Tópicos | políticos analíticos

Existem políticos que têm capacidade analítica para entender o presente e prognosticar o futuro – políticos analíticos. Existem os que são carismáticos e líderes – não analíticos. Os políticos analíticos não são míopes. Os não analíticos são. A vingança não faz parte do político analítico. O político não analítico fleta com a vingança. O político ideal é o que tem capacidade analítica, carisma, liderança e não tem a vingança como estratégia principal.

Os prefeitos eleitos em 2016 fizeram a opção de criticar o antecessor. A crítica é simples e tradicional: Os eleitos convocam a imprensa e mostram “como encontraram a prefeitura”. Ou seja: De modo transparente apresentam as condições fiscal e estrutural do município. Atitude válida. Mas desnecessária caso ela tenha como objetivo convencer o eleitor de que não farão nada ou não pode fazer mais em razão da administração anterior.

O eleitor escolhe o candidato opositor com a expectativa de que este faça mais ou faça alguma coisa pela sua cidade. Esta premissa simplista, mas bastante útil para explicar o comportamento do eleitor, sugere que o eleitor não tem como prioridade saber como o prefeito anterior deixou a prefeitura. Mas o que o prefeito eleito poderá fazer por ele e pelo município.

Diversos prefeitos partem do princípio falso de que mostrando a “real situação” da cidade conquistará a benevolência da população. Estratégia fraca. Como frisei anteriormente, o eleitor deseja solução para as demandas do município. Portanto, eleitores não são benevolentes com o gestor que não faz nada.

Os prefeitos quando “denunciam” o antecessor consideram a opinião do seu grupo político. O grupo orienta e condiciona as ações do prefeito. Mas este não sabe, infelizmente, que o grupo político quer obter benefícios emocionais. Quando o prefeito condena o ex-prefeito moralmente, o grupo político fica feliz, pois o benefício emocional tão esperado, no caso, a vingança sobre o outro, é obtida.

Prefeitos eleitos precisam ser transparentes. Divulgar desmandos e a “real situação” do município são ações meritórias. Contudo, o alcade precisa ser sábio e não agir com miopia contra o prefeito anterior, pois o inimigo de hoje pode ser o aliado da próxima eleição. E, claro, eleitores desejam soluções para as suas demandas e não desculpas.

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