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O assessor especial do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, Vijay Nambiar, chegou ao conflituoso oeste de Mianmar nesta quarta-feira, após um surto de violência religiosa na região que deixou dezenas de mortos e vem causando uma crescente preocupação internacional.

Nambiar voou para a capital do Estado rebelde de Rakhine, que foi abalada por tumultos e incêndios criminosos, levando o governo a declarar estado de emergência.

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Mais tarde, ele deverá visitar Maungdaw, na fronteira com Bangladesh, onde a última onda de agitação teve início na sexta-feira. "Estamos aqui para observar e avaliar de que maneira podemos continuar com nosso apoio ao Estado de Rakhine, disse o coordenar humanitário residente da ONU, Ashok Nigam.

A ONU retirou a maioria de seu pessoal estrangeiro de Maungdaw, que é a sua principal base no Estado, e que tem uma grande população de apátridas muçulmanos, da minoria Rohingya. Cerca de 25 pessoas foram mortas e 41 ficaram feridas em cinco dias de conflitos, disse um funcionário. As informações são da Dow Jones.

Cerca de 25 pessoas foram mortas e muitas ficaram feridas em cinco dias de violência sectária no oeste de Mianmar, informou uma graduado funcionário do governo.

"Cerca de 25 pessoas foram mortas durante os confrontos", disse a fonte, pedindo anonimato, sem fornecer detalhes sobre como as mortes ocorreram ou se eram budistas ou muçulmanos. Outras 41 pessoas ficaram feridas. Segundo a contagem oficial, sete pessoas morreram desde sexta-feira.

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Um ciclo de ataques, aparentemente retaliatórios, vem ocorrendo no oeste de Mianmar, após o recente estupro de uma mulher budista, supostamente por três muçulmanos.

Em resposta, um grupo de budistas espancou até a morte dez muçulmanos no dia 3 de junho - mortes que não foram incluídas na contagem do funcionário do governo.

Desde então, centenas de casas foram incendiadas, o que obrigou tanto budistas quanto muçulmanos a buscar refúgio em outros lugares. Organizações de Direitos Humanos temem que o número de mortos seja maior do que o apresentado pelas autoridades.

Em outro caso, a polícia de Bangladesh disse que um muçulmano morreu num hospital nesta terça-feira, após ter sido baleado, supostamente, por integrantes das forças de segurança de Mianmar, antes de cruzar a fronteira. As informações são da Dow Jones.

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta segunda-feira que começou a evacuar o pessoal de sua base localizada no oeste de Mianmar - região de violentos confrontos entre muçulmanos e budistas. Ashok Nigam, coordenador humanitário da ONU e residente em Yangon, disse que cerca de 44 trabalhadores e suas famílias estão deixando Maungdaw, no conturbado Estado de Rakhine, que faz fronteira com Bangladesh.

A maioria dos integrantes estrangeiros deixará a região, explicou o coordenador. "Mas o pessoal local, com base em Maungdaw, ainda ficará por lá", afirmou, acrescentando que a medida era "temporária" e que foi tomada "por causa da insegurança." A violência dos confrontos fez o governo de Mianmar declarar, no domingo, estado de emergência em Rakhine. As informações são da Dow Jones.

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O presidente de Mianmar, Thein Sein, declarou, neste domingo, estado de emergência no estado de Rajin, onde tensões entre budistas e muçulmanos levaram a confrontos e mortes. O discurso de Sein foi televisionado para todo o país. O estado de emergência permite que os militares tenham funções administrativas na área afetada.

A declaração do estado de emergência foi feita depois de confrontos registrados na sexta-feira que deixou sete mortos e 17 feridos. Centenas de casas foram queimadas, com a violência se estendendo para sábado e domingo.

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O presidente pediu para que as pessoas, os membros religiosos, os partidos políticos e a sociedade civil se unam para que o governo mantenha a lei no país. As informações são da Associated Press.

O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, se reuniu nesta segunda-feira com o presidente de Mianmar, Thein Sein, numa visita histórica para impulsionar o comércio e assegurar o abastecimento de energia, enquanto contesta a forte influência regional da rival China.

Singh é o primeiro líder indiano a visitar Mianmar nos últimos 25 anos. Ele foi saudado por uma guarda de honra e se encontrou com Sein na capital Naypyidaw.

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Sob o aspecto energético, a Índia está interessada em uma série de acordos com o país vizinho, rico em recursos, numa tentativa de promover laços mais estreitos com Mianmar, após reformas dramáticas ocorridas no país, que puseram fim a seu isolamento internacional. Singh e Thein apertaram as mãos e posaram para fotos com ministros de Mianmar. Em seguida, as negociações tiveram início.

