Pesquisa Perspectivas Profissionais - nível técnico e superior, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fundação vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, constata que analista de tecnologia da informação é a profissão que mais gera postos de trabalho no Brasil. Com o índice de 49.535, a carreira lidera o pódio, seguido de enfermeiros e afins, com 27.282, e profissionais de relações públicas, publicidade, mercado e negócios, com 20.853. 

Tendo contabilizado um total de 304.317 postos de trabalhos gerados em relação a todas as profissões analisadas e em todo o país, as regiões que mais contratam são o Sul e Sudeste. Os analistas de tecnologia da informação ganham maior importância nos estados de São Paulo e Distrito Federal. Farmacêuticos são mais demandados no Norte e Nordeste e o terceiro lugar do pódio tem maior atividade no Acre, Amazonas e em Roraima. 

Já em relação aos médicos clínicos, profissão tão almejada pelos estudantes, encontram-se no 15° lugar do ranking, com 6.309 novos cargos. Sobre a baixa demanda, o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Paulo Meyer, diz que "falta médico, por algum motivo. Reconheço a importância de lutar por melhores infraestruturas dos hospitais, mas, é preciso de médicos para cuidar das pessoas", afirma, destacando a diferença entre as outras profissões como Engenharia, que não é preciso de grande número de profissionais.

Além disso, durante coletiva online, Meyer também ressalta que "olhamos a ocupação, não a formação. Vemos a pessoa já no mercado de trabalho, e o retorno para o nível superior sempre foi maior do que do nível técnico e, nesse recorte [tempo de análise] específico, os ganhos salariais também foram maiores. Isso justifica", respondendo a pergunta de se profissionais de nível técnico são menos procurados por conta da formação.