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A Nasa e o Exército dos Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (26) que selecionaram a empresa Lockheed Martin para desenvolver um foguete de propulsão nuclear, com o objetivo de usar a tecnologia em missões a Marte.

O programa Foguete de Demonstração para Operações Cislunares Ágeis (Draco, sigla em inglês), pode ser lançado em 2027, indicaram funcionários em um telefonema.

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Os sistemas de propulsão térmica nuclear (NTP, sigla em inglês) poderiam reduzir o tempo das viagens, aumentar a eficácia do combustível e exigir menos propelente, o que significa que as futuras espaçonaves poderiam transportar cargas úteis maiores do que os melhores foguetes químicos atuais.

"Esses sistemas de propulsão térmica nuclear mais potentes e eficazes podem proporcionar tempos de trânsito mais rápidos entre destinos", disse Kirk Shireman, vice-presidente de Campanhas de Exploração Lunar da Lockheed Martin Space. "Reduzir o tempo de trânsito é vital para missões humanas a Marte, a fim de limitar a exposição dos tripulantes à radiação."

Por motivo de segurança, o reator do Draco não será ligado até que a espaçonave tenha atingido uma órbita elevada.

Shireman acrescentou que a tecnologia também poderia "revolucionar" futuras missões à Lua, onde a Nasa planeja construir habitats de longa duração, dentro do programa Artemis.

A Nasa realizou seus últimos testes de motores nucleares térmicos para foguetes há mais de 50 anos, mas o programa foi abandonado, devido a cortes orçamentários e à tensão da Guerra Fria.

A agência espacial americana destinou cerca 3 bilhões de dólares à gigante da indústria aeroespacial Lockheed Martin para construir três cápsulas Orion, as naves que serão utilizadas pelos astronautas dos Estados Unidos no retorno das missões na Lua a partir de 2024.

O contrato, anunciado nesta segunda-feira (23) pela Nasa e pela Lockheed Martin, prevê um primeiro pedido de três cápsulas por 2,7 bilhões de dólares para as missões III, IV e V do programa Artemis, que está programada para enviar uma mulher à Lua pela primeira vez.

Cada um dos aparelhos transportará quatro astronautas e ter condições de ser reutilizado "pelo menos uma vez".

"Este contrato garante a produção de (cápsulas) Orion para a próxima década, e mostra o compromiso da Nasa para estabelecer uma presença permanente na Lua (...) e preparar o envio de astronautas a Marte", disse o administrador da agência, Jim Bridenstine.

Embora tenha uma aparência semelhante às cápsulas da missão Apollo das décadas de 1960 e 1970, esta espaçonave será muito mais espaçosa, com capacidade para acomodar uma tripulação por três semanas e permanecer conectada à futura miniestação orbital Gateway por seis meses.

O primeiro voo não tripulado do programa Artemis, batizado em homenagem à deusa grega, irmã gêmea de Apolo, está programado para 2020, mas a agência admitiu que não será capaz de cumprir o cronograma.

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