Gedec mostram que foi pago R$ 1,2 milhão de propinas para corruptos que trabalhavam na Secretaria Municipal de Abastecimento de São Paulo. Na primeira quinzena de 2004, foram pagos R$ 242 mil em propinas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Desde o início da greve dos policiais na Bahia (dia 31 de janeiro) um clima de pânico e caos se instaurou em Salvador e principais cidades do interior. O grande medo de comerciantes, empresários, turistas e foliões baianos é que a greve se estenda até o carnaval, que começa dia 17 de fevereiro. Ainda assim, o verão da Bahia segue, e os festejos da tradicional Lavagem de Itapuã estão confirmados para esta quinta-feira (9).

Raimundo Bujão, morador do bairro de Itapuã, e um dos organizadores do evento, conta que a realização de mais uma edição da Lavagem contará com policiamento reforçado e apoio da comunidade. "Será uma forma de mostrar que a cidade precisa seguir seu curso, não pode se sentir fragilizada", conta Bujão.

Este ano, a Lavagem de Itapuã completa 107 anos de existênciaUm cortejo formado por 150 baianas e blocos de chão deve sair por volta das 10 horas de Piatã em direção à Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Itapuã, onde será realizada a lavagem oficial das escadarias do templo religioso.

A Lavagem de Itapuã é uma festa tradicional que acontece em Salvador e fecha o ciclo de festejos populares do verão baiano. Sempre na quinta-feira da semana anterior ao carnaval, a festa com aspecto religioso e profano, característicos das festas de largo da Bahia. Diversificada, a lavagem reúne foliões que querem dançar e beber nas barracas e os participantes que desejam seguir a procissão que percorre o bairro até à Igreja da Conceição. A festa conta também com desfile de cortejos e pescadores e um espaço onde as bandas locais tocam e levantam o público regado à bebida.

Mobilização. Apesar da confirmação dos organizadores, representantes dos comerciantes do bairro de Itapuã estão contra a iniciativa neste momento de tensão, já que ela tem o estigma de ser a mais violenta festa de largo. Dez representantes do comércio em Itapuã pediram o cancelamento da realização do evento à Prefeitura de Salvador e à Empresa Salvador Turismo (Saltur, mas até o momento não tiveram resposta.

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