Tópicos | Olimpíadas 2021

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou, na manhã desta quarta-feira (1º), da solenidade de entrega da "Medalha Mérito Desportivo Militar", evento realizado no Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), no Rio de Janeiro, e que coroou medalhistas olímpicos deste ano. Após a entrega, o mandatário disse que uma guerra não se ganha com flores e "quem quer a paz" precisa "se preparar para a guerra".

"Com flores não se ganha guerra não, pessoal. Quando se fala em armamento, quem quer a paz, se prepare para a guerra", afirmou. A sequência veio após discurso feito no evento, celebrando a prática esportiva no país. Na mesma ocasião, ao entregar uma medalha especial para o boxeador Hebert Conceição, campeão olímpico Tóquio, ele se despediu dizendo: "enfia a porrada, guerreiro".

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Na cerimônia, Bolsonaro, que mais uma vez não utilizou máscaras contra o coronavírus, desobedecendo o que determinam as autoridades de sanitárias, ele coroou os boxeadores Hebert Conceição (medalha de ouro), Beatriz Ferreira (medalha de prata) e Abner Teixeira (medalha de bronze). Daniel Cargnin, que garantiu o bronze no judô, também marcou presença no evento e foi homenageado. Durante a entrega das medalhas, o presidente conversou rapidamente com cada um dos atletas, que bateram continência após a premiação.

Ao discursar para a plateia, Bolsonaro relembrou dois episódios envolvendo o seu período como atleta das Forças Armadas e disse que os medalhistas deram "orgulho" ao povo brasileiro.

As declarações, feitas em contexto aleatório à coroação, dão gás à tensão já existente sobre o que esperar dos protestos no próximo dia 7. No dia em que o Brasil comemora sua independência, grupos bolsonaristas devem ir às ruas, incentivados pelo próprio presidente da República, para manifestar “patriotismo’, pedir pelo fim do Supremo Tribunal Federal e das eleições via urna eletrônica, dentre outras pautas defendidas por grupos conservadores.

Ainda ontem (31), Bolsonaro usou um evento de inauguração de estação de tratamento de água em Uberlândia, Minas Gerais, para promover as manifestações do dia 7 setembro, dizendo que "nunca uma outra oportunidade será tão importante". O discurso do chefe do Executivo preocupa especialistas pelo teor autoritário e com alusões ao golpe de 1964.

A natação brasileira chegou, na manhã de hoje (28), à décima medalha na Paralimpíada de Tóquio (Japão), com a conquista do bronze no revezamento 4x100m livre misto S14 (atletas com deficiência intelectual).

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A princípio, a equipe formada por Ana Karolina Soares, Debora Carneiro, Felipe Vila Real e Gabriel Bandeira havia ficado em quarto, com o tempo de 3min51s23.

Após a prova, contudo, a equipe do Comitê Paralímpico Russo, que havia ficado em terceiro, foi eliminada, o que fez com que os brasileiros herdassem o bronze. A organização ainda não divulgou o motivo da punição.

A Grã-Bretanha quebrou o recorde mundial com a marca de 3min40s63 e faturou o ouro. A prata foi para a Austrália (3min46s38).

O Brasil garantiu também um novo recorde mundial dos 100m livre classe S14, com o tempo de 51s11 registrado por Gabriel Bandeira durante a sua vez no revezamento. A marca  anterior era do britânico Reece Dunn (51s52).

Essa foi a terceira medalha de Bandeira em Tóquio, depois do ouro nos 100m borboleta S14 e da prata nos 200m livre S14 (os 100m livre S14 individual não integram o programa das Paralimpíadas). Agora, a natação brasileira soma três ouros, duas pratas e seis bronzes nesta edição das Paralimpíadas.

Outras provas

Mais brasileiros caíram na piscina neste sábado. Phelipe Rodrigues ficou em quarto nos 100m livre classe S10 (atletas com deficiência física), com tempo de 52s04. O ouro foi para o ucraniano Maksym Krypak (50s64), que quebrou o recorde mundial. A marca anterior pertencia há onze anos ao brasileiro André Brasil (50s87).

A prata dos 100m livre S10 foi para o australiano Rowan Crothers (51s37) e o bronze para o italiano Stefano Raimondi (51s45).

Pouco depois, a brasileira Susana Schnarndorf ficou em oitavo nos 150m medley classe SM4 (atleta com deficiências físicas), com o tempo de 3min11s54. A vencedora da prova foi a chinesa Yu Liu (2min41s91), seguida pela também chinesa Yanfei Zhou (2min47s41) e a russa Nataliia Butkova (2min53s25).

A paixão por uma profissão e a vontade de atuar em uma determinada área do mercado de trabalho são elementos que motivam um ser humano por toda a sua vida. Com o atleta Thiago Moura, 25 anos, de São Paulo, não foi diferente, uma vez que ele sempre desejou trabalhar no meio esportivo e, também era inspirado pelo seu pai, que trabalha como técnico. Hoje, o jovem  formado em Educação Física pela Universidade Guarulhos (UNG) está no curso de pós-graduação da instituição e competirá na modalidade salto em altura nas Olimpíadas de Tóquio de 2021.

Para alcançar seus sonhos, Moura precisou encarar diversos desafios, entre eles, conciliar sua rotina de atleta com a de estudante. “É uma quebra de costumes em relação ao ambiente escolar, são muitas outras responsabilidades que você adquire com o tempo. Além disso, também existem as questões científicas exigidas pelo curso”, relata.

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Embora existam batalhas, o atleta nunca desistiu e, entre diversas referências, o jovem afirma que a sua família é a principal inspiração. “Meu pai é um grande professor e treinador, meus tios que também são grandes profissionais e meu irmão que já está concluindo seu doutorado. São pessoas que me estimulam e me inspiram demais”, declara Moura. Todas essas inspirações foram essenciais para as conquistas que o jovem iria adquirir no decorrer de sua jornada, entre elas, a classificação para competir nas Olimpíadas.

Moura se classificou para disputar os jogos olímpicos por meio do sistema de pontos, que reúne 32 atletas para disputar em cinco competições. Após realizar o teste, o jovem se classificou na 29ª posição. “Foi incrível, é a realização de um sonho de criança. Principalmente depois de almejar coisas assim por tanto tempo. A Olímpiada é o último degrau da busca do atleta, e eu sonho com isso desde a infância, quando via minha família levando e trazendo medalhas para os jogos olímpicos”, destaca.

Após ser classificado, Moura precisa cumprir algumas exigências e restrições, entre elas, uma dieta balanceada que visa manter o atleta em forma e saudável, além de treinamentos para garantir o melhor rendimento na competição. Devido à pandemia do Covid-19, também foi necessária mais atenção aos procedimentos de segurança, como distanciamento físico, uso de máscara e álcool em gel.

O jovem atleta também precisa ficar atento à saúde mental e, para isso, ele realiza consultas frequentes com psicólogo. Para manter as condições físicas, Moura treina de segunda-feira a sábado e, em algumas ocasiões, também aos domingos. Ele também ressalta que outros cuidados não podem ser esquecidos, como fisioterapia e demais responsabilidades do cotidiano.

Diante de toda experiência proporcionada pela jornada do atleta, Moura comenta que o mais importante é sempre acreditar nos sonhos. “Mesmo no pior dia, quando tudo dá errado e que você tem quase certeza que não conseguirá aquilo que quer, acredite. Sonhe sempre grande, pois foi isso que me trouxe até aqui. Eu nunca consegui desistir, eu sempre acreditei e continuo com essa postura sempre que posso”, recomenda.

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