Tópicos | Padroeira Recife

Nesta sexta-feira (16), celebra-se o dia de Nossa Senhora do Carmo, padroeira do Recife. Vivendo em um momento de pandemia da Covid-19, boa parte dos devotos foram aos pés da santa agradecer a cura da doença, que já matou mais de 18 mil pernambucanos.

Viviane de Lima, 27 anos, revela que toda a sua família foi contaminada pela Covid-19. No entanto, a jovem acredita que a fé e devoção em Nossa Senhora do Carmo fez com que nenhum familiar enfrentasse uma situação mais grave provocada pela doença, conseguindo todos saírem curado dessa “batalha”. 

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“Todos tiveram a Covid-19, mas graças a Deus e a nossa senhora pegamos os sintomas mais leves e a gente saiu dessa. Acredito que a fé da gente ajuda a passar por isso - sem a fé a gente não estaria nem aqui hoje”, assegura.

Sua mãe, Ana Cristina, de 53 anos, é mais uma devota que, mesmo com receio da multidão, foi até a praça do Carmo agradecer, não só pela sua vida, mas principalmente pela saúde do meu esposo, que teve os sintomas mais graves da Covid-19, chegando a ser socorrido e entubado duas vezes neste ano.

“Eu fui assintomática, mas meu marido foi quem teve bem forte mesmo. Na época, eu pedi intercessão de Nossa Senhora do Carmo para curar e hoje eu estou aqui agradecendo. É muito importante agradecer porque hoje meu marido está bem e já voltou até a trabalhar”, revela. 

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Pernambuco ultrapassou, nesta sexta-feira (16), 577 mil casos da Covid-19 e dona Arleide Alexandre de Carvalho, 61 anos, foi aos pés da santa agradecer por ter passado todo esse período pandêmico sem ter se infectado, o que considera mais importante: está curada do câncer de mama que enfrentou durante algum tempo.

“Foi Nossa Senhora quem me proporcionou essa graça de estar em pé. Sou devota desde que nasci e tudo o que eu peço ela intercede ao filho dela e ele me dá e por isso eu só vim agradecer hoje”, pontua. 

Mudanças provocadas pela Covid-19

Por conta da Covid-19, algumas mudanças foram feitas para celebrar o 324º aniversário de Nossa Senhora do Carmo. Para a realização do evento, a arquidiocese de Recife e Olinda diminuiu o número das celebrações religiosas, passando de 100 para 55 celebrações. O acesso ao templo também foi reduzido para 30% da capacidade da igreja, o que corresponde a 120 devotos participando de cada cerimônia. 

No dia dedicado à santa foram realizadas cinco missas ao longo do dia. No horário da manhã ás 5h, 8h, e às 10h, Santa Missa Solene de Encerramento, com a presidência do arcebispo metropolitano de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. No período da tarde foram realizadas outras duas celebrações, às 13h e 16h.

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