Tópicos | Mês da Consciência Negra

O município do Paulista sediou, nesta sexta-feira (25), a Caminhada de Terreiros Omulu. Criado em 2008, o evento deste ano teve como tema “Violência não Combina com Fé”. A coordenação é da Marcha de Oxalá e da Caminhada de Terreiros.

Com o intuito de chamar atenção para os casos de intolerância religiosa, adeptos de religiões de matriz afro-indígena - candomblé, umbanda e jurema -, concentraram-se durante a tarde na Praça João Pessoa, no Centro, e caminharam, no início da noite, até a Praça João XXIII, também na área central da cidade.

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Antes da caminhada e após a chegada ao destino final, o grupo realizou apresentações de gira de Jurema, danças e entoou cantos religiosos.

A organizadora da Caminhada e presidente da Marcha de Oxalá, mãe Cris, lembrou que a Caminhada existe na cidade há 14 anos e simboliza um ato de resistência contra a intolerância religiosa, realizada no Mês da Consciência Negra. “Viemos aqui chamar a atenção do Poder Legislativo para que sejam criadas mais leis em defesa e em garantia de mais direitos aos povos de terreiro. Violência não combina com fé. Não somos adoradores do diabo. Adoramos um Deus, adoramos a natureza”.

O mês de novembro é tradicionalmente designado como o Mês da Consciência Negra. A data em questão levanta reflexões sobre a luta da população negra por melhores espaços na sociedade. Para além de algo pontual, esse pensamento deve ser reforçado a cada dia para que se construa uma sociedade mais inclusiva e diversa, o que só trará benefícios. Especificamente no âmbito do empreendedorismo e do mercado de trabalho, ações afirmativas ainda se fazem necessárias para garantir que as oportunidades surjam para todos.

A comunidade negra representa 56% da população brasileira, o que equivale a 110 milhões de pessoas. Essa enorme parcela demográfica movimenta, anualmente, R$ 1,7 trilhão no país. Apesar de ser maioria, ainda é minorizada, herança de nosso passado escravocrata e de uma cultura racista que os relegou a camadas mais baixas da sociedade. Vivemos uma realidade em que a população negra também é maioria entre os mais pobres e menos favorecidos.

E como mudar esse panorama? Bom, são diversas as formas e se faz urgente que políticas públicas sérias promovam a maior inclusão do negro, principalmente no mercado de trabalho. Para isso, como defensor incansável da educação, penso que esta seja a porta inicial: sem educação de qualidade levada às periferias, não será possível quebrar esse status quo. Ademais, vejo com bons olhos iniciativas da sociedade civil que visam promover o empreendedorismo e o desenvolvimento pessoal e profissional dos negros. O Movimento Black Money, por exemplo, criado pela empreendedora Nina Silva, criou um ecossistema de suporte aos empreendimentos de profissionais negros. São ações como essa que acendem um farol de esperança.

O empreendedorismo representa uma ótima chance de mudança de vida. Foi por meio dele, milhares de brasileiros – inclusive eu – puderam transformar seus destinos. Estimular o pensamento e a atitude empreendedora é uma forma de promover o desenvolvimento da população negra, que, com possibilidades de se desenvolver, poderá ocupar espaços de mais destaque na economia e criar novos negócios. Além disso, quanto maior a participação de todos na roda econômica, mais e melhores soluções para os problemas do dia a dia surgirão.

Temos grandes exemplos de pessoas negras empreendedoras na história, que quebraram a barreira do preconceito e conquistaram grandes feitos. Que o exemplo de luta, trabalho e inovação seja a grande inspiração para os jovens e possamos reconhecer a importância de promover espaços na sociedade em que esses talentos possam se desenvolver, ter vez e voz.

Com o intuito de comemorar o Mês da Consciência Negra, celebrado em novembro, núcleos, grupos e laboratórios da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que abordam a temática racial elaboraram uma programação especial. A ação é promovida pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab), Grupo de Estudos e Pesquisas em Autobiografias, Racismos e Antirracismos na Educação (Gepar) e Laboratório de Educação das Relações Étnico-Raciais (Laberer).

