A Polícia Militar do Distrito Federal prendeu ontem 12 policiais suspeitos de participar da chamada operação tartaruga, movimento deflagrado em outubro do ano passado para pressionar o governo Agnelo Queiroz (PT) a conceder reajustes à categoria. Os detidos são oficiais e praças e podem, a princípio, ficar presos em unidade militar por até 30 dias, período em que será feita apuração das responsabilidades pela Corregedoria da corporação.
Serão investigados, por exemplo, casos de omissão e de quebra de disciplina, além de casos de divulgação da material estimulando colegas a aderir ao movimento. Depois, poderá ser instaurado inquérito contra os suspeitos. Durante a operação tartaruga, que teve seu fim determinado pela Justiça no início de fevereiro, policiais militares do DF retardaram a realização de atividades que preservam a segurança pública. Eles deixaram de realizar patrulhamento ostensivo, de abordar suspeitos ou mesmo de atender ocorrências.
##RECOMENDA##Houve aumento nos índices de criminalidade na capital no período. Em janeiro, foram registrados 70 homicídios em Brasília e cidades satélites, 27% a mais na comparação com o mesmo mês do ano passado. Após negociações, o governo do Distrito Federal promete um reajuste à categoria de 22% em vencimentos e benefícios até 2016, mas membros da corporação ainda demandam a reestruturação do plano de carreira.