O ex-secretário do tesouro dos Estados Unidos Paul O'Neill, que trabalhou no governo de George W. Bush, morreu neste sábado aos 84 anos de idade após uma batalha contra o câncer, anunciou sua universidade em Indiana.
O'Neill, que morreu em Pittsburgh, era "conhecido por sua integridade inabalável, sua abordagem baseada em dados para a tomada de decisões e seu forte compromisso com o serviço público", segundo um comunicado da universidade.
O secretário de fala franca ocupou o cargo por menos de dois anos no primeiro mandato de Bush - ele foi demitido depois de uma discussão pública com o governo em dezembro de 2002.
Mais tarde, tornou-se tema e a principal fonte do livro de Ron Suskind, "O preço da lealdade: George W. Bush, a Casa Branca e a educação de Paul O'Neill", que ofereceu um olhar crítico em relação ao governo Bush.
"Através do meu livro, ele falou a verdade ao mundo sobre a inexistência de armas de destruição em massa no Iraque, o controle do poder por Cheney e a incopetência de Bush", escreveu Suskind no Twitter.
"Ele acreditava na verdade - foi o que o levou a ser demitido - é um verdadeiro herói americano. Adeus, velho amigo."
O atual secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, escreveu no Twitter que O'Neill havia servido à América "com distinção em tempos difíceis".
O'Neill, nascido em St. Louis, era um político antigo, atuando em cargos de alto escalão no escritório de orçamento do governo de Richard Nixon e Gerald Ford.
Ele deixou a política quando Jimmy Carter foi eleito, passando para o setor privado, atuando como presidente da International Paper e CEO da gigante industrial Alcoa.
Em 2019, doou 30 milhões dólares para a universidade de Indiana, que renomeou sua escola de assuntos públicos em sua homenagem.
O'Neill deixa sua esposa, quatro filhos, 12 netos e 15 bisnetos.