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O estilista espanhol Paco Rabanne, que promoveu o uso do metal na moda e fundou uma das mais famosas linhas de perfumes do mundo, morreu nesta sexta-feira (3) aos 88 anos, informou o grupo matriz de sua marca Puig.

"Paco Rabanne fez da transgressão algo magnético. Quem, senão ele, poderia convencer a mulher parisiense a exigir vestidos feitos de plástico e metal?", explicou o Puig em seu comunicado.

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"Seu espírito rebelde, radical, proporcionou um nome à parte. Há apenas um Rabanne. Sua morte nos recorda novamente de sua enorme influência no design contemporâneo, um espírito que vive na marca que leva o seu nome", declarou José Manuel Albesa, presidente da divisão de produtos de beleza e perfumaria da Puig.

O grupo iniciou uma colaboração com o estilista em 1968, com um primeiro perfume, Calandre, que fez grande sucesso.

Foi o início de um novo sucesso para Rabanne, que havia provocado grande sensação 20 anos antes com seus vestidos feitos de chapas de metal ou totalmente de plástico.

"Sua visão era ousada e provocadora", destaca o comunicado do grupo Puig, que comprou 100% da marca Paco Rabanne em 1986.

Cerca de 200 modelos de alta costura de Paco Rabanne, criados originalmente para desfiles e utilizados em peças de teatro e ópera, serão leiloados pela Casa Drouot de Paris em 22 de janeiro. Os vestidos, chapéus, joias e sapatos foram desenhados entre meados dos anos 70 e os anos 90. Alguns dos vestidos foram feitos de alumínio, pedras, metal e plástico.

Todas as peças foram reunidas entre 1979 e 2009 por Jorge Zulueta e Jacobo Romano, fundadores do Grupo Ação Instrumental, companhia argentina que tem o objetivo de renovar a linguagem tradicional da ópera. "Os vestidos-esculturas, utilizados a serviço de nossos heróis e heroínas de nossas óperas, permitiram elevar o gesto dramático da música", indicaram em um informe divulgado à imprensa pela Casa Artcurial, responsável pelo leilão.

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Entre as peças especiais do leilão estão um vestido curto de 1981 composto de placas metálicas e uma saia com penas de cisne (estimados entre 2.000 e 3.000 euros), um vestido de 1977 feito com contas de madeira (entre 3.000 e 4.000 euros), um vestido "Cleópatra", composto de cilindros metálicos (entre 2.000 e 3.000 euros).

Também serão leiloados grandes vestidos drapeados e caftãs de musseline de seda, entre muitos outros itens. Paco Rabanne, citado no comunicado de imprensa, considera que não há fronteira entre a alta costura e o vestuário cênico, já que ambos "são feitos para ser inflado, exagerado, dos sonhos".

Esta é a segunda venda de modelos do estilista pertencentes ao espanhol Jorge Zulueta e Jacobo Romano. Em janeiro de 2012, 300 vestidos, esculturas e acessórios assinados por Paco Rabanne foram vendidos por 140.000 €.

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