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O técnico Eddy Etaeta reafirmou neste domingo que ficou impressionado com o "abismo" que há entre a seleção do Taiti e as demais equipes da Copa das Confederações. O treinador taitiano, no entanto, disse estar orgulhoso do esforço empreendido pelos seus jogadores nas três partidas que disputaram.

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"Fomos confrontados com a dura realidade que existe entre o futebol profissional e nosso time amador, nos demos conta do abismo que há", reconheceu o técnico, que viu seu time sofrer 24 gols em três partidas - e balançou as redes apenas uma vez.

Apesar do desempenho bem abaixo da média, Etaeta exaltou a postura do seu time. "Estou orgulhoso dos nossos jogadores, porque apesar dos placares, dos gols sofridos, continuamos jogando. Vencemos muitas dificuldades e gostaria de salientar isso".

A condição de "zebra" anunciada da Copa das Confederações acabou alçando o Taiti à posição de xodó da torcida brasileira. Ao se despedir da competição, Etaeta agradeceu o apoio dos torcedores locais e destacou a "volta olímpica" dos taitianos no gramado da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, ao fim da partida.

"No fim do jogo, eles agradeceram todo o apoio recebido da torcida brasileira. Isto é o que levaremos conosco daqui", declarou, referindo-se também à faixa exibida pelos jogadores com os dizeres: "Obrigado, Brasil!". Ao fim da entrevista, Etaeta cumprimentou cada um dos jornalistas presentes em sua última entrevista coletiva na competição.

Do Estadão Conteúdo

A maior ilha do Taiti tem 150 mil pessoas. Nesta quinta-feira, em jogo contra a toda poderosa Espanha, os taitianos vão jogar para mais de 70 mil torcedores no Maracanã. O time quase todo amador (são oito desempregados e só um jogador profissional no grupo que veio ao Brasil) espera ter do torcedor do Rio a mesma acolhida que recebeu em Belo Horizonte, na derrota para a Nigéria por 6 a 1, na última segunda, na estreia na Copa das Confederações.

Mesmo diante da atual campeã mundial e bicampeã europeia, o técnico Eddy Etaeta deu o recado: "Não estou aqui para jogar fechado". O simpático treinador taitiano admitiu ser impossível uma vitória sobre os espanhóis. Mas fixou metas: tentar não tomar gol nos primeiros 30 minutos ou, quem sabe, no primeiro tempo inteiro. "Não vamos jogar na retranca. Viemos para jogar e vamos tentar atacar ao máximo, mas será difícil", reconheceu. "Se marcarmos um gol contra a Espanha, mesmo se perdermos por 15 a 1 ou 20 a 1, já será maravilhoso."

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Etaeta confirmou uma alteração em relação ao time que jogou contra a Nigéria no Mineirão: sai o goleiro Xavier Samin, de 35 anos, e entra Mikäel Roche, de 20. Tudo faz parte do plano do técnico de dar experiência aos jogadores da sua seleção. Quando o Taiti fizer sua despedida da Copa das Confederações, contra o Uruguai, domingo, no Recife, ele deve colocar em campo todos os atletas que ainda não tiverem jogado na competição.

Depois de conquistar os torcedores mineiros na passagem por Belo Horizonte, jogadores e comissão técnica do Taiti vão distribuir na porta do hotel, horas antes do jogo desta quinta-feira, ingressos para crianças de comunidades carentes do Rio. "Tem sido um sonho para nós, amanhã será outro jogar contra a Espanha", afirmou Etaeta. "Vamos dar para elas também algumas bolas 'cafusa', adoraríamos ficar com elas porque não temos com tanta qualidade assim lá no Taiti, mas será ótimo dar um presente de Natal antecipado às crianças."

O atacante Steevy Chong-Hue, escalado para a entrevista coletiva ao lado do treinador, admitiu que todos os jogadores do Taiti querem trocar camisas com o meia espanhol Iniesta, que foi poupado e não será titular, mas pode entrar ao longo da partida. "Queremos jogar bem para mostrar ao mundo que o futebol amador tem seus valores. Esperamos que a torcida esteja ao nosso lado", afirmou o atleta, que lamentou não ter trazido sua prancha para surfar nas praias do Rio - na manhã desta quarta-feira, o grupo foi rapidamente à areia na Barra da Tijuca.

Do Estadão Conteúdo

Ainda cansados depois da viagem de Belo Horizonte ao Rio, os taitianos fizeram treino regenerativo nesta terça-feira no campo anexo do Engenhão. Os atletas não tiveram tempo para conhecer a cidade, mas na manhã desta quarta-feira esperam ir à praia. À tarde, a seleção do Taiti faz treino de reconhecimento do gramado do Maracanã, onde enfrentará a toda poderosa Espanha, às 16 horas de quinta-feira.

Jogadores e comissão técnica ficaram impressionados com os gramados brasileiros. Segundo o porta-voz da seleção, qualquer campo de treino do Brasil tem gramado superior ao melhor dos estádios taitianos. No Maracanã, os taitianos serão assistidos por mais de 70 mil torcedores - a maior ilha do Taiti tem 150 mil moradores. No Engenhão, os atletas não se esforçaram muito. Ficaram só no toque de bola e no popular "bobinho".

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O meia Lorenzo Tehau não entrou em campo na derrota para a Nigéria por 6 a 1, na segunda, mas seu irmão, Jonathan Tehau, marcou o primeiro gol do time numa competição oficial da Fifa.

"Foi uma emoção muito grande. Tive que me segurar para não chorar, quando os ouvi (torcida no Mineirão) gritando Taiti, Taiti. Está sendo tudo maravilhoso. Os torcedores nos apoiaram muito. Acho que foi a primeira vez que um time ganha de 1 a 6 de outro", sorriu o Lorenzo, em frente ao hotel, no Rio.

Às 18h15 desta quarta-feira, os taitianos fazem o treino de reconhecimento do Maracanã, aberto à imprensa só por 15 minutos.

Do Estadão Conteúdo

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