Nos dias 24 e 25 de novembro, o Neab promove o XI Seminário e o III Webnário da Educação de Jovens e adultos (EJA), que aborda o tema “Educação e saúde nas relações étnico-raciais: movimentos de resiliências e resistências”. As inscrições são gratuitas. A transmissão será realizada via Google Meet, no entanto, a plataforma limita a quantidade de participantes. O link de acesso à sala de aula será enviado via e-mail cadastrado no ato da candidatura.

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Na tarde do dia 24, a mesa discutirá o tema “A saúde da população negra na diáspora”. Já no encontro do dia 25, à noite, o tema será sobre “Educação de jovens e adultos e as relações étnico-raciais: políticas, epistemologias e práticas pedagógicas”. A programação completa pode ser conferida no Instagram do Neab. Os participantes do evento receberão certificados.

O Gepar, que tem como tema geral: “O racismo estrutural insiste, a negritude (re)existe!”, realiza webinários, lives e Feira dos Pretos Negócios. No dia 20, o webinário debaterá a história do Quilombo do Portão de Gelo; já no dia 23, se discutirá possibilidades de diálogo para a luta antirracista; no dia 30 o webinário será sobre memória da negritude em intercâmbio no ensino superior de Pernambuco. Todos os webinários serão realizados às 19h. Mais detalhes sobre a programação podem ser encontrados neste link.

As lives, que serão realizadas sempre às 16h, abordam os seguintes temas: negritude e cultura na teoria do afogamento, no dia 18 de novembro; autobiografias antirracistas de estudantes indígenas, em 25 de novembro; e construtos teóricos e metodológicos produzidos no Gepar, em 2 de dezembro. Mais detalhes acerca da programação podem ser conferidos neste link. De 20 a 22 de novembro será realizada a Feira de Pretos Negócios, em frente ao Palácio de Yemanjá, que contará com desfile de moda africana, apresentações culturais, culinária, palestras e oficinas.

O Laberer realiza, até 28 de novembro, uma série de eventos virtuais. Com a proposta de instigar a discussão sobre Educação das Relações Étnico-Raciais nos mais diferentes espaços e áreas da sociedade brasileira, principalmente no campo das artes e da educação, a programação conta com ciclo de leituras e debates dos projetos “Música e Arte Afrocentrada” e “Memória e Presença Viva de Autorias Negras”. Para mais informações, acesse o link.

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Realizado há 14 anos e considerado o maior festival de música negra do mundo, o Afropunk terá sua edição brasileira. O evento que acontece em países como África do Sul, Inglaterra, França e Estados Unidos deve chegar ao Brasil no segundo semestre de 2020. Entretanto, os fãs da cena poderão experimentar um pouco da festa nos próximos dias 19 e 20 de novembro na cidade de São Paulo. Aproveitando a celebração do Mês da Consciência Negra em parceria com a Feira Preta, a organização do Afropunk apresenta o show "Black To The Future" na casa noturna Audio, na zona oeste da capital paulista.

A programação traz artistas nacionais e internacionais consagrados no segmento. No dia 19 de novembro, sobem ao palco a banda BaianaSystem; o trio Aya Bass, composto pelas cantoras Luedji Luna, Xênia França e Larissa Luz; a rapper curitibana Karol Conka; o rapper paulistnao Rincón Sapiência; a festa "Batekoo" com o DJ nova-iorquino MikeQ; a banda House of Black Velvet, formada apenas por mulheres e a modelo e dançarina brasiliense Aisha Mbikila.

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Já no dia 20, feriado do Dia da Consciência Negra em São Paulo e em cidades de outros 15 estados brasileiros, se apresentam no "Black To The Future "alguns nomes premiados do atual cenário do rap nacional como os baianos Baco Exu Do Blues, CeloDut, Young Piva, Virus, além da atriz e rapper brasileira Gabz e do duo DKVPZ de Campinas. O evento terá como apresentadoras Magá Moura e a cantora Linn da Quebrada.

