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Preso em flagrante por tráfico de drogas, Dejilson de Freitas Pinto, de 28 anos, aproveitou um descuido dos policiais e fugiu pela porta da frente da delegacia da Polícia Civil, nesta quinta-feira, 2, em Salto de Pirapora, no interior de São Paulo. Quando deram falta do suspeito, os dois policiais civis que estavam no local saíram em busca, mas Dejilson já tinha desaparecido.

A fuga está sendo investigada pela Corregedoria da Polícia Civil. De acordo com o delegado Gilberto Montenegro Costa Filho, o suspeito foi preso pela Polícia Militar, vendendo drogas no bairro Jardim Teixeira, na companhia de um adolescente. Com ele, foram apreendidas pedras de crack e porções de cocaína.

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Levados à delegacia, o menor foi ouvido e liberado, mas Dejilson foi autuado em flagrante e ficou detido. Enquanto aguardava transferência para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba, ele pediu para ir ao banheiro.

O policial civil liberou o suspeito, que estava preso pela algema a uma barra de ferro, e permitiu que usasse o sanitário. Ao sair do banheiro, Dejilson caminhou até a porta da frente e ganhou a rua. Segundo o delegado, houve um descuido dos policiais. Dejilson é considerado foragido.

A forma como o processo foi conduzido - é isso que mais incomoda a prefeitura de Pirapora, em Minas Gerais, na discussão sobre a redução no volume de água que será liberado da barragem de Três Marias para o rio São Francisco. "Nos avisaram em cima da hora, numa reunião há 30 dias", diz Esmerado Ferreira Santos, diretor-presidente do Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto de Pirapora. "Eles tinham que nos manter informados, mas do jeito que fizeram foi como dizer: se vira, vai lá e faz."

Segundo Santos, o município precisa de R$ 2,4 milhões em investimentos e de 60 a 90 dias para instalar um novo sistema de captação, com bombas, para puxar a água quando ocorrer a redução no volume de água dos atuais 250 metros cúbicos por segundo (m3/s) para 150 m3/s, como determinou o Operador Nacional do Sistema (ONS).

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O tamanho da redução proposta pelo ONS causou estranhamento por uma razão simples: "Em 2001, por causa do racionamento, um momento difícil, ficou estabelecido que o volume mínimo seria 300 m3/s e nunca pensamos que pudesse cair abaixo disso, mas o ONS avisou que baixaria para 250 m3/s", diz Santos. "Fizemos a nossa parte e interrompemos o abastecimento da cidade duas vezes para reformar e limpar os canais e conseguimos aproveitar um volume menor de água, mas abaixo disso não temos condição de captar a água."

Racionamento

Segundo especialistas em água e energia ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, que não querem ser identificados, a situação poderia ser menos grave se a água de Três Marias tivesse sido poupada. "O ONS se recusa a falar em racionamento de energia e o resultado disso é o racionamento de água", diz um especialista do setor.

O lago de Três Marias é vital para o setor elétrico. Pode suprir uma cidade com 850 mil habitantes. Mas está com 18% da capacidade. Se baixar mais, não apenas pode deixar de gerar a energia esperada, como afetar o abastecimento em dezenas de municípios junto ao São Francisco, diz outro especialista.

Procurada, a Cemig comunicou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o porta-voz para tratar do tema é o ONS. Em nota, o ONS declarou que: "Na atual situação, de baixas condições hidrológicas do período úmido em curso, o ONS está adotando, dentro de sua filosofia de operação, medidas adicionais objetivando preservar ao máximo os estoques de água desses reservatórios." A nota diz que "como alguns reservatórios envolvem questões ambientais ou de uso múltiplo da água, a redução de vazão tem sido realizada em conjunto pelo MME, Aneel, ANA, ONS e agentes envolvidos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O município de Pirapora, em Minas Gerais, passa por uma situação singular - pode ter o abastecimento de água prejudicado para que o lago da hidrelétrica de Três Marias não seque antes das chuvas do próximo verão. A usina é da Cemig, mas quem coordena o volume de água na barragem é o Operador Nacional do Sistema (ONS), órgão responsável pela gestão do sistema elétrico nacional.

"Nossa situação não faz o menor sentido", diz Esmeraldo Ferreira Santos, diretor-presidente do Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto de Pirapora. "A prioridade do uso da água é o abastecimento humano." O município precisa construir a toque de caixa um novo sistema de captação de água. O atual, que se abastece no Rio São Francisco, há cerca de 50 anos, só funciona quando o volume de água do Velho Chico corre acima de 250 metros cúbicos por segundo (m³/s).

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Esse volume pode ser regulado pelas comportas da hidrelétrica de Três Marias, a 120 quilômetros rio acima da cidade. Por determinação do ONS, esse volume deve cair para 150 m³/s a partir de 1º de junho, mas o município diz não ter como cumprir o prazo. O ONS, por sua vez, declarou à prefeitura que precisa tomar a providência para preservar o lago da hidrelétrica.

Sem água

Barragens de hidrelétricas são como caixas de água. Numa ponta entra a água de um rio. Na outra, a água desce pelas turbinas, gerando energia, retornando ao rio. O nível do lago varia de acordo com volume que entra e o volume que sai.

Segundo simulações apresentadas pelo ONS à prefeitura de Pirapora, sem a redução, no fim do mês de setembro (mais precisamente dia 25), o lago de Três Marias estará completamente seco. Se o volume for reduzido, o lago terá de 5,5% a 6 % de água em novembro, quando começam as chuvas de verão.

