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O projeto de pesquisa “Academia do Peixe Frito, Rebeldia e Negritude do Norte do Brasil” completa cinco anos em 2021. Ele foi criado em 2016 pelos professores Paulo Nunes, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura/Universidade da Amazônia (UNAMA), e Vânia Torres Costa, atualmente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia/Universidade Federal do Pará (UFPA).
##RECOMENDA##O projeto está em fase de inauguração de uma nova etapa nos estudos das diversidades étnico-raciais e na literatura modernista da Amazônia Oriental. Para celebrar esses cinco anos, serão realizadas duas lives nos dias 26 e 27 de maio, às 19 horas, nas redes sociais da UNAMA.
Participam do encontro on-line dois convidados renomados nacionalmente por suas pesquisas sobre etnicidades e diásporas africanas. No dia 26, o evento terá a participação do Prof. Dr. Edmilson de Almeida Pereira, também poeta, pesquisador das negritudes em Minas Gerais e ex-vice-reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora; e no dia 27, a Profª Drª Zélia Amador de Deus, ensaísta, militante do Centro de Defesa do Negro do Pará e ex-vice-reitora da UFPA.
O professor Paulo Nunes conta que esse projeto surgiu no âmbito do programa de Pós-Graduação em Comunicação Linguagens e Cultura da Unama, com o objetivo de investigar como a literatura e o jornalismo eram feitos na Belém dos anos de 1930, 40 e 50. “Ver de que modo eles interferiram na cultura do cotidiano”, explica.
Quando criado, o “Academia do Peixe Frito, Rebeldia e Negritude no Norte do Brasil” atuava inicialmente somente na UNAMA, no mestrado, e depois foi estendido para o doutorado. Após a transferência da professora Vânia Torres, aprovada em concurso para a UFPA, o projeto passou a ser uma parceria entre as duas universidades.
No último ano, com a supervisão técnica da professora Elaine Oliveira (UNAMA), o projeto passou a incluir os alunos de graduação em Letras também, promovendo encontros quinzenais de estudos. “Todos sentam e leem sobre a diversidade etnico-cultural, negritudes, teorias de estudos culturais que ajudem a embasar o conhecimento dos autores da Academia do Peixe Frito, que eram mais ou menos 15 intelectuais, negros, de periferia, liderados por Bruno de Menezes”, diz Elaine.
O professor Paulo Nunes acrescenta que a prática dos intelectuais da Academia do Peixe Frito foi decisiva para a defesa de habitantes da periferia da cidade, pretos, caboclos, índios, migrantes, em bairros como Jurunas, Umarizal, Vila da Barca, Telégrafo, Guamá, retratados por esses jornalistas e literatos da época. “Eles formaram uma base, creio eu, para o que hoje vemos nas ruas, nos subúrbios, na perifa: grupos de rap, hip hop, slams de moças poetas”, complementa.
Paulo Nunes explica que o projeto de pesquisa já proporcionou a produção de diversos conteúdos, mas que o produto mais celebrado é o documentário didático “Geração Peixe Frito”, realizado pela UNAMA e UFPA, e dirigido por ele e pela professora Vânia Torres.
Sobre as lives, o professor detstaca: “Queremos, na verdade, mostrar que a pesquisa universitária está colaborando com a sociedade a superar alguns de seus problemas graves, como o racismo e a discriminação”.
Link do documentário “Geração do Peixe Frito”:
https://www.youtube.com/watch?v=QWhV5xpegPU&feature=youtu.be
Redes sociais da UNAMA:
https://www.facebook.com/UnamaOficial
https://www.instagram.com/unamaoficial/
Por Isabella Cordeiro.