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O primeiro Festival Brasil É Terra Indígena começa nesta quarta-feira (13) em um complexo cultural montado na esplanada do Museu Nacional da República, região central da capital federal.

Com entrada franca, o evento, que vai até quinta-feira (14), pretende mostrar a diversidade de pensamento e estética dos mais de 300 povos indígenas do Brasil. Um dos destaques é a Feira de Arte dos Povos Indígenas, que reúne trabalhos de cerca de 80 artistas dos seis biomas do território brasileiro. 

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A Feira de Arte dos Povos Indígenas, aberta nos dois dias de festival, funcionará das 9h às 20h. Entre as etnias presentes estarão os povos Yanomami, Macuxi, Terena, Baré, Ashaninka, Kadiwéu, Guarani, Guajajara, Tremembé, Wauja e Mehinaku.

“A ideia é retratar a diversidade de belezas da arte ligada à ancestralidade e apresentar a riqueza dos saberes de convivência e proteção desses biomas, porque a relação da arte indígena está muito conectada ao bioma, na relação que se estabelece ao viver completamente integrado na sabedoria da relação com a natureza”, disse o curador da mostra, arquiteto Marcelo Rosenbaum. 

Em paralelo, ocorrerão debates e rodas de conversa no Espaço Tecnologia e Ancestralidade, montado no auditório do museu. Ao todo, 35 palestrantes falarão sobre temas como comunicação indígena e suas narrativas, economia ancestral e criativa, com moda e música, e crise climática.

Música

O festival inclui ainda uma programação de shows com artistas indígenas, com nomes como Djuena Tikuna, Kaê Guajajara, Siba Puri, DJ Rapha Anacé, Tainara Takua, Gean Pankararu, Heloisa Araújo Tukue, Brisa Flow, DJ Eric Terena, MC Anarandá, Katú Mirim, Edvan Fulni-ô, Suraras do Tapajós, LaManxi, Brô MC’s e Grandão Vaqueiro. 

Outros artistas consagrados da cena musical brasileira, como Lenine, Gaby Amarantos e Felipe Cordeiro participam como convidados dos músicos indígenas. Os Bro Mc’s convidam o rapper Xamã ao palco. Gaby Amarantos e Felipe Cordeiro são os convidados do show das Suraras do Tapajós. Gean Pankararu leva para a sua apresentação o cantor Lenine. Já Mariene de Castro participa do show da cantora Djuena Tikuna.

Organizado pela rede Mídia Indígena, o festival tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, articulação do Centro Cultural Vale Maranhão e apoio dos ministérios da Cultura e  dos Povos Indígenas.

 

Entre aquarelas e gravuras, a exposição Asger Jorn – Um Desafio à luz, aberta à visitação no Museu Nacional da República, em Brasília, destaca a obra de um artista que foi além da pintura e se aventurou na escultura e tapeçaria, tendo a luz e escolha de cores como um toque especial e pessoal. A mostra é composta por 48 desenhos/colagens e aquarelas, além de 53 gravuras, somando 101 trabalhos sobre o papel do Museu Jorn, na Dinamarca, e três pinturas de coleções particulares.

De acordo com o curador da exposição, Jacob Thage, o integrantes do Grupo CoBrA (1948-1951) notabilizou-se por uma produção vasta, que vai do desenho à cerâmica. “Em todas as suas obras, Jorn baseia-se em uma iconografia pessoal, um universo que trata de estética, ciências sociais, política, história, filosofia e vida privada”, explicou o curador. O título da mostra foi extraído do prefácio de um livro de René Renne e Claude Serbanne sobre os desenhos de Jorn, publicado em 1947.

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Entre as obras estão os desenhos feitos por Jorn entre 1937 e 1973, época em que o artista se apropriou do surrealismo, durante o período em que esteve em Paris estudando com Fernand Léger.  As descolagens do artista também integram a mostra. As obras foram criadas quando ele arrancou lâminas dos cartazes que costumavam ser colados uns sobre os outros em colunas (maioria produzida em 1964).

O trabalho gráfico explora várias técnicas: linoleogravura, gravura, litografia e xilogravura, entre outras. “A gráfica tem para mim um papel importante, pelo fato de poder esgotar todas as possibilidades de expressão existentes em cada técnica – gravura, ponta-seca, água-forte, litografia, xilogravura e assim por diante –, levá-las até o limite”, declarava o artista. Segundo Thage, Jorn soube explorar as múltiplas possibilidades de técnicas gráficas.  “A coleção completa de obras gráficas, desde os primeiros retratos um pouco ingênuos de membros da família em cortes de linóleo, até as últimas xilogravuras, de beleza quase cintilante, produzidas por volta de 1970, apresentam uma gama cromática extremamente rica e transições fantásticas”, frisou.

A exposição permanece no Museu Nacional da República até o dia 17 de fevereiro. O horário de visitação é de terça a domingo, das 9h às 18h30. A entrada é franca.

Com informações da Agência Brasília.

Será aberta nesta sexta-feira (4) à visitação pública a mostra "Na Sala Escura da Tortura", parte do projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Inaugurada ontem (3) à noite no Museu Nacional da República, a exposição é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Cultura do Distrito Federal, a Universidade de Brasília (UnB) e a Câmara dos Deputados.

As sete telas inspiradas nos relatos de Frei Tito durante seu exílio na França ficam expostas no Museu Nacional da República até 20 de novembro. Os quadros, que pertencem ao acervo do Instituto Frei Tito de Alencar, foram pintados a óleo pelos artistas Julio Le Parc, Gontran Guanaes Netto, Alejandro Marcos e José Gamarra.

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Apresentada originalmente em 1973 no Museu de Arte Moderna de Paris, a exposição denuncia a tortura. Frei Tito foi preso por participar do congresso clandestino da União Nacional dos Estudantes em Ibiúna, em 1968. Fichado pela polícia, tornou-se alvo de perseguição da ditadura militar.

 

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