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Furries, otakus e geeks vão se reunir em Guarulhos no dia 23 de fevereiro para a primeira edição do Mundo Cosplayer Festival.

Não entendeu nada? Calma que gente te ajuda. 

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"Furry" é um termo em inglês utilizado para se referir a pessoas que gostam de personagens antropomórficos, ou seja, com características de humanos e de animais.

"Otakus" são os fãs de animes e mangás, que são histórias em quadrinhos de origem japonesa.

Já os "geeks" são apaixonados por tecnologia, história em quadrinhos, jogos, livros, filmes e séries.

"Cosplayers" são aquelas pessoas que têm como hobby representar personagens, na aparência e na atitude.

Para saber mais, uma boa ideia é dar uma conferida no festival, que acontece no campus Centro da UNG das 11h às 20h. A entrada é gratuita.

Uma das principais atrações será o desfile, que vai dar premiação aos melhores cosplayers.

Quadrinistas, ilustradores, cartunistas e redatores participam do evento apresentando seus trabalhos e oferecendo artes exclusivas ao público. Haverá salas temáticas sobre Harry Potter, Megaman e Thundercats. Quem comparecer também vai poder jogar Just Dance ou brincar em um estande de tiro de airsoft.

O evento é organizado pelo site “Mundo Cosplayer” em parceria com a Universidade, e espera receber cerca de 1,5 mil pessoas. “A Universidade está de portas abertas para receber esse público e contribuir com a cultura e lazer da cidade”, afirma o reitor da UNIVERITAS/UNG, Eloi Lago.

 

Serviço:

1º Mundo Cosplayer Festival

Data: 23 de fevereiro

Horário: 11h às 20h

Local: Praça Teresa Cristina, 88 – Centro – Guarulhos

Entrada gratuita

 

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As otaku stores, lojas especializadas em vendas de produtos orientais e de cultura geek, foram afetadas de alguma forma pela crise econômica que assombra o Brasil. Em Belém, a quantidade de eventos dedicado ao público vem caindo, como o Animazon, que neste ano precisou ser adiado por questões financeiras. O Anime Geek, outro evento importante, já não tem a mesma dimensão de anos atrás. Em 2017, ele ocorreu em apenas um dia e sua edição intermediária, em julho, foi extinta.

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A carência de eventos, que abrigavam muitos estandes de lojas, preocupa o mercado. Será que os dias do negócio geek estão contados ou a crise será uma nova oportunidade de crescimento?

A Universe Neko Shop considera que teve um impacto mínimo. “Nós trabalhamos apenas com encomendas, mas como teve a crise, não tínhamos tantas encomendas pronta entrega”, diz Maiara Pessoa, uma das donas da loja. Ela revela que pelo fato de ser cosplayer (pessoas que se vestem de personagens) e as outras duas donas também, a loja vendia inicialmente apenas artigos para esse grupo. Maiara acredita que o diferencial neste período de crise foi saber exatamente o que o consumidor deseja e oferecer preços abaixo dos praticados no mercado.

A queda nos eventos de animes anuais causou certo impacto, mas não afetou as vendas em geral. “Sempre tem gente procurando lente ou perucas, mas quando tem evento a procura aumenta muito e (o estoque) acaba muito mais rápido”, diz  Maiara. Mesmo com o orçamento limitado por ser uma loja iniciante, criada em 2016, a Universe Neko Shop proporciona uma renda complementar às três donas e é uma loja bem ativa nas redes sociais. “A maioria dos clientes são amigos e sempre respondo as mensagens muito rápido. E isso dá sim uma proximidade.”

“Por incrível que pareça, a crise impactou positivamente. A maior parte do que vendemos, nós é que produzimos”, relata Daniel Oliveira, dono da Kawaii Club. Ele afirma que o fato da alguns concorrentes lidarem com importações e terem fechado suas portas só trouxe novos clientes à loja. O vendedor também comenta sobre o contato com os clientes como diferencial do estabelecimento: “Nós que trabalhamos aqui somos otakus. Sempre conversamos com os clientes. Nós somos o que vendemos”.

Mesmo com poucos eventos em Belém, a Kawaii Club tem alta procura no interior. “Quando vamos para lá é sucesso. Todo mundo vê coisa nova e é sempre bom para a gente”, comenta.Daniel diz também que mangás (quadrinhos japoneses) e DVDs de animes (animações japonesas) são as duas categorias de produtos mais vendidas em sua loja. Com destaque para a confecção das capas destes DVDs, que têm seu design de arte feito pela própria loja. Daniel, com 28 anos, vive atualmente apenas trabalhando na loja e vê de forma positiva a renovação da cultura Geek. “Enquanto estiver chegando novidade lá de fora, estaremos acompanhando aqui”, afirma.

A baixa procura, descrita por Daniel, se deve a diversos motivos e nem sempre se associa à recessão. O estudante do curso de Engenharia Elétrica Felipe Ramos listou alguns motivos que o levam a não ser um colecionador. “Eu não tenho espaço, não tenho dinheiro e iria ficar só para ver, porque usar eu só usaria uma vez no máximo”, comentou. Embora goste da cultura oriental, ele diz que só colecionaria algo que enfeite o ambiente. “Talvez eu colecionasse algo que fosse raro e que enfeitasse como um boneco, mas acabo dando mais importância a uma compra de um jogo digital original. Prefiro troféus na PSN e gamertag no Xbox”, afirma, em referência a conquistas digitais que possui em seus videogames).

Já o universitário do curso de Jogos Digitais Felipe Holanda afirma comprar sempre que tem condição financeira e que a crise econômica não o afetou. “Quando posso eu compro algo ou alguma coisa relacionada às minhas obras favoritas. Sempre tive dificuldades, mas a crise não me afetou tanto assim”, diz. Para ele, as lojas que vendem esses itens deveriam baixar os preços. “As lojas oferecem tudo que está relacionado. Elas são importantes sim, porém elas deviam abaixar seus preços.”

Fã de animes desde os 9 anos de idade, Felipe Holanda comenta sobre os eventos para o público Otaku. “Já participei e os eventos são bons, algumas coisas aqui ou ali que não me interessam, mas de forma geral os eventos são bons e os organizadores conseguem boas atrações”, conclui. Além dele, Maiara Pessoa, cosplayer e dona da Universe Neko Shop, fala sobre as próprias experiências nesse universo. Assista ao vídeo. 

Por Alisson Queiroz e João Costa.

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