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Como era de se esperar, a diretoria de futebol do Sport reuniu a imprensa para falar sobre a saída conturbada de Nelsinho Baptista. O treinador deixou o clube pernambucano, nesta terça-feira (24), fazendo severas críticas aos cartolas rubro-negros.

O vice-presidente de futebol, Guilherme Beltrão, foi o responsável pela maioria das explicações. “Recebemos com surpresa (o pedido de demissão). Nem fui comunicado sobre essa coletiva”, disse, sobre a entrevista onde o técnico anunciou seu desligamento do clube.

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No cargo desde fevereiro, o dirigente fez questão de lembrar que chegou depois de Nelsinho e ironizou algumas declarações do ex-comandante. “Não tenho muito a comentar as declarações dele. Estamos aqui por conta do fracasso na Copa do Brasil, relutei muito, mas como não poderia faltar a uma instituição que amo, resolvi assumir. Na remontagem do elenco, encontramos problemas. Começamos o Brasileiro perdendo e mantivemos o treinador, acreditando no comando dele. Eu estava preparado para ele dirigir o time contra o Paraná”, disse.

Um dos citados por Nelsinho em seu desabafo de despedida, o diretor de futebol Leonardo Lopez, esclareceu a queixa no técnico sobre ele. Em entrevista a uma rádio local, antes do jogo contra o Botafogo, o dirigente teria dito que “futebol é resultado”, declaração que teria ofendido o antigo treinador.

“Foi uma entrevista normal. Falei que futebol é resultado, um clichê que todo mundo usa, mas ganhou-se uma proporção maior. Tivemos várias situações e a diretoria deu apoio o tempo todo. Fomos pegos de surpresa. Mas a gente não veio aqui lavar roupa suja. A gente agradece a Nelsinho, o que tinha que ser esclarecido foi esclarecido e vamos olhar para frente. Domingo tem jogo importante, já estamos trabalhando para ter treinador o quanto antes, pois queremos virar a página”, garantiu Lopez.

De novo com a palavra, Guilherme Beltrão reconheceu o valor de Nelsinho para a história do clube, mas alfinetou a campanha de 2018 e comentou a acusação de “terrorismo” no CT. “Não vejo um grande dano com a saída dele. Se o time tivesse evolução, teria em 4 meses. Não vencemos um jogo fora de casa, só o Santos do Amapá. Se terrorismo for cobrança, for tirar as pessoas da zona de conforto eu assumo. Esse ciclo se encerra, o Sport é grato a ele e ele tem que ser grato ao Sport”, disse.

Sobre a situação financeira, o cartola não escondeu as dificuldades que vêm tendo. “O Sport hoje deve a CLT, que venceu dia 5, e a ‘imagem’ que venceu dia 20. Isso, hoje, se chama quase rigorosamente em dia. Não estou acomodado em estar atrasado. Estamos lutando para pagar”, revelou.

Sobre o novo técnico rubro-negro, Beltrão afirma já ter um perfil traçado para sair no mercado. “Treinadores jovens que já fizeram bons trabalhos, em clubes que não tinham as mesmas condições de clubes maiores”, contou.

 

Na tarde desta quinta-feira (22) foi apresentada no CT do Sport a nova diretoria de futebol montada pelo vice-presidente Guilherme Beltrão. Além do recém-contratado executivo, Klauss Câmara, compõem o departamento o empresário, Júlio Neto e o advogado Leonardo Lopez, que já atuava como diretor jurídico rubro-negro. De acordo com Beltrão, o rápido acerto com Klauss, já deu início às buscas por reforços visando o Campeonato Brasileiro que começa em abril.

"Vamos procurar reverter uma situação que não está boa. Fortalecer o elenco para o final do Pernambucano e o Brasileiro, que é o torneio mais importante do ano. Nossa expectativa é de montar um grupo forte. Acertamos rapidamente com o executivo de futebol e já estamos trabalhando como nomes para a Série A", contou.

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Sobre as pretensões para o final da temporada, o vice se mostra mais pés no chão do que a diretoria anterior. Ao invés de falar e Libertadores, Guilherme diz que o seu dever cumprido se dará com o Sport se mantendo na primeira divisão por mais uma temporada. De preferência, buscando uma vaga na Copa Sul-Americana. "Eu vislumbro o Sport disputando entre 8º e 12º lugar. Isso com otimismo. Se ele ficar em 12º vou ficar muito feliz, porque vai estar na Série A pelo sexto ano consecutivo", afirmou.

Ele conta que o primeiro objetivo é montar um grupo competitivo e que recupere o 'espírito guerreiro que o Sport sempre teve'. "Fui de uma geração que sofreu 12 anos sem títulos. Mas mesmo perdendo, o Sport nunca deixou de correr, sempre vendia caro as derrotas. Essa sempre foi a principal característica do Sport. Acho que essa é a principal cobrança é essa. É esses atletas se conscientizarem que são responsáveis pela felicidade de 3 milhões de torcedores", declarou o dirigente.

Para alcançar esta meta, a diretoria de futebol vai trabalhar com uma teto nos pagamentos pré-definido e sem espaços para jogadores com salários fora da realidade rubro-negra. "O Sport vai ter um teto salarial. Nós não podemos gastar em dois jogadores, quando nós precisávamos ter seis no elenco. Senão quando dá aquela curva no segundo turno, o time começa a cansar e o seu desempenho cai. Todos os anos foram assim, menos em 2014", revelou Beltrão.

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