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A 17ª edição do Cine PE acontece entre os dias 26 de abril e 2 de maio no Teatro Guararapes, localizado no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. O Festival do Audiovisual selecionou, entre 362 filmes inscritos, 25 filmes inéditos, sendo 18 curtas de seis estados e 7 longas-metragens dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco - 3 documentários, e 4 de ficção - para a mostra competitiva.

A Mostra Pernambuco, parte da programação do Festival, acontece no sábado (27) e domingo (28), às 16h30, gratuitamente. A mostra paralela, que tem a curadoria do Cine Foot, também ocorre nesses dois dias, tendo como o tema o futebol. Para esta edição, os diretores Alfredo e Sandra Bertini decidiram homenagear os atores Marieta Severo e Lima Duarte, assim como o cineasta Silvio Tendler e o Canal 100. "Procuramos homenagear pessoas que tem uma filmografia grande, que são de grande relevância para esta arte brasileira tão importante que é o cinema", explica Sandra Bertini.

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Além dos filmes exibidos, o Cine PE promove oficinas profissionalizantes durante o festival. Segundo Sandra, as oficinas incentivam o público pernambucano e de outros Estados a engrenar na produção de obras audiovisuais. O cineasta Leonardo Lacca é fruto das oficinas do Cine PE, e em 2008 exibiu no próprio festival seu curta Ventilador. Para Bertini, "Assim como a política de fomento do Governo do Estado, as oficinas conseguem capacitar e estimular pessoas a realizar seus filmes”.

Um dos longas mais esperados no festival é filme Giovanni Improtta, do diretor José Wilker, que abre o Cine PE 2013. Outro aguardado também é o Bonitinha, Mas Ordinária, de Moacyr Goes, com os atores Leandra Leal e João Miguel. A lista dos filmes que fazem parte da grade competitiva do festival está disponível na página do Cine PE.

Confira entrevista exclusiva que Sandra Bertini concedeu ao LeiaJá:

Quais as novidades desta edição do Cine PE?

A grade de filmes é completamente inédita em salas de cinema. Este ano, o Cine PE une duas paixões nacionais, o cinema e futebol, através da mostra paralela. Serão disponibilizadas mesas de debates para o tema. Como atividade paralela, faremos um jogo de futebol no sábado (27), com profissionais e atores que gostam de bater uma bola.

Quais foram os critérios de escolha entre os 362 filmes inscritos?

Foram escolhidos filmes de caráter comercial, alternativo, intimista, para atender o público do festival, que é tão diversificado. A gente traz para a grade, uma heterogeneidade do que está sendo produzido ultimamente no audiovisual brasileiro. Na mostra competitiva de curtas e longas, não definimos um tema específico. São filmes de vários gêneros, de temáticas diferentes, mais experimentais e contemporâneos.

Quais as providências adotadas pelo festival para evitar os problemas técnicos nas projeções?

Como em qualquer festival, as falhas acontecem. No ano passado o problema com o filme do Breno Silveira foi o mais sério. Este ano, procuramos nos resguardar exigindo que os filmes sejam entregues com, no mínimo, um dia de antecedência, para que possamos testar o filme antecipadamente. Solicitamos o mesmo formato do ano passado.

Após 17 anos de realização do Cine PE, como você avalia o festival?

O festival é para quem gosta de cinema, formadores de opinião, realizadores de filmes, para o público local e de fora que vem conferir o evento. Para a produção dos filmes, você antes trazia profissionais de fora, diretores de arte, figurinista, maquiadores. O Cine PE, com as oficinas, incentiva o público pernambucano a produzir seus filmes. O festival é um grande congresso. Além da oportunidade de verem os filmes, as pessoas conversam diariamente, os sete dias, sobre cinema. Muitas pessoas têm a oportunidade de conhecer um diretor novo e trocar experiências. O cinema pernambucano é um cinema bom, a gente dá lição pra muita gente. O grande diferencial é a reação do público: mesmo sem gostar, as pessoas reagem (durante as exibições).

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