Tópicos | Mapeamento do Empreendedorismo do Recifense

Os recifenses da classe C são os mais animados para abrir um negócio em 2012. É o que aponta a pesquisa de Mapeamento do Empreendedorismo do Recifense do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), que ouviu 623 pessoas, com idade entre 16 e 60 anos na capital pernambucana, nos dias 1 e 2 de setembro. A classe C 56% representa dos mais dispostos, enquanto que a classe B representa 41,7% e as classes A e D, juntas, incidem em apenas 2,3%.

Para o economista do IPMN, Djalma Guimarães, a melhor situação econômica da classe é um dos principais fatores da classe C ter pressa em começar um negócio. “A distribuição de renda nos últimos anos fez com as pessoas da classe C pudessem pensar em abrir seus próprios negócios. Há alguns anos atrás elas abriam um negócio para ter um emprego, mas hoje as pessoas dessa classe encaram um empreendimento como uma opção de acrescentar, elevar a sua renda”, avaliou Guimarães. 

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Porém o economista destacou que para um negócio dar certo é fundamental que haja planejamento. Isso porque apenas 13,8% disseram já ter participado de curso de capacitação. Enquanto que cerca de 50% das pessoas ouvidas pelo IPMN responderam que não sabiam o valor necessário para abrir um negócio.

O ex-bancário João Batista, dono de um restaurante e uma lanchonete que funcionam no mesmo endereço na rua Guilherme Pinto, no Bairro da Madalena, está entre os que não planejaram o negócio antes de começar. “Eu trabalhava em um banco e houve um incentivo para a aposentadoria, foi quando eu abri um restaurante em Olinda, depois desfiz a sociedade e vim montar o meu próprio restaurante. Não planejei nada, comecei e ao longo do tempo fui fazendo as adequações de acordo com o que ia dando certo e readequando dava errado”, disse o comerciante, que recebe diariamente cerca de 500 clientes.

A pesquisa ainda aponta que 54,2% dos entrevistados utilizaram capital próprio para a abertura do negócio. “Em empreendimentos menores é muito comum que as pessoas utilizem um dinheiro que tenha em conta bancária, que tenha juntado. Só em empreendimentos maiores é que as pessoas costumam fazer um financiamento”, garantiu Guimarães.

Outro ponto forte da pesquisa é confiança do recifense no estado de Pernambuco. Aproximadamente 65% disseram que este é um bom lugar para investir - em virtude do crescimento econômico. “As notícias sobre os investimentos na região refletem na confiança desses novos investidores. Nesse cenário ele passa enxergar maiores e melhores oportunidades de investimento. Podendo também estimular o comércio local, já que as pessoas têm uma renda melhor e estão mais dispostas a consumir”, considerou Guimarães. 

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