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Escolhida pela Fifa para sediar a partida de abertura da Copa do Mundo de 2014 no futuro estádio do Corinthians em Itaquera, a cidade de São Paulo não foi selecionada para a Copa das Confederações, em 2013, mas ainda não desistiu de receber o torneio, de acordo com Marco Polo del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF). Nesta terça-feira, o dirigente defendeu a realização de partidas do torneio em São Paulo, no Estádio do Morumbi.

"Já falei com o Geraldo Alckmin (governador de São Paulo) e o (Gilberto) Kassab (prefeito de São Paulo) e estamos pleiteando o Morumbi e o Pacaembu como possíveis sedes da Copa das Confederações. O Morumbi é a melhor opção por ser maior", disse o dirigente, durante o lançamento da bola e do uniforme dos árbitros para o Campeonato Paulista de 2012.

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Em outubro, a Fifa anunciou Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e Rio de Janeiro como sedes da Copa das Confederações de 2013. Além disso, explicou que Recife e Salvador dependem da conclusão dos estádios para receber a competição. Assim, as chances de São Paulo receber algum jogo do torneio são remotas, apesar do desejo de Marco Polo del Nero.

O dirigente, porém, revelou já ter conversado com Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, sobre a possibilidade do Morumbi ser usado na Copa das Confederações.

"A Arena Palestra, se estiver pronta, também é uma opção. Mas o número 1 é o Morumbi. Tive uma rápida conversa com o Juvenal e ele gostou da ideia".

Para Marco Polo del Nero, São Paulo não pode ficar fora da Copa das Confederações por conta da sua estrutura. "Temos que mostrar para Fifa o que temos e como será na Copa. Temos a melhor rede hoteleira e de transporte. A melhor forma de mostrar isso é na Copa das Confederações", disse.

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva se isentou de responsabilidade pela exclusão do estádio do Morumbi, de propriedade do São Paulo Futebol Clube, da Copa do Mundo de 2014. Em breve discurso, durante a festa de comemoração dos 101 anos do Corinthians, no canteiro de obras do futuro estádio do clube, em Itaquera, zona leste de São Paulo, Lula disse que só poderiam responder pela exclusão do Morumbi como sede de jogos da Copa o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira e o presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter.

"Não sei por que (o estádio do Morumbi foi excluído). Só quem pode responder é o Juvenal, o presidente da Fifa ou o presidente da CBF. Eu não sei por que não quiseram", afirmou Lula. "Nós, graças da Deus, arrumamos um grupo de empresários que assinou um contrato agora e finalmente, além de ter o estádio, ele também receberá a abertura da Copa do Mundo de 2014."

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Lula fez questão de dizer que visitou o Morumbi acompanhado do então governador de São Paulo José Serra, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, quando o estádio ainda era a opção de São Paulo para receber a Copa do Mundo. Segundo ele, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, também acompanhou a visita na época. "O Andrés estava junto, porque nós achávamos que o Morumbi seria o estádio da Copa do Mundo. E a gente já estava decidido a trabalhar pela construção do estádio do Corinthians", afirmou.

Na opinião de Lula, não foi o Corinthians que se intrometeu no imbróglio para receber a Copa. "Não foram poucas as vezes em que a gente conversou sobre a necessidade de o Corinthians ter um estádio, independentemente da Copa do Mundo", disse. "A Copa do Mundo é que entrou na história do estádio do Corinthians. Não foi o Corinthians que entrou na história da Copa do Mundo".

Durante seu discurso, Lula fez questão de agradecer ao presidente do conselho de administração da Odebrecht, Emílio Odebrecht, e ao presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, pela decisão de iniciar a construção do estádio antes mesmo da assinatura do contrato entre o clube a construtora, o que aconteceu há pouco. "Foram duas pessoas que começaram a construir esta obra, ainda sem o contrato assinado. Eles já estão trabalhando há 90 dias e o contrato só foi assinado hoje."

Lula aproveitou a oportunidade para cobrar da imprensa e do Corinthians que fiscalizem o andamento da obra, para que ela avance da melhor forma possível e com o preço mais justo possível. "Nós precisamos provar que o Corinthians é um time de pobre, mas é um time de dignidade e de gente trabalhadora", disse o ex-presidente.

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