O premiê indiano viajará para a cidade principal de Yangon a fim de conversar com a líder da oposição, Aung San Suu Kyi, na terça-feira, em um movimento visto como um sinal de que a Índia quer reparar laços com a veterana ativista. As informações são da Dow Jones.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nomeou nesta quinta-feira Derek Mitchell como o primeiro embaixador dos EUA em Mianmar (antiga Birmânia), em um passo que representa a restauração das relações diplomáticas completas entre os dois países após mais de 20 anos. Obama fez o anúncio após abrandar restrições a investimentos em Mianmar, mas ao manter sanções mais amplas contra ex-integrantes da junta militar que governava o país asiático, informa a Agência France Presse (AFP). Mianmar iniciou a transição para um regime democrático no ano passado.

A nomeação de Mitchell ainda precisa ser ratificada pelo Senado dos EUA. Apesar da nomeação de um embaixador e da retirada de algumas sanções econômicas, os EUA mantiveram parte das sanções ao governo, ao descreverem o processo democrático em Mianmar como "nascente". A retirada de parte dos embargos a Mianmar se deveu à pressão das corporações norte-americanas de petróleo e gás natural, que planejam operar no país asiático. Essas corporações temem ser ultrapassadas por suas congêneres europeias, uma vez que a União Europeia (UE) retirou antes os embargos a Mianmar.

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"Nós retiraremos a proibição a alguns tipos de investimentos nos serviços financeiros e restrições a que empresários façam negócios em Mianmar", disse um funcionário do governo americano sob anonimato. Segundo ele, a Casa Branca deverá aconselhar as empresas dos EUA onde e em quais setores deverão investir em Mianmar.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A líder oposicionista e Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, que na semana passada assumiu uma vaga no Parlamento de Mianmar, recebeu nesta terça-feira seu primeiro passaporte em 24 anos. Suu Kyi pretende viajar para a Noruega e Grã-Bretanha.

Suu Kyi pediu o passaporte, válido por três anos, após as reformas políticas que permitiram sua eleição ao Parlamento. No ano passado, a junta militar que comandou Mianmar por quase meio século transferiu o poder para um civil eleito, dando início a um processo de transição democrática. A Liga Nacional pela Democracia, partido de Suu Kyi, conquistou 43 assentos nas eleições do mês passado.

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Su Kyi, de 66 anos, não sai de Mianmar desde 1988, quando retornou ao país para cuidar da mãe doente. Ela chegou a ficar 15 anos sob prisão domiciliar depois de se tornar líder do movimento pró-democracia birmanês.

 

Pena de morte

 

Um tribunal de Mianmar condenou hoje à pena de morte Phyo Wai Aung, de 33 anos, por envolvimento em um atentado a bomba que deixou dez mortos e 170 feridos durante um festival no país em 2010.

O caso, ocorrido em abril daquele ano, foi um dos mais graves ataques terroristas já ocorridos em Mianmar.

O advogado de Phyo Wai Aung disse que recorrerá da decisão. Mianmar não executa criminosos há pelo menos 24 anos. As informações são da Associated Press.

Pela primeira vez em 24 anos, a líder da oposição em Mianmar, Ann San Suki, vai viajar pra fora do país. Em junho ela deverá visitar os países da Noruega e Grã-Bretanha.

Suki passou parte dos seus 66 anos de vida em prisão domiciliar, sob o governo da junta militar. No período em que esteve solta, se recusou a deixar o país com medo de ser impedida de voltar.

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A líder oposicionista se elegeu deputada no início do mês graças a uma série de reformas feitas pelo novo governo civil, que é apoiado pelos generais. As reformas também levaram as potências ocidentais a relaxarem as sanções impostas à Mianmar.

A União Europeia (UE) vai suspender a maioria de suas sanções a Mianmar por um ano, enquanto avalia a transição do país à democracia, autoridades europeias disseram nesta quinta-feira.

A decisão só será formalizada na segunda, 23, quando os ministros das Relações Exteriores dos 27 países da UE vão se reunir em Luxemburgo, afirmaram os oficiais, que preferiram não se identificar.

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As sanções ficarão suspensas por 12 meses, com a possibilidade de uma revisão no meio do período. O embargo atual atinge mais de 800 empresas e quase 500 pessoas e afeta também parte da cooperação para o desenvolvimento de Mianmar. A UE, no entanto, vai manter a proibição a armas e equipamentos que possam ser usados para a repressão de oposicionistas.

Mianmar, que por décadas viveu sob uma ditadura, está atravessando um notável período de transição. No ano passado, a junta militar que comandou o país por quase meio século transferiu o poder a um novo governo que tem feito uma série de reformas elogiadas, incluindo a retomada do diálogo com a líder da oposição, Aung San Suu Kyi, e a permissão para que ela concorresse ao Parlamento, onde conquistou um assento.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, visitou Mianmar na semana passada, na primeira viagem de um líder de um país ocidental estratégico à nação asiática desde o fim da ditadura militar. A chefe de política exterior da UE, Catherine Ashton, pretende viajar a Mianmar no fim do mês. As informações são da Associated Press.

O primeiro ministro britânico, David Cameron, ofereceu ajuda à Indonésia para se recuperar dos danos provocados pelos terremotos que atingiram o litoral do país, onde cinco pessoas morreram.

