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A prefeitura de Salvador tem contratos com pelo menos seis empresas de parentes de aliados do prefeito ACM Neto (DEM). A informação é do jornal Folha de São Paulo. De acordo com a reportagem, elas já faturaram R$ 715,2 milhões, de janeiro de 2013 e julho de 2019, da prefeitura da capital baiana. 

As empreiteiras Construtora BSM, Metro Engenharia e Roble Serviços são as três empresas que mais receberam pagamentos na gestão do democrata até o momento.

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Entre 2013 e 2018 elas receberam cerca de R$ 30 milhões por ano. O valor, comparado a última gestão, do ex-prefeito João Henrique Carneiros, avançou. Em 2012, a BSM recebeu R$ 12 milhões, a Roble R$ 6,7 milhões e a Metro R$ 2 milhões. 

Segundo o jornal, das três, a BMS foi a que mais lucrou. Desde 2013, foram repassados R$ 211,8 milhões para a empresa de Bernardo Cardoso, sobrinho do gerente de projetos da Casa Civil, Manfredo Cardoso. 

“É um tio distante e o cargo que ele ocupa não tem nenhuma relação operacional com os nossos contratos", justificou Bernardo Cardoso ao jornal. Bernardo também é primo de Lucas Cardoso, que é amigo de ACM Neto e foi apontado pela Odebrecht como a pessoa que recebeu recursos de caixa dois para a campanha de 2012 do prefeito - investigação que foi arquivada pelo Tribunal regional Eleitoral da Bahia. 

Já a segunda empresa mais beneficiada é a Roble que já faturou R$ 197,8 milhões desde 2013.  O dono é Marco Barral, primo do secretário de Educação de Salvador, Bruno Barral. A empreiteira presta serviços que vão desde a reforma de escolas à obras asfálticas. 

Os contratos citados não são alvos de investigação foram firmados a partir de licitações. 

Filhos de aliados

Além das empreiteiras, a reportagem ainda aponta que a prefeitura de Salvador também contratou os serviços de empresas dos filhos do ex-governador Paulo Souto e do ex-deputado federal José Carlos Aleluia, ambos do DEM. 

O filho do ex-governador, Vitor Souto, é dono da Naturalle Tratamento de Resíduos e venceu licitação para prestação de serviços de coleta de lixo. Até agora já faturou R$ 38,5 milhões.

Enquanto Luiz Felipe Aleluia é dono da Lebre Informática. O filho do ex-deputado firmou contratos e já recebeu da prefeitura R$ 22,8 milhões. “Somos uma empresa respeitada do mercado. Não temos bandeira política" declarou Miltom Rollemberg diretor da Lebre.  

Outro lado

Apesar das ligações familiares, a prefeitura informou que os contratos foram firmados a partir de licitações que seguiram os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade e probidade administrativa. 

“São companhias que atuam no mercado com inúmeros serviços prestados a diversos setores, inclusive ao governo da Bahia. Foram habilitadas e venceram concorrências públicas municipais, realizadas com plena transparência”, respondeu em nota.

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