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O deputado federal Pastor Eurico (PHS) utilizou a Câmara dos Deputados para repudiar um restaurante localizado no Recife que, segundo ele, incita as pessoas ao ódio contra os judeus. De acordo com o parlamentar, o nome do local é Papaya Verde e contém "frases de efeito" e gravuras fazendo uma "apologia à violência". 

“Repudio a atitude tomada pelo restaurante Papaya Verde lá no Recife. Esse restaurante é de propriedade de pessoas oriundas da Palestina e eles fazem uma verdadeira apologia à violência contra os judeus em frases de efeito colocadas na entrada do restaurante como também gravuras. Isso incitando as pessoas ao ódio contra os judeus acusando os judeus de prática de genocídio”, contou.

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O parlamentar falou que isso tem causado “uma certa revolta” entre as pessoas que chegam no local. “Ficam admirados perguntando como funciona a questão da legislação no Brasil quando é proibido esse tipo de prática. Então, registramos aqui o nosso repúdio a essa atitude do restaurante Papaya Verde e essa agressão também aos judeus, aos quais nós devemos honrar e respeitar, tanto palestinos quanto os judeus. Não podemos concordar que eles façam isso com o povo judeu”. 

A Aliança Palestina – Recife, por meio do seu Facebook, divulgou a nota de um dos sócios do estabelecimento, João Asfora. Ele destacou que não tem medo e que não abre mão do seu direito à livre expressão. “Sim, sou palestino brasileiro. Tenho orgulho por minhas pátrias e não sou surdo ao sofrimento do meu povo. Não aceito o governo genocida israelense do mesmo jeito que não aceito o estúpido governo golpista do Brasil. E isso não me torna um criminoso. Quanto a ser chamado de anti-semita dou isto por ignorância já que o povo palestino como o povo hebreu são semitas, ou seja, tem a mesma origem. Perseguir palestinos e caluniá-los é anti-semitismo” diz uma parte da nota. 

Asfora também se explicou sobre os adesivos do restaurante. “Os adesivos, tidos como ofensivos, expressam a minha luta pacífica pelos direitos deste povo que sofre todo tipo de violência de um regime abusivo de apartheid. Quanto ao uso da palavra genocídio nos adesivos, quem disser que não existe um genocídio nessas incursões israelenses na faixa de gaza é no mínimo cego ou mal intencionado”. 

“Em toda minha vida, jamais tratei mal qualquer cliente do restaurante seja ele muçulmano, judeu, umbandista, espírita ou evangélico. Sempre fui ativista das causas dos oprimidos e explorados e, em especial, da causa do povo palestino (...) Tenho muitos amigos judeus, negros, árabes, africanos e asiáticos e os amo muito, mas não tenho amigos reacionários e odientos. O ódio e a raiva não me acompanham”, continuou a se defender. 

 

 

 

 

 

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