O chefe do governo britânico aproveitou a visita ao país para elogiar sua democracia, e pediu que outras nações mulçumanas sigam o exemplo. Cameron disse que a Grã Bretanha pode diminuir as sanções contra Mianmar, para onde segue nesta sexta-feira.

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No discurso em uma universidade, ele falou da importância de separar islamismo de extremismo. Lembrou ainda que a religião é seguida por mais de um bilhão de pessoas, mas que o extremismo é adotado por poucos.

O premier também disse que a Indonésia é um exemplo de que a religião é compatível com o modelo político democrático e finalizou seu discurso falando da situação da Síria, em que afirmou que governos como o do ditador Bashar Al-Assad ameaçam a população e podem provocar uma sangrenta guerra civil.

Simpatizantes da líder de oposição Aung San Suu Kyi comemoraram com euforia o anúncio feito neste domingo por seu partido de que havia conseguido um assento no Parlamento após histórica eleição em Mianmar. A vitória, se confirmada, dará a Suu Kyi um cargo público pela primeira vez, representando um marco na Nação do sudeste asiático, que os militares controlam quase que exclusivamente por meio século e onde o novo governo reformado pretende obter legitimidade e o apoio do Ocidente.

Sua vitória representará também um prêmio em sua carreira política e uma reviravolta espetacular no destino da ganhadora do prêmio Nobel da Paz, que a junta militar manteve presa em casa por cerca de duas décadas.

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A vitória foi anunciada em um placar digital sobre a sede da Liga Nacional pela Democracia, na cidade de Yangon, principal de Mianmar, onde mais de mil pessoas se reuniam. "Vencemos, vencemos", diziam os simpatizantes, ao mesmo tempo em que batiam palmas, dançavam e balançavam as bandeiras vermelhas do partido. O resultado tem de ser confirmado pela comissão oficial eleitoral, declaração que pode demorar alguns dias.

A Liga Nacional pela Democracia denunciou várias irregularidades durante a votação. Segundo o porta-voz do partido, Nyan Win, até o meio dia o partido já havia feito registro de mais de 50 irregularidades para a Comissão Eleitoral. Entre as acusações constava a de cédulas que haviam sido enceradas para dificultar que o papel fosse assinalado e da falta do selo da Comissão Eleitoral em cédulas, o que as fazem com que sejam consideradas inválidos.

As eleições deste domingo são para preencher apenas 45 assentos que estavam vagos no Parlamento Nacional de 664 cadeiras e não devem mudar o poder do atual governo, que ainda é fortemente controlado por generais aposentados. Suu Kyi e outros candidatos da oposição não terão voz de decisão no Parlamento. Mesmo assim, trazem esperança as massas de Mianmar, que cresceram sob o comando dos militares. A vitória de Suu Kyi deve também simbolizar um grande avanço em direção à reconciliação nacional. As informações são da Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira que enviará a secretária de Estado, Hillary Clinton, a Mianmar (antiga Birmânia) no próximo mês, na primeira visita de um secretário de Estado americano ao país asiático em mais de 50 anos. Algumas horas após a declaração de Obama, a Liga Nacional pela Democracia, de Mianmar, se registrou como partido político. A Liga Nacional é o partido da ativista Aung San Suu Kyi, prêmio Nobel da Paz e que ficou vários anos presa pela junta militar que governava o país.

"Após anos de escuridão, nós vemos centelhas de progresso", disse Obama a respeito de Mianmar, informou o Wall Street Journal. Ele falou em Bali, na Indonésia, onde nesta semana os governantes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) disseram que Mianmar chefiará o bloco de dez países em 2014. O presidente de Mianmar, Thein Sein, participou da cúpula.

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Obama tomou a decisão de enviar Hillary a Mianmar após falar pelo telefone com a ativista Suu Kyi, a bordo do avião presidencial Air Force One, quando voltava para a Austrália. A ativista reportou ao presidente dos EUA a situação política atual de Mianmar e disse que uma visita da secretária de Estado seria bem-vinda.

As informações são da Dow Jones.

A Fifa anunciou nesta segunda-feira que a seleção de Mianmar poderá disputar as Eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo de 2018, que acontecerá na Rússia. O país havia sido excluído no final de setembro por conta da violência de seus torcedores em uma partida diante de Omã, em julho.

Apesar do retorno, a entidade máxima do futebol mundial ordenou que a seleção dispute todas as partidas com seu mando em um país neutro. A federação de Mianmar ainda terá de pagar uma multa de 25 mil francos suíços (cerca de R$ 49 mil).

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A equipe havia sido desqualificada por conta da atitude de seus torcedores, que fizeram com que o confronto com Omã, válido pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, fosse interrompido ainda no primeiro tempo.

Garrafas de água e pedras foram atacados para dentro de campo, o que fez com que o árbitro da partida a encerrasse. Omã, que já havia vencido a partida de ida por 2 a 0, estava vencendo pelo mesmo placar, que foi mantido. Assim, a seleção avançou na disputa com o placar agregado de 4 a 0, enquanto Mianmar foi eliminada.

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