Taylor Swift estreou como diretora ao lançar nesta quinta-feira (27) o videoclipe de sua canção, "The Man", no qual também atua. De homem, literalmente.
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##RECOMENDA##Com prótese, peruca e barba e maquiagem pesada, a cantora de 30 anos aparece no vídeo como um homem odioso e arrogante que salta de sucesso em sucesso graças ao seu privilégio de gênero.
Em uma cena marcante, o personagem masculino criado por Swift, sentado no metrô, abre as pernas para ocupar três espaços e aperta as mulheres que se sentam próximas a ele, enquanto lê o jornal, fuma um charuto e joga cinzas no chão e na bolsa de uma senhora que está a seu lado.
"Estou cansada de correr o mais rápido que posso / me pergunto se chegaria mais rápido se fosse homem / E estou cansada de ser atacada de volta / Porque se eu fosse homem, seria o homem", canta Swift. no refrão.
No final do vídeo, Swift aparece dirigindo o videoclipe e diz ao personagem que filmará a cena novamente, mas pede que ele pareça mais "sexy" e "legal".
Swift usa o videoclipe dessa música em seu sétimo álbum, "Lover", para destacar que escreveu o roteiro, dirigiu e atua nele, enquanto questiona executivos da indústria da música com quem luta publicamente desde junho de 2019 pela propriedade de suas músicas lançadas no passado.
Em um trecho do vídeo, o personagem urina em pé contra uma parede pichada onde os nomes de seus seis primeiros álbuns aparecem, ao lado de uma placa que diz "Perdidos. Se você os encontrar, entre em contato com para Taylor Swift".
Outro pichação tem um símbolo que proíbe 'scooters', patinetes. É um golpe claro contra o magnata da indústria da música Scooter Braun, que tem participação majoritária nas gravações originais dos seis primeiros álbuns do Swift.
Swift é dona de "Lover" e prometeu regravar seus álbuns anteriores para criar cópias de sua propriedade a partir de novembro deste ano, já que seu contrato não permitia isso antes.
O vídeo é outro passo de Swift em sua luta pela independência e controle de sua própria voz.
Nos últimos anos, Swift falou publicamente pela primeira vez, apoiando candidatos democratas no Tennessee em 2018 e criticando o presidente Donald Trump.
Em seu documentário da Netflix "Miss American", lançado recentemente, a superestrela famosa por sucessos mundiais como "Shake It Off" conta como ela foi orientada a não falar sobre política para evitar repercussão negativa e não afastar fãs.