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Após o Parlamento da Turquia aprovar a prorrogação por mais três meses do estado de emergência no país, a Justiça confirmou a prisão de seis ativistas dos direitos humanos, incluindo a líder da ONG Anistia Internacional turca, Idil Eser, nesta terça-feira (18).

Nessa segunda-feira (17), os parlamentares aprovaram a extensão da medida que amplia os poderes do governo e do judiciário pela quarta vez desde a fracassada tentativa de golpe de Estado contra o presidente Recep Tayyip Erdogan.

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Desde quando foi introduzida, mais de 50 mil pessoas foram presas e outras 110 mil foram demitidas ou suspensas de diversos departamentos da administração pública por supostamente ajudarem no golpe ou apoiarem os "terroristas" da rede do clérigo Fethullah Gullen, que para Erdogan, organizou o movimento.

A acusação é semelhante àquela que os ativistas respondem. Segundo um tribunal de Istambul, os seis "cometeram atos em nome de uma organização terrorista sem serem membros" do suposto grupo. Outros quatro que haviam sido presos no mesmo dia foram liberados, mas expulsos do país.

Para a Anistia Internacional, a manutenção das prisões de sua líder local e dos demais ativistas é um "duro golpe contra os direitos na Turquia". A ONG ainda aponta a falta de lógica nas detenções, já que os ativistas "são acusados de ligações com organizações terroristas não ligadas e opostas".

"Não é uma investigação legítima, mas uma caça às bruxas motivada politicamente e que traça um futuro assustador para os direitos na Turquia. Hoje nós descobrimos que defender os direitos humanos é um crime na Turquia. É um momento de verdade para a Turquia e para a comunidade internacional", disse o diretor-geral da AI, Salil Shetty. 

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