Feira Preta

Neste ano a Feira Preta, maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina, completa 18 anos de existência com o tema “Passado, Presente e Futuro” que trata da origem, do momento e dos próximos passos da cultura e empreendedorismo pretos. Espalhada por locais como o Instituto Tomie Otake, o Instituto Moreira Sales, o Sesc 24 de Maio e o Auditório do Ibirapuera, a feira contempla o público com palestras, workshops, shows, exposições, performances, cinema, gastronomia, literatura, espaço infantil, produtos e serviços, entre outros. A Feira Preta começa no próximo sábado (2) e tem seu encerramento programado para os dias 7 e 8 de dezembro em sua sede, o Memorial da América Latina, na Barra Funda, região oeste da cidade de São Paulo.

Serviço:

- Afropunk e Feira Preta apresentam "Black To The Future"

Local: Audio – Avenida Francisco Matarazzo, 694, Barra Funda – São Paulo - SP

Ingressos: Primeiro lote a R$ 80 (inteira) para um dia e R$ 120 para os dois dias (estudantes pagam meia)

Censura: 18 anos

- Feira Preta

Com sede em oito ambientes culturais de São Paulo, a partir de 2 de novembro até 8 de dezembro. O encerramento será no Memorial da América Latina nos dias 7 e 8 de dezembro.

Confira a programação e mais informações sobre o evento em http://feirapreta.com.br

De 1º a 30 de novembro, a cidade de São Paulo apresentará mais de 750 atividades culturais para celebrar o Mês da Consciência Negra. Com a maioria das atrações protagonizadas por artistas negros, a programação terá shows, palestras, cinema, dança, circo, teatro, programação infantil e roteiros de memória, entre outros, em cerca de 130 locais espalhados pela cidade.

As ações começam no primeiro dia do mês, no Centro de Culturas Negras do Jabaquara, com atrações como o Baile de Sagatiba. Além disso, haverá shows do grupo Vitrolla 70, dos cantores Walmir Borges, Wanessa Jackson e Grazzi Brasil.

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No feriado de 20 de novembro, instituído em 2004 para lembrar o Dia da Consciência Negra, tem o show de Jorge Ben Jor, um dos maiores ícones da música nacional. Em um palco montado na Praça da República, o "Babulina" é a principal atração da programação que ainda tem a rapper Drik Barbosa, acompanhada dos DJs KL Jay e Nyack, e do Bloco Afirmativo Ilu Inã, que se apresenta com Tássia Reis e Melvin Santhana.

Ainda na região central, a programação estará em espaços como a Biblioteca Mário de Andrade, o Centro Cultural Olido, a Capela dos Aflitos e o Theatro Municipal de São Paulo. Na zona leste, as atrações chegam às Casas de Cultura Hip Hop Leste, Itaim Paulista, Raul Seixas (Itaquera) e São Mateus. A zona norte apresenta o evento no Centro Cultural da Juventude (CCJ) e na Casa de Cultura Vila Guilherme. Já a região oeste disponibiliza o Centro Cultural Tendal da Lapa e o Teatro Cacilda Becker.

Na zona sul, a Casa de Cultura Hip Hop Sul, o Centro Cultural do Grajaú, o Centro de Culturas Negras do Jabaquara e Centro Cultural São Paulo serão as sedes. Além da variedade cultural, os ambientes receberão nomes consagrados da cena musical como Negra Li, Edi Rock, MV Bill, Thaíde, Emicida e Liniker e os Caramelows.

Para marcar o início do mês da Consciência Negra, a 12° Caminhada dos Terreiros desfilou nesta quinta-feira (1º) pelas ruas do Recife pedindo o fim da intolerância. Considerada a maior mobilização da cultura africana e afro-indígena do estado, o evento reuniu centenas de pessoas no Marco Zero, no bairro do Recife, no Centro da cidade. A manifestação é organizada pela Associação Caminhada dos Terreiros de Pernambuco.

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Integrantes de religiões de matriz africana fizeram orações, danças, cultos e cânticos e pediram respeito ao culto dos orixás, caboclos e demais entidades veneradas pelos povos de terreiro. “Nossa luta é pela quebra do racismo e discriminação religiosa, além de efetivar a promoção da igualdade social, nos ajudando a desenvolver um diálogo intra religioso. Essa é uma caminhada para além da população negra, é para a sociedade pernambucana”, afirma Marta Almeida, integrante do Conselho de Igualdade Racial do Estado.

