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A reunião que vai oficializar a criação de um partido para viabilizar a candidatura da ex-senadora Marina Silva à Presidência da República já tem data marcada: dia 16 de fevereiro, em Brasília. A informação foi dada na segunda-feira (21) pela própria Marina, em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre.

Nesta terça-feira (22), no entanto, ela se reúne com apoiadores em São Paulo para continuar a discussão sobre o assunto. No encontro, promovido pelo Movimento por uma Nova Política, devem ser apresentados os nomes mais votados em uma enquete virtual para batizar a nova legenda. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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Funcionários da Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo estão recolhendo assinaturas no horário de expediente para fundar o Partido Solidariedade, nova legenda articulada nos bastidores pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical.

O parlamentar controla a pasta do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Ele indicou para o posto de secretário o sindicalista Carlos Ortiz, que nomeou filiados do PDT, partido de Paulinho, para cargos estratégicos, como chefia de gabinete, coordenadorias de programas e diretorias regionais.

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Na última semana, o jornal O Estado de S. Paulo recebeu denúncias de que servidores estariam sendo abordados pelos filiados do PDT na pasta nas dependências da secretaria para assinarem as fichas de apoio à criação do novo partido. O material estaria distribuído pelas mesas da pasta. Para ser criado, o Solidariedade precisa de 491 mil assinaturas de eleitores em pelo menos nove Estados. As assinaturas são submetidas aos Tribunais Regionais Eleitorais, analisadas pelo Ministério Público e enviadas ao Tribunal Superior Eleitoral, que concede o registro. Se o partido for criado até outubro deste ano, estará apto para disputar a eleição de 2014.

A reportagem esteve na secretaria e, ao questionar funcionários locais sobre a ficha de criação do Solidariedade, foi encaminhada à Coordenadoria de Políticas de Inserção no Mercado de Trabalho, cujo coordenador é Luciano Martins Lourenço, filiado ao PDT. No local, uma sala no 2.º andar da secretaria, uma funcionária da pasta forneceu cerca de 300 fichas de apoiamento ao Solidariedade, que estavam guardadas num armário. Servidores pegaram as fichas, recolheram assinaturas de amigos ou familiares e as preencheram com dados, como título de eleitor.

Além de Lourenço, outros dois filiados do PDT recolhem assinaturas: Helder Liberato Bovo, que foi nomeado em 2012 assistente técnico do órgão e que trabalha com Lourenço na coordenadoria, e Tadeu Morais de Souza, que é o atual chefe de gabinete do secretário.

O uso da máquina pública para fins partidários pode configurar improbidade administrativa. "O uso de uma estrutura pública é vedado para esses fins, recaindo a responsabilidade sobre o funcionário público ou chefe da repartição", explica o advogado Ricardo Vita Porto.

Em conflito com a atual direção do PDT, Paulinho começou a articular o Solidariedade. Para isso, chamou o advogado Marcílio Duarte Lima, especialista em criar novas legendas. É ele quem responde oficialmente pelo projeto, que já tem até estatuto - Paulinho tem dito que só decidirá sobre a entrada na legenda depois de o partido estar criado, mas é ele quem comanda as conversas políticas sobre o tema.

A corrida pelas assinaturas para fundar o Solidariedade tem a ajuda de sindicatos ligados à Força. "Estamos coletando as assinaturas para dar uma ajuda para o pessoal. Se vou entrar ou não, não sei. É uma questão futura", disse Cícero Martinha (PDT), presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (sem Partido), vai criar um novo partido no mês de fevereiro, quando os parlamentares estão voltando do recesso parlamentar. O plano da ambientalista é recolher 500 mil assinaturas, número necessário para a fundação de uma legenda. A sigla ainda não está definida, mas provavelmente surja a partir do Movimento Social Nova Política. 

Marina que se candidatou a presidente da República em 2010, tem conversado com outras lideranças políticas de vários partidos como é o caso da ex-senadora e atual vereadora da cidade de Maceió, Heloísa Helena (PSOL), que também disputou as eleições presidenciais. 

O senador Randolf Rodrigues (PSOL-AC), o deputado federal, Walter Feldman (PSDB-SP) e o deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), que teve sua candidatura a prefeito do Rio de Janeiro barrada por seu partido, foram consultados se trocariam de legenda. 

Marina Silva que assumiu o ministério do Meio Ambiente do governo Lula (PT), deixou o PT por causa de problemas ideológicos e se lançou a Presidência da República pelo PV conquistando cerca de 20% do eleitorado brasileiro.

O PSD (Partido Social Democrático), a ser criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, registrou até agora no Tribunal Regional Eleitoral paulista apenas 30 mil assinaturas de eleitores que apoiariam a formação da nova legenda. O Estado de São Paulo é o berço político do prefeito e onde se concentra o seu maior capital eleitoral.

Os advogados do prefeito entraram na Justiça Eleitoral com as assinaturas, certificadas em cartórios por todo o Estado, no último dia 25. Na terça-feira, o processo de criação da legenda foi publicado no Diário Oficial, abrindo o prazo de três dias para contestação.

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Kassab e aliados correm contra o tempo para conseguir o registro da sigla no Tribunal Superior Eleitoral antes de outubro. De acordo com a legislação brasileira, para concorrer a uma eleição, um novo partido precisa estar oficialmente registrado até um ano antes da disputa.

Até agora o PSD já enviou assinaturas certificadas em cartórios a tribunais de pelo menos oito Estados, totalizando cerca de 191 mil eleitores. Para ser criado, são necessárias 492 mil assinaturas, que devem ser colhidas em, pelo menos, nove Estados.

Os advogados do PSD disseram ontem que o número de 30 mil assinaturas é o mínimo que a Justiça determina que seja recolhido no Estado de São Paulo, e que eles pretendem apresentar mais nomes no decorrer dos próximos dias.

Entre os Tribunais Regionais Eleitorais que já receberam as listas do PSD estão Goiás, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Acre, Bahia, Paraná e Rondônia, além de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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