Segundo especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, que não querem ser citados, a barragem de Três Marias vive uma situação complicada. A quantidade de água do São Francisco que entra é hoje menor do que a quantidade que sai na outra ponta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Romarias de todo o Estado e de várias regiões do País já lotam as cidades de Iguape, no litoral sul paulista, e Pirapora do Bom Jesus, na Grande São Paulo. Ainda sob os efeitos da visita do papa Francisco ao Brasil, pela Jornada Mundial da Juventude, começam as comemorações em louvor ao Senhor Bom Jesus nas duas principais cidades paulistas dotadas de santuários cristocêntricos (dedicados a Jesus Cristo).

Em Iguape, são esperados 150 mil romeiros até a terça-feira, 6, quando será celebrado o aniversário de 366 anos do encontro da imagem do Bom Jesus. O bispo de Registro, d. José Luiz Bertanha, preside a parte religiosa, com novenas, missas e procissões. A parte festiva inclui feiras, gastronomia e apresentações musicais. Os peregrinos chegam a pé, de bicicleta, cavalo ou moto - como a romaria com 500 motociclistas que tomou o centro no último domingo, 28.

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Iguape é uma das cidades mais antigas do Brasil, fundada em 1538 e possui o maior conjunto arquitetônico tombado do Estado. A basílica do Senhor Bom Jesus, tombada em 1975, teve sua construção iniciada em 1787, mas só foi inaugurada em 1856. Conforme a história, a imagem do Bom Jesus foi lançada ao mar de um navio português atacado pelos holandeses em 1647. A escultura de madeira foi encontrada na praia por índios e levada para a então vila de Iguape.

288 anos

Pirapora do Bom Jesus junta à festa religiosa a comemoração dos 288 anos de emancipação, no dia 6. A igreja que sedia os eventos foi consagrada como o primeiro santuário cristocêntrico do Brasil. Uma procissão com carros de boi lembra, sábado, 3, o segundo milagre do Senhor Bom Jesus. Na terça, o santuário terá missas durante o dia todo.

Na parte externa, haverá shows todas as noites, a partir de sexta-feira, 2 - o de encerramento, na terça, será com a cantora Fafá de Belém. A comemoração se estende por todo mês de agosto, com feiras e exposições. A cidade teve origem em agosto de 1725, quando uma imagem do Bom Jesus foi encontrada às margens do rio Tietê. Notícias de milagres começaram a atrair os peregrinos.

Grandes tapetes de espuma cobriam a superfície do rio Tietê na área urbana de Pirapora do Bom Jesus, na manhã desta quarta-feira. O espetáculo que atraía curiosos denunciava também um aumento na poluição concentrada nas águas. Com o vento, alguns blocos se deslocavam e caíam nas ruas próximas do rio. Moradores reclamam que, ao secar, a espuma deixa manchas no chão, em roupas e na pintura dos carros. A prefeitura alega que a cidade perdeu mais de 50% dos turistas por causa da poluição do rio e quer uma compensação.

O fenômeno ocorre dois quilômetros abaixo de uma barragem existente no rio. O Tietê corta o centro velho da cidade e, ao passar pelos vertedouros da barragem da Usina Hidrelétrica do Rasgão, as águas turbilhonam e produzem a espuma. A cidade de 15.727 habitantes abriga o santuário do Bom Jesus, destino de 600 mil romeiros por ano. Apesar da beleza cênica, a espuma incomoda os turistas, diz a secretária do santuário, Raíssa Aureliano da Silva. "Quem vem pela primeira vez reclama de coceira no nariz e ardência nos olhos." Às vezes, o cheiro de um gás liberado pela espuma invade a igreja.

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A assistente administrativa Maria Dionísia de Oliveira, moradora da cidade há 16 anos, já se acostumou com o cenário do rio. "A espuma desaparece por uns tempos, depois forma outra vez. As pessoas estão acostumadas", disse. O prefeito Gregório Maglio (PMDB) contou que o nível das águas do Tietê está mais baixo em razão do tempo seco, o que agrava a poluição, aumentando a formação de espumas. Ele disse que a cidade tem sido castigada por um problema que não gerou. "O rio já chega aqui poluído e nós pagamos a conta." Na década de 1980, segundo ele, os barcos turísticos faziam passeios pelo rio e a cidade recebia dez mil turistas todo fim de semana. "Hoje, se vêm dois ou três mil é muito."

O prefeito considera ser obrigação do governo estadual despoluir o rio, por isso tem discutido com os órgãos governamentais uma forma de compensação para a cidade. "Pirapora não foi considerada estância turística por causa da poluição e por isso perde os recursos destinados a essas cidades. Nossa população não aumenta porque a poluição do rio afasta novos moradores. É uma conta alta", reclamou.

Relatório de qualidade das águas elaborado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) mostra que o rio Tietê está mais poluído na região. Enquanto em outras bacias do Estado houve diminuição no lançamento de esgotos, no Tietê, de 2011 para 2012, aumentou de 622 para 644 toneladas diárias a carga remanescente de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). O DBO é um parâmetro utilizado para quantificar a poluição orgânica da água.

A piora na qualidade do rio ocorreu mesmo com os investimentos expressivos em saneamento realizados na Grande São Paulo, através do Projeto Tietê, o maior projeto de despoluição do Estado. De acordo com a Cetesb, o esgoto doméstico continua sendo o principal responsável pela presença de indicadores de poluição nas águas, como nitrogênio amoniacal e surfactantes, bem como de ferro, alumínio e manganês.

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