Reggaeton é o nome do momento. Com o estouro de ‘Despacito’ nas principais paradas do mundo, o ritmo viu sua popularidade crescer rapidamente e ultrapassou as fronteiras da América Latina, onde sempre teve seu espaço. Além do hit de Luis Fonsi e Daddy Yankee, outras músicas têm ajudado na difusão do reggaeton, sobretudo nas vozes de artistas colombianos como Maluma e J Balvin, que cantam os sucessos ‘Felices Los 4’ e ‘Mi Gente’, respectivamente.
No Brasil, diversos artistas vêm se rendendo a essa febre e acrescentando toques latinos em seus trabalhos, como é o caso de Anitta e de Claudia Leitte, entre outros nomes. As duas têm incorporado letras em espanhol e batidas latinas às suas canções, como em ‘Paradinha’ e também ‘Baldin de Gelo’, além das parcerias em ‘Sim ou Não’, da funkeira com Maluma, e em ‘Corazon’, da baiana com participação de Daddy Yankee.
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O ritmo tem origem porto-riquenha e nasceu da mistura do reggae, hip hop, salsa e música eletrônica. Na época do seu surgimento era marginalizado, pertencente ao cenário ‘underground’, até que bombou na voz de Daddy Yankee cantando ‘Gasolina’, um marco para o reggaeton, como lembra Federico Larrosa, o DJ Larrosa.
Ele nasceu no Uruguai, mas há cerca de dois anos se mudou para o Brasil, mais especificamente para o Recife, e comenta: “pra mim o ritmo já era muito forte fora do país, e eu não entendia como ainda não tinha chegado com essa força aqui. Hoje em dia chegou com tudo por causa de artistas como Anitta, que vem querendo incluir esse ritmo na música dela, trazendo também artistas de fora como Maluma e J Balvin”.
Larrosa, que às vezes chega a fazer entre 16 e 18 festas por mês, conta que a capital pernambucana, assim como o resto do país, tem sido bastante receptiva. “A cada festa que eu vou no Recife, eu fico mais impressionando com quantas músicas as pessoas conhecem. Eu toco coisas que penso que as pessoas não vão conhecer, ou não vão saber ou curtir, mas elas terminam dançando ou cantando mais do que eu e é incrível”, observa o DJ.
Marcelo Araújo, o ‘Marcelove’, além de produtor de festas recifenses como o ‘Bregaton’, onde mistura o brega local com o ritmo latino, atua também como vocalista da banda Faringes da Paixão, que vem investindo nesse tipo de música. “É um estilo extremamente dançante, sensual e divertido ao mesmo tempo, exatamente como o brega. Isso que me chamou a atenção e me fez querer explorar mais o reggaeton”, pontua.
Sobre a expectativa de permanência do ritmo no cenário nacional, ele opina: “acredito que venha pra ficar. O reggaeton já é muito forte em outros países latinos. O Brasil, por ter uma produção cultural muito forte e variada, ainda não tinha abraçado totalmente o estilo. Mas os artistas brasileiros estão conseguindo inserir o reggaeton em seus repertórios, misturando com os ritmos já consagrados por aqui, como o forró, o sertanejo e o funk. Por isso, a tendência é que ganhe cada vez mais espaço e se consolide”, espera.
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