Praticantes de religiões como a umbanda e o candomblé participaram do evento. Membros da Igreja Católica também participaram da celebração. “Viemos aqui manifestar o nosso respeito às autoridades religiosas de matriz afro. Essa caminhada é também de resistência, de combate à intolerância religiosa e ao preconceito racial. Nossa fé não nos torna inimigos, pelo contrário, nos une como irmãos através do amor, disse Frei Carlos.

Por Tamires Melo

Promovido pela cantora Adriana B, em continuidade ao "Natal do Bem com a Mesa Cheia", o Show do Bem irá homenagear o mês da Consciência Negra, no próximo domingo (27), no Marco Zero. A campanha arrecada alimentos não perecíveis e a entrada é gratuita.

Além de Adriana B, o público irá contar com shows dos artistas Thiago Kehrle e Leide do Banjo. O Maracatu Raízes do Rubem, da comunidade de Cajueiro Seco e do grupo de capoeira Lua de São Jorge, da comunidade de Tabajara, também irão se apresentar. Haverá também a Feirinha do Bem, no segundo quarteirão da Avenida Rio Branco, no Marco Zero, das 9h às 17h, com venda de produtos institucionais e artesanais de entidades filantrópicas.

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O Show do Bem acontece todos os últimos domingos de cada mês no Marco Zero. A festa conta com a estrutura de palco do Recife Antigo de Coração, evento realizado pela Secretaria de Turismo do Recife e o apoio da plataforma digital Transforma Recife, que faz o cadastro dos cidadãos que quiserem ser voluntários e de instituições beneficentes pelo site www.transformarecife.com.br.

Em celebração ao dia da Consciência Negra, que se comemora no dia 20 deste mês, o Movimento Negro Unificado, em parceria com a Prefeitura do Recife, irá exaltar a cultura, religiosidade e raça do povo negro, com atividades durante todo o mês no projeto Terça Negra.

A programação será iniciada nesta terça-feira (8), às 20h, no Pátio de São Pedro, área central do Recife, e conta com atrações como Maracatu Almirante do Forte, Coco das Estrelas, hip hop da Reflexo Aberto e outras mais. Nos dias 22 e 29 de novembro, o evento também contará com celebrações.

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As atrações são gratuitas e voltadas ao público em geral. Confira a programação completa:

8/11

20h – Reflexo Aberto (hip hop)

21h – Maracatu Almirante do Forte

22h – Coco das Estrelas

23 – Afoxé Omin Sabá

22/11

20h – Maracatu Leão da Campina

21h – Afoxé Ilê de Egbá

22h – Maracatu Porto Rico

23h – Afoxé Omô Bá Dê

29/11

20h – Raízes de Quilombo

21h – Coco do Santiago

22h – Afoxé Alafim Oyó

23h – Os Filhos de Dona Maria (Brasília- DF) ¨Samba¨

Serviço

Mês da Consciência Negra-Projeto Terça Negra

Terças de novembro | 20h

Pátio de São Pedro- Santo Antônio, Recife

Gratuito

A Secretaria da Mulher dá continuidade à série de palestras sobre o racismo, dirigidas aos profissionais e às mães das crianças atendidas em seis creches municipais. O próximo encontro será nesta sexta-feira (30), na creche Lar Fabiano de Cristo, na Várzea. A ação faz parte da programação de novembro, o Mês da Consciência Negra, e acontece sempre das 8h30 Às 10h30. 

“Essas palestras reafirmam o compromisso da gestão de fortalecer e efetivar o Programa de Combate ao Racismo Institucional, especialmente nos espaços educativos que estão diretamente ligados com a população”, disse a gerente de Gênero com Igualdade Racial da Secretaria Especial da Mulher, Alzenide Simões.

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Na próxima segunda-feira (3), o evento acontecerá na creche São João, situada no Alto do Mandú e na terça-feira (04), na creche Futuro do Amanhã, em San Martin. As atividades serão encerrada na quarta-feira (5), na creche Vovô Arthur, localizada na comunidade do Coque.

 

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