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Mesmo sem a presença dos seus principais judocas, o Brasil dominou a Copa Pan-Americana de El Salvador, realizada neste fim de semana em San Salvador. Na noite de domingo, último dia de competições, os lutadores do País conquistaram duas medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze.

Com esse desempenho, o Brasil subiu ao pódio em todas as categorias que disputou e encerrou a sua participação em El Salvador com 14 medalhas, sendo sete de ouro, três de prata e quatro de bronze, em primeiro lugar na classificação geral. A Grã-Bretanha, segunda colocada, faturou dois ouros e ficou com apenas seis medalhas no total.

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No domingo, a final da categoria meio-pesado (100kg) foi brasileira. Rafael Buzacarini superou Hugo Pessanha e faturou a medalha de ouro após ter sido bronze no Grand Prix de Miami. Pessanha, que ficou quase um ano afastado do judô por causa de uma lesão no joelho, ganhou a terceira prata nas três competições que participou desde o seu retorno.

Eduardo Santos (90kg) conquistou a outra medalha de ouro do Brasil no domingo na Copa Pan-Americana. Entre os pesados (+100kg), Walter Santos faturou a prata e Daniel Hernandes ficou com o bronze. Bárbara Timo (70kg) garantiu a medalha de prata e Mauro Moura (81kg) foi bronze, repetindo o resultado do Grand Prix de Miami na semana passada.

No sábado, Nathália Brigida (48kg), Raquel Silva (52kg), Flávia Gomes (57kg), Eric Takabatake (60kg) e Charles Chibana (66kg) faturaram a medalha de ouro. Mariana Silva (63kg) e Leandro Cunha (66kg) conquistaram o bronze. Os campeões em San Salvador somaram 100 pontos para o ranking mundial, enquanto os medalhistas de prata ganharam 60 e quem faturou bronze garantiu 40.

A comissão técnica da seleção brasileira de judô fez um balanço positivo da participação na Copa Pan-Americana. "Fomos para San Salvador com uma equipe com muitos atletas jovens e com alguns mais experientes, voltando de lesão como é o caso da Mariana Silva, Hugo Pessanha e Daniel Hernandes. E todos fizeram o dever de casa. A competição não teve um nível muito alto mas conseguimos medalhas em todas as categorias que disputamos e isso é muito positivo. Tenho certeza que todos saem mais confiantes para as próximas competições", analisou Ney Wilson, gestor técnico das equipes adultas.

O Brasil encerrou a sua participação no Campeonato Pan-Americano de Judô com a conquista de mais duas medalhas em San José, na Costa Rica. Após faturar oito ouros, duas pratas e seis bronzes na competição individual, os lutadores foram campeões na disputa por equipes masculinas e bronze no torneio de equipes femininas.

Com um time formado por Luiz Revite, Charles Chibana, Victor Penalber, Tiago Camilo e Rafael Silva, a equipe brasileira venceu o Canadá por 5 a 0 na final, com cinco ippons por projeção. Antes disso, passou por Cuba (3 a 2), Argentina (5 a 0) e República Dominicana (5 a 0). O bronze ficou com Cuba e Venezuela.

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"A equipe masculina foi impecável. Tivemos a superação com o Tiago que descontou a derrota no individual para o Asley Gonzalez. E conseguimos também a afirmação com o Penalber e o Revite que decidiram duas vezes com o mesmo adversário e venceram nas duas", disse Ney Wilson, gestor técnico das equipes adultas do Brasil.

Já Érika Miranda, Ketleyn Quadros, Rafaela Silva, Maria Portela e Rochele Nunes conquistaram apenas a medalha de bronze na disputa feminina. A equipe brasileira passou por Guatemala (5 a 0) e Cuba (4 a 1), mas perdeu para os Estados Unidos (3 a 2) nas semifinais. Na disputa do bronze, as brasileiras superaram as colombianas (3 a 2). O título ficou com as norte-americanas, que superaram as mexicanas na decisão. Cuba também conquistou a medalha de bronze.

Ney Wilson reconheceu que o resultado do torneio por equipes feminino foi decepcionante. "No feminino, acredito que nós falhamos, deixamos escapar uma boa oportunidade de ser campeão. Creio que as meninas relaxaram um pouco depois de passar por Cuba e acabaram não encarando os Estados Unidos como deveriam. Além disso, tivemos alguns acidentes contra as americanas como a dor que Érika sentiu na costela e o problema com o braço da Rafaela que acabaram comprometendo o resultado. Fica um grande aprendizado", disse.

Os dois países mais bem colocados no Pan-Americano garantiam uma vaga no Mundial por Equipes que será disputado junto com o Individual no Rio de Janeiro, a partir do dia 26 de agosto. Como país-sede, o Brasil já estava classificado para a competição e usou torneio por equipes como preparação para o Mundial, que terá o mesmo formato de disputa.

"Acredito que independentemente de termos a vaga garantida ou não, para nós era importante participar até porque tradicionalmente já disputamos o Pan-Americano por equipes. Além disso, foi bom para os atletas poderem vivenciar a experiência de trabalhar em equipe. Foi um treinamento de luxo para o Campeonato Mundial", analisou Ney Wilson.

Os judocas brasileiros voltam a competir nos dias 4 e 5 de maio, quando será realizado o Grand Slam de Baku. O País vai ser representado por Diego Santos (60kg), Leandro Cunha (66kg), Marcelo Contini (73kg), Felipe Costa (81kg), Nacif Elias (90kg), Rafael Buzacarini (100kg), Walter Santos (+100kg), David Moura (+100kg), Eleudis Valentim (52kg), Mariana Barros (63kg), Nádia Merli (70kg), Maria Suelen Altheman (+78kg) e Claudirene Cézar (+78kg).

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